Há poucos dias João Soares decidiu reaparecer e alertou para o perigo das tendências neo-liberais da Governo. Não explicou muito bem o que pretendia dizer usou o termo neo-liberal como um dos maiores pecados mortais na perspectiva da sua esquerda, algo tão grave como se descobrir um seminarista ateu ou um maçon filiado na Opus Dei.
O PCP tem os seus chavões típicos desde os “pequeno-burgueses” par os que não estão convencidos de que Jerónimo de Sousa não é o líder d vanguarda do proletariado que Marx, Engels e Lenine mandaram à terra para os levar ao paraíso, e todos os outros são “a direita”, algo tão pecaminoso como ser proxeneta no Intendente.
No PS são menos imaginativos, ficam-se mesmo pela habitual designação de “neo-liberal” a que João Soares recorreu.
Para a direita as meras palavras “socialista” ou “comunista” bastam para distinguir entre os pecaminosos, os primeiros deverão ir para o purgatório, os segundos têm lugar garantido no inferno. De vez em quando lá vem o chavão da estatização e muito raramente usa-se o termo “gonçalvista”, este ultimo caiu em desuso desde que a direita inventou o seu próprio desvario. O “santanismo”.