quinta-feira, março 12, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Grafitti, Lisboa

IMAGENS DO DIA

[Jayanta Shaw/Reuters]

«A boy with a smeared face participated in Holi celebrations in Kolkata, India, Wednesday.» [The Wall Street Journal]

[David Gray/Reuters]

«A Tibetan pilgrim carried his baby inside his robe as he prayed at the Kumbum Monastery near Xining, Qinghai Province, China, Wednesday. The monastery is the birthplace of the Gelupka sect of Buddhism.» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Jerónimo de Sousa

Quando o país foi atingido por uma verdadeira vaga de criminalidade Jerónimo de Sousa aproveitou para criticar o Governo e desculpabilizar os criminosos que era tratados carinhosamente tratados como "vítimas de desemprego", quase ofendia os desempregados por serem tratados como potenciais ladrões. Agora houve um incidente num bairro abandonado, uma invenção dos tempos de Abril, e Jerónimo de Sousa exige que se combata a criminalidade.

SPORTING CP 1 - 12 BAYERN DE MUNIQUE

Estava convencido de que a dúzia era uma unidade de medida em desuso, que só se usava para contar ovos, papo-secos e pouco mais...

UMA PERGUNTA A ANTÓNIO COSTA

Se está tão preocupado com o encerramento da esquadra do Rego porque razão não fez nada enquanto foi ministro da Administração Interna e como presidente da CML? Estará preocupado com a segurança dos cidadãos ou com os seus votos?

CONTRA ESTA 'ESTABILIDADE'

«Há um tédio recíproco entre o partido que nos pede o voto na "estabilidade" e nós, amolgados pelo triste horror do dia-a-dia, e desalentados com a nossa própria imprevidência, que, um pouco levianamente, lhe deu, há quatro anos, a maioria absoluta. Por outro lado, no conclave de Espinho foi demonstrado que existe um fervor militante espantoso, o qual permitiu, à maneira de Kim Jong-il, um unanimismo jubiloso e compacto a apoiar o líder.» [Diário de Notícias]

Parecer:

O mesmo Baptista-Bastos que aqui compara Sócrates ao ditador norte-coreano ainda há bem pouco tempo escreveu um artigo em defesa do PCP, precisamente a propósito das críticas que foram dirigidas ao congresso daquela partido. A isto chama-se falsa incoerência manhosa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Arquive-se por incoerência manhosa.»

UM PÃO NOS CORNOS

«Basta atravessar a fronteira para saber do desgosto do pãozinho sem sal. Não vem do nada a velocidade com que lhe aplicam o remédio de uma fatia salgada de presunto ou de queijo. O sal, o salero, tem de vir de algum lado. A solução portuguesa é pôr logo o sal no pãozinho, para ser tão bom que até se pode comer sozinho.

Para o PS, isso só não levará à nossa dissolução se obrigarmos os padeiros a usar só o sal que o PS e a OMS acham que deve ter. Que é muito pouco. Se um padeiro puser o sal que sempre pôs, arrisca-se a pagar 5000 euros pela distracção. 5000 euros por uma pitada de sal! Consegue-se assim inverter a etimologia da palavra "salário". Os romanos sabiam do valor do sal e, por serem pagos em sal, chamamos "salário" ao melhor petisco de quem trabalha. Agora vêm os insossos dos socialistas portugueses preparar um petisco diferente: dar um bocadinho de sal a mais ao pão poderá custar, ao dador, mais de 11 salários mínimos.

O sonho de regulamentar tudo para o nosso bem, contra a nossa vontade e a nossa queda natural para a autodestruição é mais antigo do que a etimologia de "salário". Mas a tirania é sempre mais repugnante quando implica com os pequenos prazeres do dia-a-dia de cada um, que só fazem mal (se é que fazem mal) a quem os goza.

Parece sempre que já atingimos o cúmulo, mas há sempre outro cúmulo ao virar da esquina. Que se seguirá ao pão? Se calhar, usarmos uma colher para cortá-lo, já que as facas podem ser perigosas.» [Público assinantes]

Parecer:

Por Miguel Esteves Cardoso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

TC CHUMBA CONTAS DE SANTANA LOPES NA CML

«'As anomalias constatadas nos empréstimos obtidos pelo município, conjugadas com o facto de não terem sido disponibilizados aos auditores externos todos os contratos de financiamento celebrados, não lhes permitiu pronunciarem-se sobre a razoabilidade dos montantes apresentados nas demonstrações financeiras da autarquia, sobre os ónus e encargos pendentes sobre o património, bem como sobre as condições de reembolso, de forma a aferir sobre a correcta apresentação destes passivos no balanço', apontou a entidade.

O relatório de verificação interna das contas, referente à gerência de Pedro Santana Lopes no ano de 2004, foi aprovado pelo TC a 19 de Fevereiro. Nesse ano, as dívidas a fornecedores aumentaram 137 por cento em relação a 2003 e os 'compromissos por pagar' aumentaram 155 por cento face ao ano anterior.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Um belo argumento para as próximas autárquicas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao visado.»

PCP MUDA DE POSIÇÃO EM RELAÇÃO À CRIMINALIDADE

«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou esta terça-feira ao combate à impunidade dos criminosos e acusou o Governo de tomar "medidas securitárias", negligenciando o policiamento de proximidade e as consequências penais imediatas.

O dirigente comunista comentava os distúrbios ocorridos recentemente no Bairro Portugal Novo, em Lisboa, numa audição sobre a segurança das populações, onde criticou o desinvestimento no policiamento de proximidade, reflectido no encerramento de várias esquadras da capital. 'As esquadras estão degradadas e em vez de serem reparadas o que o Governo? Se as instalações estão más, fecham-se', acusou.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Quando ocorreu uma vaga de criminalidade Jerónimo de Sous justificava-a com o desemprego e era tolerante com os criminosos, agora quer mais repressão.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Jerónimo de Sousa que não seja oportunista e ridículo.»

PSD FAZ BALANÇO DO GOVERNO

«O diagnóstico do País será feito através das seis áreas que os sociais- -democratas consideram mais críticas. São elas a Economia e Finanças, de que falará Rosário Águas; a Justiça e Segurança, pelo deputado e antigo ministro da Justiça Fernando Negrão; a Educação, a cargo do deputado Pedro Duarte; a Saúde, pela voz de Regina Bastos; as políticas sociais, por Adão e Silva; e o Ambiente, da responsabilidade de José Eduardo Martins.» [Diário de Notícias]

Parecer:

A equipa de avaliadores mais parece uma equipa das distritais do que uma primeira divisão de um partido que quer governar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Ferreira Leite se não arranja melhor.»

LEI MAL ESCRITA

«Cavaco Silva já tinha alertado para a fraca qualidade das leis. Ontem, foi a vez do procurador-geral da República elencar uma série de erros na redacção da proposta de lei do Governo para o crime de violência do doméstica. "A denúncia de natureza criminal, é feita nos termos gerais, sempre que possível, através de formulários próprios(...)." O arranque do artigo 30º. da proposta foi um dos exemplos dados por Pinto Monteiro: "Tirem lá a vírgula entre o sujeito e o predicado", desabafou ao fim de vários minutos a identificar problemas na lei.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Desta vez esqueceram-se de encomendar a lei a um escritório de advogados?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Sócrates que tenha mais cuidado com quem escolhe para redigir leis.»

ANDY PROKH

DE LIJN