sábado, junho 20, 2009

Bom, bom, era o país falir

Que bom que seria se o país fosse à falência, Cavaco reuniria logo o Conselho de Estado mesmo com a ausência de Dias Loureiro, Luís Cunha faria o sacrifício de se oferecer para ministro de um governo de Manuela Ferreira Leite, a mesma que o despediu do Banco de Portugal de onde saiu com uma pensão vitalícia, mo Bernardino dir-nos-ia “estão a ver? A Coreia do Norte não é assim tão mau para vive como diziam os anti-comunistas primário!”, o Manuel Alegre diria com o seu vozeirão de cá quem tinha razão era o Karl Marx e reuniria a cangalhada deserdada da política que sonha com o PRD da esquerda romântica, o Louça e o Jerónimo tentariam partilhar a caminhada vitoriosa do proletariado formando um conselho dos guardiões da revolução, a Manuela Ferreira Leite seria a salvadora da pátria porque em tempo de fome um papo-seco duro até sabe a torta de Azeitão, o Arnaldo Matos voltaria a sugerir que o seu bigode passasse a ser um símbolo da revolução, o Garcia Pereira iria no seu iate para meditar ao largo de Cascais sobre o futuro da revolução, o Pinto Monteiro continuaria entretido com a Operação Furacão, Paulo Porta proporia que Jaime Silva fosse crucificado no Terreiro do Paço, Manuela Moura Guedes teria um orgasmo em pleno Jornal Nacional enquanto Vasco Pulido Valente bebia mais um copo, os assessores do Presidente deixavam o anonimato, o Carvalho da Silva proporia negociar com o Vietname a compra da produção da Autoeuropa a fim de manter viva a chama da revolução naquela empresa, o Mário Nogueira proporia a contratação de todos os professores desempregados para participarem nas suas manifestações espontâneas a título de trabalho Cívico, Honório Novo sugeria que a Casa da Moeda comprasse a Renova para que não faltasse papel para produzir notas de quinhentos euros, o Sócrates finalmente poderia ser preso por ser maricas, ter desenhdo casas horríveis, embolsado algum com o Freeport e conseguido a licenciatura sem ir às aulas, o Manuel Monteiro seria finalmente deputado pelo círculo de Braga, o Coelhone proporia um terminal de contentores no Terreiro do Paço para salvar a exportações.

Bom, bom, era o país ir à falência, o país tremeria com o orgasmo colectivo sentido pela classe política e líderes corporativos.