É uma evidência que a constituição da Sociedade Lusa de Negócios resultou da agregação de interesses financeiros de gente do PSD que mais não pretendia dói que beneficiar das suas influências junto dos poderes central e autárquico. Não passa de uma mini Carlyle à escala nacional que formou um grupo empresaria à base de oportunidades de negócios e beneficiando de favores políticos.
É evidente que o papel de Dias Loureiro ia muito mais além do que tomar chá com Oliveira e Costa no gabinete da administração do banco, ambos foram aliados no tempo dos governos de Cavaco Silva e a sua associação vai para alem da rentabilização das poupanças do ex-ministro e (ainda) membro do Conselho de Estado, um era secretário-geral, o outro tratava das contas do partido ao mesmo tempo que arrecadava os impostos do Estado, que grande coincidência!
É evidente que nenhum administrador de um bano no seu pleno juízo vai falar com um vice-governador do Banco e Portugal para lhe pedir que seja mais rigoroso no controlo do seu próprio banco. Há gente honesta mas a honestidade não obriga a tanto.
É evidente que os negócios do BPN passava por manter uma rede de amigos em altos cargos da Administração Pública, será coincidência que o cargo de director de finanças de Lisboa tenha sido na maior parte do tempo ocupado por homens de confiança de Oliveira e Costa ou de Dias Loureiro?
É evidente que depois da segunda audição de Oliveira e Costa no parlamento Cavaco Silva não voltará a intervir em público para defender ou manifestar a inocência de Dias Loureiro sob pena de o seu próprio nome passar a ser ouvido nas conversas à boca pequena. Resta a Cavaco Silva deixar o nome de Dia Loureiro cair em desgraça para salvar o pouco que resta do cavaquismo.
É evidente que o Ministério Público tem conseguido preservar o segredo de justiça no caso BPN como nunca o fez em qualquer outro processo o que nos permite questionar se estamos perante um aumento da eficácia das medidas ou se face a uma escolha selectiva dos processos que devem chegar a público. Se neste caso o Ministério Público resolveu e conseguiu evitar a fuga ao segredo de justiça é legítimo questionar que grandes segredos estão a ser preservados, que nomes de figuras públicas estão a ser salvaguardados? É também evidente que há partidos imunes aos efeitos das fugas ao segredo de justiça, tão evidente como o facto de o PS ter sido sistematicamente prejudicado por fugas manhosas e cirúrgicas, mas isso nunca levou um presidente a chamar o Procurador-Geral ou o presidente do sindicato dos magistrados a Belém.
É evidente que os magistrados do Ministério Público ou os jornalistas estão mais preocupados com os trocos do Freeport do que com os dois mil milhões que desapareceram do BPN, até digo que é uma pena que ninguém se lembre que Sócrates recebeu algum, talvez fosse a forma de sabermos mais qualuqer coisa sobre este processo.
É evidente que a bem da careira política de muita gente pouco sabemos e viremos a saber do caso BPN, até já foram escolhidos os “bois” que servirão para alimento das piranhas enquanto a manada atravessa o rio tranquilamente, Oliveira e Costa para que a justiça tenha a sensação de que fez o que devia e Vítor Constâncio para que a direita possa proteger os seus vigaristas.
É evidente que o papel de Dias Loureiro ia muito mais além do que tomar chá com Oliveira e Costa no gabinete da administração do banco, ambos foram aliados no tempo dos governos de Cavaco Silva e a sua associação vai para alem da rentabilização das poupanças do ex-ministro e (ainda) membro do Conselho de Estado, um era secretário-geral, o outro tratava das contas do partido ao mesmo tempo que arrecadava os impostos do Estado, que grande coincidência!
É evidente que nenhum administrador de um bano no seu pleno juízo vai falar com um vice-governador do Banco e Portugal para lhe pedir que seja mais rigoroso no controlo do seu próprio banco. Há gente honesta mas a honestidade não obriga a tanto.
É evidente que os negócios do BPN passava por manter uma rede de amigos em altos cargos da Administração Pública, será coincidência que o cargo de director de finanças de Lisboa tenha sido na maior parte do tempo ocupado por homens de confiança de Oliveira e Costa ou de Dias Loureiro?
É evidente que depois da segunda audição de Oliveira e Costa no parlamento Cavaco Silva não voltará a intervir em público para defender ou manifestar a inocência de Dias Loureiro sob pena de o seu próprio nome passar a ser ouvido nas conversas à boca pequena. Resta a Cavaco Silva deixar o nome de Dia Loureiro cair em desgraça para salvar o pouco que resta do cavaquismo.
É evidente que o Ministério Público tem conseguido preservar o segredo de justiça no caso BPN como nunca o fez em qualquer outro processo o que nos permite questionar se estamos perante um aumento da eficácia das medidas ou se face a uma escolha selectiva dos processos que devem chegar a público. Se neste caso o Ministério Público resolveu e conseguiu evitar a fuga ao segredo de justiça é legítimo questionar que grandes segredos estão a ser preservados, que nomes de figuras públicas estão a ser salvaguardados? É também evidente que há partidos imunes aos efeitos das fugas ao segredo de justiça, tão evidente como o facto de o PS ter sido sistematicamente prejudicado por fugas manhosas e cirúrgicas, mas isso nunca levou um presidente a chamar o Procurador-Geral ou o presidente do sindicato dos magistrados a Belém.
É evidente que os magistrados do Ministério Público ou os jornalistas estão mais preocupados com os trocos do Freeport do que com os dois mil milhões que desapareceram do BPN, até digo que é uma pena que ninguém se lembre que Sócrates recebeu algum, talvez fosse a forma de sabermos mais qualuqer coisa sobre este processo.
É evidente que a bem da careira política de muita gente pouco sabemos e viremos a saber do caso BPN, até já foram escolhidos os “bois” que servirão para alimento das piranhas enquanto a manada atravessa o rio tranquilamente, Oliveira e Costa para que a justiça tenha a sensação de que fez o que devia e Vítor Constâncio para que a direita possa proteger os seus vigaristas.