domingo, novembro 26, 2006

A Semanda

Cada país tem o seu Borat

Santana Lopes só não é candidato a presidente de um tribunal superior porque não fez careira na magistratura, de resto desde que ganhou a eleições na Figueira da Foz acha que todos os altos cargos do país estão ao seu alcance. Sem dimensão nem projecto político, apenas com duas ou três ideias daquelas que qualquer um tem entre dois shots acha que os cargos de primeiro-ministro ou de Presidente da República são seu por direito próprio.

Numa semana o país diverte-se, mata saudades do PREC da direita, até Marcelo discordou do facto de Cavaco ter dado uma entrevista, e a RTP decidiu disputar o sahare da entrevista presidencial com um programa de humor, na semana seguinte o fenómeno esfumou-se.

A entrevista e o livro da roupa suja do PSD tiveram o mesmo impacto que a apresentação de um novo filme de Borat, a personagem do Cazaquistão criada pelo comediante inglês Sacha Noam Baron Cohen.

Já solicitaste uma entrevista ao Procurador-Geral da República?

Parece que se tornou uma obrigação institucional, de pequenos políticos a grandes empresários todos estão a solicitar entrevistas ao novo Procurador-Geral da República, e até houve quem fosse entregar o caderno reivindicativo ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Por este andar não me admira que quem quiser reclamar do merceeiro vã ao presidente do Supremo Tribunal Administrativo.

Mais um upgrade na estratégia de oposição do PSD

Se Marques Mendes fosse um software nunca seria posto à venda, tantos são os bugs e os upgrades a que tem sido forçado, ainda não chegou aos dois anos de oposição e já teve que mudar de estratégia política, é o resultado de ter atrás de si um autocarro de inválidos da política e de fazer política para o barómetro. Ainda há poucos dias andava excitadíssimo a tentar encontrar matérias onde Cavaco pudesse apadrinhar um pacto, e acabou por ser entregue à porta da Mitra pelo Presidente da República.

O passeio das tropas

Qual será a próxima brigada a ser enviada para o campo de batalha?

O regresso do silêncio político

Depois do protagonismo forçado resultante das idiotices da equipa de Manuel Pinho e do debate orçamental a que nenhum governo se pode esquivar, José Sócrates e os seus ajudantes governamentais voltaram ao silêncio, ao blackout informativo, e os primeiros resultados já estão à vista, o PS voltou a subir nas sondagens.

A Câmara Municipal de Lisboa

Parece-se mais com uma associação de estudantes e as suas reuniões com RGAs de outros tempos do que com a autarquia da capital. Quando Paula Teixeira Pinto veio de Angola e foi para um liceu de alunos de direita armada em militante da Revolta Activa do Nito Alves, os colegas enfiaram com ela no tanque do jardim, e acabou por namorar e casar com um jovem simpatizante da extrema-direita e da Falange espanhola. Com quem se casará desta vez?