Infelizmente não vou poder estar presente na apresentação do livro, e digo infelizmente porque Portugal tem um problema energético cujo debate tem vindo a ser adiado. É um problema que nos empobrece, que impõe limites à competitividade da nossa economia, que condena a nossa Balança Comercial a um défice crónico.
Os nossos recursos energéticos são escassos, falamos muito em poupanças mas não poupamos, apregoamos as energias renováveis para não as aproveitamos, e, pior do que tudo isso, fazemos de conta que o problema não existe.
E a equação desse problema é simples: até onde pode crescer a economia portuguesa sem recurso ao nuclear?
As fontes de energia renováveis devem ser aproveitadas mas sabe-se que apesar de renováveis não são baratas e o potencial hidroeléctrico deve ser rentabilizado, mas estas fontes de energias limpas não são suficientes, nem mesmo para as nossas necessidades de electricidade. Restam-nos as centrais nucleares e as termoeléctricas, e a instalação destas últimas está fortemente condicionadas pelos limites à produção de CO2, longe vão os tempos em que se construiu um complexo petroquímico em Sines porque as águas são profundas e os ventos empurram a poluição para o Atlântico.
A energia nuclear tem riscos, riscos que a concretizarem-se são mais evidentes que os resultantes da poluição provocada por CO2, ninguém sabe quantos portugueses já morreram devido a problemas resultantes da poluição.
Mas mesmo não produzindo energia nuclear Portugal sofre os mesmos riscos, se ocorrer um acidente em Espanha ou noutro país da Europa de nada servirá irmos para a fronteira soprar, na esperança de mandarmos a contaminação para outro lado. Mas também estamos à mercê de acidentes envolvendo a actividade petrolífera, como sucedeu com o Prestige, cujas consequências não foram mais graves para Portugal porque o navio se afundou antes de o governo de Aznar o levar para longe da Galiza.
Apesar de ser dos países do Ocidente com maior dependência energética, Portugal tem excluído o nuclear sem sequer o debater e neste contexto o livro hoje lançado pode ser a oportunidade para lançar uma discussão bem mais importante para o futuro do país do que as horas que o país tem dedicado ao défice das contas pública.
Os nossos recursos energéticos são escassos, falamos muito em poupanças mas não poupamos, apregoamos as energias renováveis para não as aproveitamos, e, pior do que tudo isso, fazemos de conta que o problema não existe.
E a equação desse problema é simples: até onde pode crescer a economia portuguesa sem recurso ao nuclear?
As fontes de energia renováveis devem ser aproveitadas mas sabe-se que apesar de renováveis não são baratas e o potencial hidroeléctrico deve ser rentabilizado, mas estas fontes de energias limpas não são suficientes, nem mesmo para as nossas necessidades de electricidade. Restam-nos as centrais nucleares e as termoeléctricas, e a instalação destas últimas está fortemente condicionadas pelos limites à produção de CO2, longe vão os tempos em que se construiu um complexo petroquímico em Sines porque as águas são profundas e os ventos empurram a poluição para o Atlântico.
A energia nuclear tem riscos, riscos que a concretizarem-se são mais evidentes que os resultantes da poluição provocada por CO2, ninguém sabe quantos portugueses já morreram devido a problemas resultantes da poluição.
Mas mesmo não produzindo energia nuclear Portugal sofre os mesmos riscos, se ocorrer um acidente em Espanha ou noutro país da Europa de nada servirá irmos para a fronteira soprar, na esperança de mandarmos a contaminação para outro lado. Mas também estamos à mercê de acidentes envolvendo a actividade petrolífera, como sucedeu com o Prestige, cujas consequências não foram mais graves para Portugal porque o navio se afundou antes de o governo de Aznar o levar para longe da Galiza.
Apesar de ser dos países do Ocidente com maior dependência energética, Portugal tem excluído o nuclear sem sequer o debater e neste contexto o livro hoje lançado pode ser a oportunidade para lançar uma discussão bem mais importante para o futuro do país do que as horas que o país tem dedicado ao défice das contas pública.