quarta-feira, novembro 14, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura

 
 
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Gramínea da Quinta das Conchas, Lisboa
   
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Lisboa, 1975 [A. Moura]   

Jumento do dia

Mota Soares, o Lambretas 
 
Mota Soares, o pêpista que chegou à posse de Lambreta e saíu numa viatura de luxo é um rapaz muito piedoso como, aliás, mandam as regras da boa aparência do partido de Portas, um partido que ainda vende mentirosamente um programa supostamente democrata-cristão.

O Lambretas está muito preocupado com os idosos porque estes são abandonados pela famílias. Pois, mas este é o mesmo piedoso ministro que cortou 40 euros no suplemento solidário para idosos. Digamos que Mota Soares não pretende que as famílias abandonem os idosos, deverá estar a pedir que os deixem à porta da sopa dos pobres.
 
«No Fórum da TSF, o ministro da Solidariedade e da Segurança Social disse que o Governo admite «responsabilizar as famílias que abandonam idosos», sublinhando que se trata do «ponto mais importante».
   
No entanto, sublinhou, «também percebemos que temos de conseguir agir num conjunto de fatores que levam, muitas vezes, as famílias a proceder a esses mesmos abandonos».
   
«Para nós é muito importante continuar a reforçar as redes sociais, continuar a largar a capacidade de resposta das instituições, mas não podemos ser indiferentes em caso de abandono e violência dos idosos», reforçou.
   
Pedro Mota Soares disse ainda não recear que a oposição o acuse de estar a tentar, com estes planos, esconder os cortes em diversos apoios socais.» [TSF]


  
 Chover no molhado
   
«Já se sabia que a economia não era uma ciência exacta. Mas poucos imaginariam que ela fosse tão complexa. Desde o eclodir da actual crise que várias organizações, entre as quais o FMI e o seu economista-chefe, se interrogaram sobre a melhor forma de a ultrapassar.
  
Como regra, tem-se recorrido aos planos de austeridade. E da regra nasceu a dúvida: se o défice orçamental (x) for alterado, qual é o impacto no PIB (y)? Dito de outro modo: qual é o multiplicador (k) que se aplica a "x" para atingir "y"?
   
O multiplicador fiscal é então o valor que reflecte a variação no PIB resultante da variação no défice orçamental. Por exemplo: se o multiplicador for de 1,5, por cada euro de cortes na despesa o produto cai 1,5; mas se o multiplicador for de 0,5, o mesmo corte na despesa leva a uma redução no produto de apenas 50 cêntimos. Logo, o impacto no PIB pode ser positivo ou negativo, consoante o multiplicador. E ele assume particular relevância em situações de crise grave, como a que actualmente se vive na Europa.
   
Estimativas levadas a cabo por muitos e qualificados economistas sobre a realidade de 2010 deram resultados para todos os gostos. Houve quem dissesse que a consolidação fiscal fazia aumentar o produto, um pouco na lógica da ‘troika' que nos controla. Houve quem reagisse com indiferença, porque o multiplicador tenderia para 1. E houve uma equipa do FMI que aprofundou o tema até à exaustão e concluiu por um multiplicador de 0,5: por cada euro de corte no défice, o PIB caía 50 cêntimos. A situação não era grave.
   
Mas eis que, de repente, com o agudizar da crise, tudo se alterou. No seu último relatório trimestral, o FMI assumia sem reservas que, no actual quadro recessivo, o multiplicador fiscal se situa algures entre 0,9 a 1,7, em vez do 0,5 que calculara anteriormente. Dito de outro modo: os brutais planos de austeridade que estão em curso não melhoram, antes agravam o estado da economia. É verdade que na Europa se discorda desta leitura, a meu ver sem razão, mas disso falarei numa próxima oportunidade.
   
Falemos então de Portugal. Ninguém sabe como é que o Eurostat vai reagir à contabilização da concessão da ANA no OE-2012. E, sobre o tema, o Governo vai assobiando para o ar. Mas tudo leva a crer que, sem receitas extraordinárias, o défice se situe à volta dos 6,5% do PIB. Como o objectivo para 2013 é de 4,5%, a redução é de 2 pontos, logo, conduz a uma recessão situada entre 1,8% e 3,4% do PIB. Como é que o Governo orçamenta apenas 1%? A quem pretende ele enganar? Por que acha que todos os portugueses são estúpidos?
   
Lei de Murphy: se algo pode correr mal...» [DE]
   
Autor:
 
Daniel Amaral.   
   
     
 Há dinheiro para dar cacetada nas cigarras
   
«No debate na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para 2013 da administração interna, a decorrer no parlamento, Miguel Macedo adiantou que a PSP vai receber no próximo ano 796.9 milhões de euros, mais 13,2 por cento do que em 2012, a GNR 937.9 milhões de euros, mais 9,9 por cento.
   
Por sua vez, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que este ano recebeu 85 milhões de euros, vai auferir 84.1 milhões em 2013.» [DE]
   
Parecer:
 
Parece que para este governo a grande prioridade é que nada falte às forças repressivas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 Quando a anedota tem duas pernas
   
«O conselheiro de Estado Luís Filipe Menezes destacou hoje "os elogios" que Angela Merkel fez ao Governo, considerando que "o sinal que passou ao mundo e aos mercados vale mais do que mil manifestações em Portugal".» [DE]
   
Parecer:
 
Quando a anedota tem duas pernas é porque se chama Luís Filipe Menezes, o homem que tudo faz para pagar a candidatura à autarquia do Porto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada pelas palavras da figura desprezível..»
   
 Aumentou a evasão fiscal?
   
«O Banco de Portugal identifica a fraude e evasão fiscais como razões que podem ajudar a explicar as acentuadas diferenças entre a receita fiscal estimada pelo Governo quando elaborou o Orçamento do Estado deste ano e a que efectivamente está a conseguir arrecadar. 
   
“Embora o Orçamento do Estado para 2012 tenha incluído um conjunto de medidas de política fiscal com um impacto esperado na receita muito significativo (predominantemente em sede de IVA, mas também importante nos casos do IRC e IRS), a execução no decorrer do ano sugere que este deverá ser parcialmente anulado por efeitos não lineares de natureza cíclica e/ou efeitos não discricionários, entre os quais se poderão incluir fenómenos de fraude e evasão fiscal”. » [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Não, nem por isso!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Exportações: a culpa é da Europa?
   
«Álvaro Santos Pereira declarou hoje, terça-feira, que as exportações em Portugal mantêm-se sob pressão. 
  
“Sabemos que houve um abrandamento das exportações, que foi altamente influenciado pelo abrandamento da economia europeia, nomeadamente de muitos dos nossos parceiros da Zona Euro”, afirmou o ministro da Economia e do Emprego em declarações à margem da apresentação da iniciativa PME Digital. 
  
O “Diário Económico” noticia hoje que, depois da queda de 6,5% das vendas ao exterior de Portugal em Setembro, Outubro deverá ser outro mês de contracção nas exportações, acima de 10%. Em Setembro, a greve dos trabalhadores portuários foi um dos motivos que justificou a descida das vendas para o estrangeiro, sendo que também a difícil situação dos principais parceiros comerciais do país também pesou no seu desempenho. » [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Quando as coisas corriam bem, mesmo poucos dias depois de tomar posse o Álvaro gabava-se das suas reformas, agora que correm mal ou menos bem a culpa é de terceiros.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se ao Álvaro que um niquinho de honestidade intelectual não lhe faria mal nenhum.»
      

   
   
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