domingo, novembro 09, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura



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Bica na Mouraria, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Quando receou que o seu governo caísse na rua Cavaco tentou vender eleições antecipadas a Seguro recebendo em troca um governo de direita apoiado por Seguro. Agora que percebeu que a direita vai cair só resta a Cavaco adiar o mais possível as eleições dando o mais tempo possível ao seu pupilo para fazer maldades ao país. Se as sondagens dessem uma vitória á direita Cavaco convocaria eleições ainda antes do Natal, como sabe que as vai perder adia-as o mais possível, talvez a esposa consiga, entretanto, algum favor da santinha de Vila Nova de Ourém.

Mas Cavaco vai pagar cara a factura do seu comportamento, o seu governo vai arrastar-se durante quase um ano e ele vai acabar o seu mandato presidencial de forma pouco digna, ficando para a história como o presidente que nunca o devia ter sido.

«A questão do ponto em que estamos do ciclo político ganhou muita importância. É o Presidente da República quem marca as eleições. Vai manter o calendário eleitoral ou convocar eleições antecipadas?

A lei portuguesa é muito clara. As eleições para início de uma nova legislatura têm de ocorrer entre 14 de setembro e 14 de outubro. A fixação desta data ocorreu na alteração da lei eleitoral que teve lugar em junho de 1999. A proposta do artigo respetivo foi apresentada pelo Partido Socialista e votada favoravelmente pelo PS, PCP e Verdes e contra pelo PSD e CDS. O legislador quis deixar de forma muito clara que a data das eleições é entre meados de setembro e de outubro. O Presidente da República tem de respeitar essa lei. Além disso, o PR, antes de fixar a data precisa, no intervalo que a lei menciona, tem de ouvir os partidos políticos, o que significa que a sua opinião deve contar para a fixação da data exata. O que isto sugere é que o PR não pode manipular a seu bel-prazer a data precisa das eleições para favorecer o partido A ou B. Se a Assembleia da República do ano 2014 pensa de forma diferente da de 1999, então deve mudar a lei e o PR respeita essa decisão. Isto quer dizer que se a AR não mudar a lei eleitoral que aprovou em 1999, se não ocorrer uma grave crise política que ponha em causa a governabilidade, então as próximas eleições legislativas terão lugar em 2015, entre 14 de setembro e 14 de outubro. Ponto final.

O que vale, pois, é o argumento constitucional?

Não vale a pena as forças políticas estarem a beliscar-se sobre este assunto. O melhor é concentrar esforços na resolução dos problemas do país, em particular no combate ao desemprego e no crescimento económico. Surpreende-me imenso que haja políticos e articulistas que entendam que o PR deve dissolver a AR para antecipar a data das eleições. Seria contra a Constituição. O instituto da dissolução só pode ser utilizado em caso de crise política muito grave, como a que enfrentei em março de 2011 [pedido de demissão do segundo Governo Sócrates], quando todos os partidos políticos me comunicaram formalmente que não havia hipótese de qualquer outro Governo, que se tentasse fazer passar na AR, na sequência da demissão do primeiro-ministro de então. Por isso se chama bomba atómica. Aí não há divergência entre os constitucionalistas. Mas utilizar o instituto da dissolução para alterar a data das eleições seria uma violação do espírito da Constituição. Há ainda outra razão. O artigo 133 da Constituição diz que o PR fixa a data das eleições de harmonia com a lei eleitoral. Portanto, não contem com o Presidente para ir contra a lei e a Constituição. E se os senhores deputados agora pensarem de forma diferente, façam o favor de mudar a lei, não tenho objeções. Recordo que, enquanto primeiro-ministro, fui eleito em outubro duas vezes (outra em julho, mas em resultado de dissolução). Guterres foi eleito em outubro, o anterior primeiro-ministro José Sócrates também.» [Expresso]

 Sousa Tavares informou-se mal

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Sousa Tavares esqueceu-se que Egas Moniz foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1949, partilhado com Walter Rudolf Hess.

 Neocolonialismo?

Não sei porquê tenho a sensação de que estou ouvindo algumas pessoas a falar de Timor-Leste como se fosse uma colónia portuguesa. É uma pena que não usem tanta coragem e combate a coisas más em sítios como a Região Autónoma da Madeira.

Agora até temos um polícia que chama corrupto a Xanana Gusmão e desafia-o para um tribunal. Este senhor não sabe que só é um polícia, que é um polícia estrangeiro e que em Timor mandam os timorenses. Se calhar estava a pensar em prender o primeiro-ministro timorense. Pela forma como falam tiveram sorte, nalguns países não teriam cinco dias para se irem embora, teriam sido colocados na fronteira com a roupa que vestiam.

Deus nos livre de polícias que acusam e julgam em público e fazem desafios que sabem não poder concretizar-se.

 A guerra suja

Por aquilo que se tem visto a campanha para as próximas eleições já começou e muito embora o PSD e o CDS ainda não saibam se querem casar-se ou se vão para a cama sem matrimónio já transformaram o governo em sede de campanha, enquanto o Palácio de Belém tem feito as vezes de comissão política, estabelecendo a estratégia da direita. É também óbvio que nesta campanha vai valer tudo, vai ser uma campanha suja.

 O autarca e a legionella

O director-geral de Saúde explicou os cuidados a ter, chamando a atenção para a necesside evitar a pulverização da água, a fim de evitar gotículas que podem chegar às vias respiratórias e aos pulmões, aconselhou mesmo a evitar banhos com chuveiro. Logo de seguida o autarca de Vila Franca de Xira aparece a dar a sua conferência de imprensa e ao mesmo tempo que remetia tudo para as declarações do director-geral assegurava que a água do concelho é de grande qualidade. Conclusão: a legionella foi apanhada com a água da chuva.

Isto sim que é um autarca, está mais preocupado com a imagem da autarquia do que com a saúde dos seus concidadãos.
  
 Sócrates é o líder do PSD

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A maralha do observador anda um bocvado confusa, quem deve ser comparado com António Costa é Passos Coelho que, tanto quanto se sabe, ainda nada disse do que pretende para depois de 2015.

 BES: o banco do regime

Passos Coelho tem toda a razão, a última administração proposta pela família Espírito Santo apontava para Vítor Bento para presidentre executivo e Paulo Mota Pinto para chairman. E, como se sabe, um conhecido militante do PS, Durão Barroso, andou a estudar nos EUA à conta do BES, para não referir Miguel Frasquilho e muitos outros militantes do PS. Já nem vaole a pena referir os apoios de Ricardo Salgado a Cavaco Silva, outro conhecido militante do PS.
 
 Uma pergunta a Cavaco Silva

Alguém com responsabilidades no PS pediu-lhe a antecipação das eleições ou do que quer que seja?

 quem foi amigo, quem foi?


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Por aquilo que o Pires disse somos levados a pensar que quem eliminou a golden share na PT foi o Sócrates, senão mesmo o António Costa.
  

 O palpiteiro do regime
   
«Ex-líder do PSD reconhece, em entrevista à ETV, que o candidato do PS a primeiro-ministro tem uma "probabilidade forte" de ganhar as eleições de 2015, mas sem maioria absoluta, "o que não é bom".

No dia em que o autarca de Lisboa apresenta a sua moção estratégica ao congresso do PS, Marques Mendes reconhece, no programa "Conversas com Vida", que Costa parte para a corrida com "grandes condições". "Chegou fresquinho, a maior parte do tempo faz-se de morto, não está no Parlamento e não se sujeita ao contraditório e este Governo exerceu funções em condições difíceis", afirma.

O comentador aconselha, porém, o socialista a distanciar-se das "viúvas do socratismo" e diz que o ex-líder do PS, José Sócrates, deveria fazer um "período de nojo". Só não o faz, remata, porque "é vaidoso e egocêntrico".

Apesar de reconhecer a "probabilidade forte" da vitória de António Costa, Marques Mendes acredita que as legislativas de 2015 "não são favas contadas". "Passos tem os seus méritos" e a seu favor o facto de a "economia estar a crescer", argumenta.» [DE]
   
Parecer:

Apesar de um falhado enquanto líder do PSD Marques Mendes tem-se revelado um excelente porta-voz de Marques Mendes, ao ponto de o ministro Lomba e o secretário de Estado lomba, seu moço de estrebaria, quase poderem ser dispensados do governo. Com o estatuto de comentador remunerado pela SIC o ex-líder do PSD mais não faz do que opinar em função da estratégia política de Passos. Só assim se explica tanta inconfidência governamental.

A sua mais recente opinião foi acerca de António Costa e até se fica com a impressão de que antes de a dizer esteve a conversar com Passos Coelho sobre o que seria melhor para o PSD. Que Costa ganha mas sem maioria absoluta, que se deve afastar destes ou daqueles, etc., etc.. Tudo o que corresponde aos desejos de Passos Coelho e que melhor serve a sua estratégia de sobrevivência.

A estratégia de Mendes é óbvia, desvalorizar António Costa o mais possível, uma forma mais educada de fazer o mesmo que imbecil do ketchup.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se ao marques Mendes que cresça e desapareça.»

 E o Opus Macedo anava a brincar ao ébola
   
«Um homem de 59 anos não resistiu à bactéria ‘Legionella’ e morreu este sábado no hospital de Vila Franca de Xira. Há, pelo menos, mais 70 infetados: 64 assistidos em Vila Franca de Xira, o concelho onde começou o surto, e 16 em vários hospitais de Lisboa, disse à Lusa uma fonte oficial da Administração Regional de Saúde de Lisboa. Os responsáveis de Saúde estão reunidos para analisar a situação.

“Os casos são todos oriundos de Vila Franca”, sublinhou esta fonte oficial, afastando assim a hipótese de contaminação múltipla em vários pontos da zona da Grande Lisboa. O diretor do hospital de Vila Franca de Xira já disse que todos os infetados vieram das freguesias da Póvoa de Santa iria, Vialonga e Forte da Casa.» [Observador]
   
Parecer:

Afinal, antes do ébola chegar já se morre de legionella.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se por onde anda o Opus Macedo.»

 Governo encomenda despedimento de professores
   
«Cada professor eliminado vale 13 594,71 euros. É esta a proposta - equivalente a metade do custo anual do docente pelo índice salarial 167 - que consta da cláusula 42 da última proposta que o Ministério da Educação e Ciência enviou há duas semanas aos municípios com os quais está a negociar um projeto-piloto para a delegação de competências em matérias de educação, incluindo edifícios, parte dos currículos e recursos humanos.

A proposta de contrato foi divulgada ontem pela Federação Nacional dos professores (Fenprof), numa conferência de imprensa onde o líder desta organização sindical,Mário Nogueira, equiparou a cláusula com o"coeficiente de eficiência relativo ao pessoal docente" a "um filme de John Wayne" em que, "depois de um assalto, se discute a divisão:metade para ti e metade para mim".» [DN]
   
Parecer:

Enquanto não destruir o ensino público este incompetente do Crato não desiste.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»

   
   
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