segunda-feira, novembro 05, 2012

Umas no cravo e outras na ferrdura

 
 
   Foto Jumento
 
 
Flor de oliveira, Quinta das Conchas, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Aveiro [A. Cabral]   
 
Jumento do dia
  
Manuel Damásio, administrador da Lusófona
 
O administrador da Lusófona encontrou uma desculpa brilhante para o facto de a sua universidade ser a que tem mais cursos da treta, disse que uma boa parte dos cursos condenados a serem fechados já não funcionavam. Pois, também o Relvas não funcionou como estudante mas saiu doutor.
 
«O administrador da Universidade Lusófona, Manuel Damásio, disse este domingo que muitos dos cursos que não foram acreditados pela Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior "já não funcionavam, na prática, há anos".» [CM]
    
 Refundadores

Nem todos tês os valores democráticos de um Mário Soares que abandonava o poder e  se dizia livre como um passarinho, Passos Coelho é daqueles a quem um baixo QI ajudou a pensar que eram salvadores da Pátria e quando tudo resultou em desgraça ficam convencidos de que tinham razão, todos os outros é que eram demasiado burros para o entenderem.
  
Veja-se o que sucede com o Relvas, um ministro zombie que leva a que em Portugal o Carnaval sejam três dias e o Hallowen sejam 365, fora os anos bissextos. Ninguém neste país leva Miguel Relvas, os seus telefonemas poderão valer negócios de milhões, os banqueiros ainda gostam de o tratar por tu e até o Ulrich, num gesto de generosidade financeira, pode convidá-lo para casa, mas a verdade é que o povo vê em Relvas a incarnação do que de pior há na sociedade portuguesa, Miguel Relvas é um verdadeiro zombie. Mas Passos Coelho não pode viver sem a sua cara metade da política e mantém o governo com menos ministro e mais imbecis de que Portugal tem memória.
  
Com um OE para esquecer, incapaz de fazer uma remodelação por já ter esgotado os amigos íntimos disponíveis para irem para o governo, restou a Passos Coelho inventar uma atoarda para sobreviver, a refundação não se sabe muito bem do quê, até porque ninguém no seu pleno juízo vê alguém tão diminuto quanto Passos Coelho a refundar o que quer que seja. é o desespero que leva Passos a em vez de entrar num processo de reciclagem optar por distrair os portugueses com uma refundação, é mais ou menos o mesmo que irá suceder com o morto vivo madeirense, em vez de refundação vai ouvir falar-se de independência.
 

  
 Traições
   
«Os deputados aprovaram o Orçamento do Estado para 2013. Aprovaram uma lei sem o mínimo de racionalidade económica, sem a mais remota possibilidade de atingir os objectivos a que se propõe e com evidentes desconformidades constitucionais. Aprovaram a obra dum pequeno grupo de aprendizes de feiticeiro que pensam que o truque é só fazer desaparecer o coelho sem que seja preciso fazer nada para que ele volte a aparecer. O problema é que aqui não há coelhos, mas sim pessoas.
  
Os deputados são assim responsáveis pela aprovação dum documento que, a ser implementado, arrasará o tecido económico do País, destruirá centenas de milhares de postos de trabalho sem que construa um que seja, conduzirá à fuga em massa de jovens portugueses para o estrangeiro, agravará enormemente o nosso problema de desigualdade, provocará o de-saparecimento da classe média e fará com que as instituições, entre outras os tribunais e repartições de finanças, deixem de funcionar regularmente.
  
Sim, nessa altura vai ser precisa uma refundação. Não uma refundação do acordo com a troika, não uma refundação das funções do Estado, não uma refundação constitucional, mas muito provavelmente uma refundação do próprio país. Não restarão senão escombros dum trabalho de quarenta anos de democracia. É bem verdade, o que se fez em Portugal desde o derrube da ditadura não foi brilhante, longe disso. Podia ter-se feito muito melhor, sem dúvida. Mas não ver os enormes avanços, esquecer as mudanças fundamentais, negar que nunca como nestas quase quatro décadas se fez tanto por tantos é cegueira. É crime. E aquilo a que estamos a assistir é a um plano para arrasar todo o trabalho desses anos.
  
Claro que seria preciso, seria importante, repensar as funções do Estado. Mas como será possível ter esse debate alcançar consensos, pensar soluções, numa altura em as pessoas vão estar nas ruas a gritar que têm fome, que não têm emprego, que os seus filhos emigraram? Sejamos honestos: a refundação é uma conversa oca. É uma conversa de quem já percebeu que a receita em que tanto acreditou falhou, que cada vez que se percebia que a coisa não estava a resultar achava que era melhor aumentar a dose. De quem está desesperado sem nada para nos dizer ou propor. Como será possível gente que todos os minutos prova não ser capaz de governar um país refundar o que quer que seja? Como querem que acreditemos que pessoas que não são capazes de explicar aos nossos credores que um país destruído não pode gerar receitas para pagar dívidas sejam capazes de fundar o que quer que seja ?
  
Esta é a parte que diz respeito ao Governo. Mas voltemos aos deputados, aos homens e mulheres que aprovaram esse crime lesa-pátria chamado Orçamento para 2013. Alguns, contra todas as evidências, pensarão que este é um bom orçamento. São os únicos que, apesar de estarem a contribuir para todas as desgraças que se avizinham, merecem respeito. Não se refugiam hipocritamente, como alguns, por detrás do inqualificável argumento de que ter um orçamento é melhor do que não ter nenhum. Ou, outros, que dizem até lhes custa muito aprovar mas não há alternativa. Como se a morte certa fosse alternativa, como se a loucura fosse um caminho. Também não nos tentam enganar sempre a falar do passado, como se erros passados justificassem crimes presentes. Acreditam no que estão a fazer mas tentam proteger-se do que possa vir a acontecer. Enganam-se. Desta vez os portugueses não se esquecerão: a devastação social, económica e política será tão imensa que não irá existir português que não lembrará quem foram os representantes do povo que autorizaram o que vamos viver.
  
Os deputados a quem não podemos mesmo perdoar são os que sabem exactamente o que estão a fazer. Sabem que este orçamento vai destruir o País e sabem as consequências dos seus actos. Que dirão quando as suas convicções se materializarem, ou seja, quando o caos se instalar? Sorrirão e dirão para os seus amigos que já sabiam?
  
É verdade, o nosso sistema parlamentar, o nosso sistema eleitoral, não está baseado na liberdade de voto dos deputados. Mas há uma liberdade que todos temos: é a de dizer que não. E nunca foi tão importante dizer que não. Talvez arriscando a carreira, talvez correndo riscos pessoais. Mas um homem ou mulher que não está disposto a correr esses riscos, um homem ou mulher que não está disposto a sacrificar-se em função da sua consciência e do mandato que o povo lhe deu, não serve para político, não serve para representante do povo.
  
Estes traíram o seu mandato. Pior, traíram-se a si próprios. E logo quando mais precisávamos deles.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.   
     
     
 Dinamismo luso
   
«Uma noite de sexo com uma jovem prostituta era o prémio para quem lhe calhasse em sorte o número vencedor nas rifas. O sorteio, anunciado em panfletos sugestivos e espalhados pelas ruas de toda a localidade de Gibraleón, em Huelva, Espanha, seria feito no bar de alterne dois sábados por mês – por cada bebida consumida, o cliente ganhava um número. A Guarda Civil também viu os panfletos – e prendeu os dois portugueses, dono e gerente do Club La Casa.» [CM]
   
Parecer:
 
Um dia destes ainda vinham à Lusófona pedir uma equivalência a doutores em gestão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 Miguel Macedo promove exercício físico na PSP
   
«Os agentes das esquadras de São Marcos e Mira-Sintra estão há cerca de um mês sem um único carro-patrulha disponível. O serviço dos polícias tem sido feito graças às esquadras vizinhas, que emprestam viaturas. Apesar disso, alguns agentes, sobretudo do policiamento ‘Escola Segura’, estão agora a fazer as patrulhas a pé.» [CM]
   
Parecer:
 
O ministro não quer cigarras na PSP, quer que os agentes andem mais e cantem menos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se a criatividade desta formiga governamental.»
      
 E ele sabe
   
«O antigo líder do CDS-PP Adriano Moreira disse hoje que se anda a perder tempo a discutir o significado de "refundação" e que a solução para saber o alcance da palavra passa por perguntar ao primeiro-ministro.
  
"Neste momento Portugal tem um estatuto de protetorado, esse é que é o problema e descurar isso para perder o tempo sobre a questão de saber o que é que quer dizer refundação, que alcance tem a palavra, tem uma solução tão fácil, perguntem ao autor da palavra que ele explica", afirmou o antigo ministro, em Vila Real.» [DN]
   
Parecer:
 
Adriano Moreira é um homem muito optimista.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se por uma conferência de imprensa do Vítor Gaspar para se saber o que pretendia Passos Coelho com refundação.»