Depois de muitos pedirem a saída de Dias Loureiro do Conselho de Estado, um órgão que pouco mais importância tem do que a imunidade que confere aos seus membros, bastou umas notas musicais tocadas por Oliveira e Costa para o conhecido banqueiro se apressar a combinar com Cavaco Silva a resignar. A desculpa foi original, para não beneficiar da mesma imunidade de que até aqui tinha beneficiado.
Surpreendido com o gesto ficou Pinto Monteiro que não se cansou de dizer que não estava nos planos dos investigadores ouvirem Dias Loureiro, pelo menos nos próximos tempos. O PGR tem razão para a falta de pressa, afinal Dias Loureiro não tem nada que ver com o que se passou no BPN e a crer no próprio Presidente da República não há razões para desconfiar dele.
Outros acordes musicais que se fizeram ouvir durante a semana foram os do bastonário da Ordem dos Advogados que parece dar-nos um concerto dia sim, dia não. Mas na sexta-feira da semana anterior acertou na pauta e obrigou a esposa do senhor Moniz a ouvir musica a que não está habituada, habitualmente é ela que faz de maestro orientando as entrevistas batendo com a batuta nos pobres entrevistados. Como era de esperar o Chefe de família Moniz veio em defesa das esposa e criticou o bastonário pelas palavras que usou, compreende-se, quanto ao palavreado da esposa já não se espanta. Quem se safo foi Sócrates, agora a família Moniz terá de dividir o ódio entre ele e os advogados do bastonário, o que não admira, são as duas personalidades com mais gente a querer ver serem demitidos.
Vital Moreia não quis ficar atrás e também fez uso do seu trombone ao apontar o dedo aos figurões do PSD, algo que indignou Manuela Ferreira Leite, isso de chamar os bois pelos nomes é coisa que se faz em privado, nunca em público. Depois de todas as personalidades do PSD usarem os mails e os blogues para tirarem partido do caso Freeport foi um exagero o que Vital fez.