Umas no Cravo e Outras Tantas na Ferradura

FOTO JUMENTO

Montra na Rua do Coliseu, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Julián Martín / EFE]

«En busca de la identidad perdida. La afgana Nadia tenía ocho años cuando una bomba le desfiguró la cara en Afganistán. A los diez años, asumió la identidad de su hermano muerto para poder trabajar y mantener a su familia en un barrio periférico de Kabul. Ahora, con 21 años y tras once escondiéndose de las miradas ajenas, se encuentra en Barcelona para someterse a una operación de cirugía estética que le permita recobrar su identidad femenina sin que nadie la reconozca y pueda "castigarla" por su osadía de haberse hecho pasar por un hombre.» [20 Minutos Link]

REPÓRTER JUMENTO:"AQUELE OLHAR ..." [n.º 4]

JUMENTO DO DIA

Momento de inspiração

No dia seguinte às buscas realizadas a empresas ligadas a Oliveira e Costa , antigo responsável pelas finança do PSD, e Dias Loureiro antigo secretário-geral do PSD e desde há uns anos os seu presidente sobra, Luís Marques Guedes arma-se em líder do combate à corrupção e propõe um aumento substancial das verbas para a PJ. É aquilo a que se pode chamar um momento de inspiração.

É PROIBIDO INCOMODAR A BANCA

Não deixa de ser curioso que a posição dos nossos opinion makers em relação às críticas dirigidas pelo Governo à banca por optimizar as suas fugas aos impostos oscilam entre um estranho silêncio (como o de um conhecido combatente da evasão e fraudes fiscais) e a tentativa de associar qualquer medida que incomode a banca e as posições que são atribuídas ao PCP e o Bloco de Esquerda, um upgrade do velho papão comunista. O último a entrar nesta procissão de apóstolos da palavra da banca foi Domingos Amaral.

SÓCRATES E OS BANQUEIROS

Domingos Amaral anda com sérios problemas de memória:

«Este populismo de esquerda contagiou obviamente o PS, e José Sócrates viu aqui uma boa oportunidade de se reconciliar com a esquerda, a tal que diz que ele não é de esquerda. A esquerda, é sabido, nunca gostou de capitalistas e banqueiros, e exulta com “medidas” que mostrem uma mão pesada com esses senhores. Sócrates sentiu o terreno fértil, até porque nos últimos meses a sua popularidade entre empresários e banqueiros estava em alta. Era pois o momento de os desiludir, sem causar demasiada revolta. Ainda por cima, o argumento do ‘deficit’ é quase inatacável, e o primeiro-ministro conseguiu deixar passar a ideia de que a situação é injusta, em especial nas actuais circunstâncias. Como quem diz: “se o tempo fosse de vacas gordas...”, outro galo cantaria. » [Diário Económico Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Domingos Amaral se já se esqueceu dos ataques à banca feitos pelo governo de direita que antecedeu o de Sócrates, e sugira-se a articulista que compare as situações antes de querer confundir ataques à banca com ser de esquerda.»

DESENVOLVIMENTO DURÁVEL E ESTRATÉGIA DO "GLOBAL COOMONS..."

Por Rui Matos no blogue Macroscópio:

«Este post é dirigido a todos aqueles que se preocupam com o Desenvolvimento Durável/Sustentável. Mas é bom lembrar que a semana passada António Vitonino (AV) - nas Notas Soltas - chamou-nos a atenção para o problema dos Global Commons (GC). Cremos que o Governo socialista terá de meter mãos à obra a fim de aprovar a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável que já esta muito atrasada. Mas a meio duma legislatura ainda é capaz de haver tempo para recuperar o tempo perdido - por entre protocolos e mais protocolos que apenas têm um valor indicativo e que muitos - ou quase todos - desrespeitam.» [Macroscópio Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SANTANA SENTIU-SE SOZINHO

Faltou-lhe uma mulher em São Bento:

«Santana Lopes sentia algum desconforto por viver em São Bento. Nos meses em que viveu no Palácio, o ex-primeiro-ministro revela como era complicado estar sem a família e “principalmente uma mulher que nos apoie”. Um desabafo na primeira pessoa no livro que dedica à queda do seu Governo. Intimista, Santana assegura que não voltaria a morar em São Bento se fosse eleito novamente.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Santana que da próxima mande instalar uma discoteca junto à piscina de São Bento, ou, se o preferir, em vez de deslocalizar uma secretaria de estado para o Porto, que deslocalize a residência oficial para a 24 de Julho.»

É ASSIM A GESTÃO PÚBLICA EM PORTUGAL

A CML vai autorizar o loteamento de terrenos que poderão ser necessários ao TGV:

«Como tal, a REFER, consultada pela Câmara, recusou aprovar o empreendimento. Mas caso a Câmara aprove hoje a sua construção (mais de 163 mil metros quadrados de área bruta) a REFER, ou seja, o Estado, poderá vir a ter de desembolsar, pelo menos, 63 milhões de euros para indemnizar o promotor – Lismarvila – se o traçado do TGV, quando definido, passar pelos terrenos.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à PGR se não haverá matéria para dar uma espreitadela ao assunto,»

QUE RICOS ARREDONDAMENTOS

Renderam uma pequena fortuna à banca:

«A banca deverá ter cobrado um valor próximo dos 1,2 mil milhões de euros nos últimos dez anos, com a prática do arredondamento das taxas de juro do crédito à habitação a um oitavo e a um quarto de ponto percentual.

De acordo com cálculos do DN, trata-se de um valor que resulta de um ganho médio anual de 125 milhões de euros, partindo dos números avançados pela Associação Portuguesa dos Consumidores e Utilizadores de Produtos e Serviços Financeiros (Sefin). De acordo com esta entidade, os bancos que arredondam a um oitavo de ponto percentual registam um ganho anual de 73 milhões de euros, enquanto as instituições que praticam o arredondamento a um quarto de ponto percentual arrecadariam cerca de 198 milhões de euros.» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Isto é, uma boa parte dos lucros da banca deve-se aos arredondamentos.»

CASO SIRESP

Quem teria acesso a informação privilegiada?

«O Instituto de Telecomunicações (IT) alertou, em Maio de 2005, para o facto de as regras do concurso para o sistema de comunicações entre as diversas forças de segurança - SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal) - favorecerem "o(s) concorrente(s) com acesso a informação privilegiada". Num parecer enviado ao ministro da Administração Interna, António Costa, a que o DN teve acesso, três técnicos do IT afirmaram ainda que o prazo de entrega e elaboração de propostas foi muito curto (50 dias, que incluíram o mês de Agosto de 2003), o que poderia ainda impedir o aparecimento de mais do que uma proposta. Em causa estava um negócio de 600 milhões de euros.» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Confirme-se junto de Dias Loureiro e Oliveira e Costa que não tiveram acesso a qualquer informação.»

RIO JARDIM

BE compara Rui Rio a jardim:

«O Bloco de Esquerda acusou esta quarta-feira o presidente da Câmara Municipal do Porto de utilizar subsídios para comprar «fidelidades políticas e eleitorais», comparando Rui Rio ao presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim. » [Portugal Diário Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se Francisco Loução que são filhos da mesma mãe.»

A NOVIDADE DO DIA

Ficamos a saber que Dias Loureiro é assalariado e nada teve que ver com o negócio da Siresp:

«Dias Loureiro confirmou ontem ao PÚBLICO ter ligações à Sociedade Lusa de Negócios (SLN), líder do consórcio vencedor do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). Porém, o antigo ministro do PSD e actual membro do Conselho de Estado nega qualquer envolvimento no negócio investigado pela Polícia Judiciária em particular. Precisando que era presidente da Sociedade Portuguesa de Pinturas e Moldes, uma empresa de componentes de automóveis detida em 50 por cento pela SNL, Dias Loureiro justifica estar actualmente a ocupar um escritório na Avenida da Liberdade, em Lisboa, cujo registo telefónico está em nome do Fundo de Investimento Imobiliário Aberto-BPN (Banco Português de Negócios). "Não renego as ligações que tenho à SLN [que detém 100 por cento do BPN] e à empresa para quem trabalho, que me paga. Quanto ao SIRESP, tudo o que sei é o que leio nos jornais", afirmou ao PÚBLICO. Dias Loureiro adiantou ainda ter vendido todas as acções da SNL em 2002, mas não explicou que interesses continou a representar como administrador não executivo da mesma sociedade, cargo que diz ter deixado há cerca de um ano. "Estou num prédio do BPN justamente porque trabalho para uma empresa que é do grupo do BPN", afirmou, referindo mais tarde não saber se o escritório era do BPN, da SLN ou de "algum fundo".» [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Dias Loureiro se está sindicalizado na CGTP ou na UGT.»

JERÓNIMO DE SOUSA DIZE QUE O GOVERNO COMEÇA A ESTAR PREOCUPADO

Com ele:

«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou ontem em Coimbra que o facto de "no Congresso do PS meterem o ministro da Saúde a falar praticamente sozinho, numa manhã muito madrugadora", "é um sinal de que o Governo começa a estar preocupado e um exemplo da forma como a luta e o protesto despertou muita gente, entre a qual socialistas ou votantes no PS". "E ai do Governo se continua a pensar que a população está a ser instrumentalizada", enfatizou, numa sessão com representantes de movimentos de utentes da saúde de Aveiro, Viseu e Coimbra.» [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe- se o Jerónimo que o Marques Mendes começa a ficar contente»

RECOMEÇOU A CAMPANHA DE MARKETING DO DR. MACEDO

Agora foi à conta da penhora de automóveis:

«“A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) deu início aos procedimentos relativos à penhora de veículos automóveis a contribuintes com dívidas fiscais, estando neste momento concluídas penhoras relativas a 6609 veículos”, refere o comunicado. » [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor DG dos Impostos se já se esgotaram a s possibilidade de penhora de conta bancárias ou se prefere penhorar bens que não afectam a banca.»

CRÍTICAS À GESTÃO INTERNA DA DGCI

Feitas pelo Tribunal de Contas:

«No relatório da auditoria, o Tribunal de Contas considera que "a gestão do sistema de controlo interno instituído na DGCI [Direcção-Geral dos Impostos] continuava a apresentar consideráveis ineficiências", impedindo a apreciação oportuna da utilização dos benefícios e também do cumprimento das obrigações das entidades que geriam os planos de poupança.» [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao DG dos Impostos se fez alguma coisa neste capítulo.»