quinta-feira, julho 01, 2010

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Mesquita de Lisboa

JUMENTO DO DIA

Carlos Queiroz

Queiroz conseguiu transformar Ronaldo num dos mais vulgares jogadores do Mundial. Quando um treinador em vez de potenciar o valores dos seus jogadores impoe os seus conceitos desvalorizando-os em nome de um falso jogo de equipa e, como se isso não bastasse, substitui jogadores que estão a jogar bem pelos seus preferidos os resultado só pode ser um, a derrota.

Mas é evidente que Queiroz não aceita a sua responsabilidade na derrota, da outra vez queixou-se do lixo por varrer na Federação, agora faz ameaças de dispensa de jogadores dizendo que se forem grandes demais para a camisola não fazem falta. Pois, mas não há problema quando o treinador é pequeno demais para envergar a mesma camisola, ainda por cima quando insiste em dividir os portugueses entre os que o apoiaram e os que não o apoiaram. Em vez disso um treinador de dimensão teria vindo em defesa de Ronaldo, acusado por muitos pela derrota de Portugal.

Ridículo foi ver Queiroz justificar a derrota como se o Mundial não tivesse passado de uma preparação para a fase de apuramento do próximo Europeu.

A RECUSA DA VENDA DA VIVO

Depois de ouvir Ricardo Salgado, do Banco Espírito Santo, tenho muitas dúvidas sobre se o governo fez bem em impedir a venda da Vivo à Telefónica.

SCUTS

Só há uma boa solução para o problema, cobrar portagem em todas.

O DISCURSO DA AMBIGUIDADE

«Pedro Passos Coelho falou, com amenidade, acerca das alterações ao programa do PSD, que pretende intentar. Acentuou que o mundo está em mudança e que o partido, naturalmente, tem de acompanhar o mundo e a mudança. Para aviso das almas mais sobressaltadas esclareceu que Sá Carneiro, na "sua época", chegara a afirmar que o SPD alemão (o de Willy Brandt) era o seu paradigma e o molde que desejava aplicar ao partido que fundara. Neste momento, Passos Coelho sorriu levemente, e informou ser a CDU germânica o actual arquétipo do actual PSD, reconhecendo, assim, que caminhava, desenvolto, com os tempos novos. (Para os esquecidos, a CDU era o partido de Franz-Josef Strauss, o "toiro da Baviera", e um dos políticos mais reaccionários e perigosos da Europa daquele tempo, um paladino da Guerra Fria e do confronto sem concessões. É, também, o partido de Angela Merkel).» [DN]

Parecer:

Por Baptista Bastos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O MÉTOODO TOM SAWYER DA PRODUTIVIDADE NOS SERVIÇOS

«O aumento de produtividade de parte do sector dos serviços consiste em grande medida em persuadir-nos a suportarmos uma carga de trabalho cada vez maior; trabalho esse que, deixando de ser feito por empregados, assegura às empresas poupanças muito significativas. Inevitavelmente, porém, cada vez dispomos menos de genuíno tempo livre. Toda a gente se queixa de que esteve muito ocupada no fim de semana. A fazer o quê? Ora, a percorrer os corredores do supermercado, a lavar o carro, a fazer transferências bancárias, a esperar na bicha do fast food, a ensinar às crianças o que não aprenderam na escola, a reparar a impressora seguindo as instruções do call-center ou a montar estantes. Tanta modernidade deixa-nos esgotados.

Na agricultura e na indústria, produtividade significa fazer mais com os mesmos recursos. Como é mais prático e económico comprar que fazer em casa, as pessoas deixam de plantar couves no quintal e de tricotar camisolas. Os cidadãos diminuem a auto-produção e o auto-consumo e conquistam tempo livre.

Paradoxalmente, em muitas actividades de serviço, produtividade significa fazer menos com os mesmos recursos. Como comprar tudo feito é mais caro e pior que fazê-lo, as pessoas resignam-se a trabalhar gratuitamente para as empresas que lhes vendem os serviços. Voltam a crescer a auto-produção e o auto-consumo, agora adornados de uma inovação linguística concebida por gurus que pensam muito à frente: somos hoje todos prosumers ou, se preferirem, "prosumidores". Em resultado, resta-nos menos tempo livre para a família e para os amigos ou, em alternativa, menos horas de sono.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Por João Pinto e Castro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

OS BRINQUEDOS DO GESTOR DA TOYS'R'US ERAM OUTROS

«Paul Hopes, britânico de 59 anos, que roubou 4,5 milhões de euros à empresa Toys’r’us para gastar em acompanhantes de luxo e carros desportivos, vai ter de restituir grande parte desse dinheiro. Caso não o consiga será condenado a mais dez anos de prisão, onde já se encontra desde Dezembro com uma pena de sete.

O detido, casado e pai de dois filhos, trabalhava na empresa há 23 anos como gestor de contas. De acordo com o 'Daily Mail', Hopes levava uma vida dupla, que nem a sua própria família suspeitava. Desviou cerca de 4,5 milhões de euros para gastar com acompanhantes de luxo. Hopes levava-as a jantar em hotéis de cinco estrelas, comprava-lhes carros de luxo como o 'Bentley Continental Flying Spur', 'Lexus RX400h' e 'BMW M3' descapotável. » [CM]

MIKHAIL VJUZHANIN