O caso esmeralda chega ao fim e quase não se ouve uma única voz, nem jornalistas, nem primeiras-damas, nem gurus da protecção da infância, nem sequer advogados em busca de protagonismo à custa da sorte alheia. Os que se preocupavam com o futuro da Esmeralda estão hoje mais preocupados com as decorações de Natal ou com o jogo de logo mais à noite entre o Portugal da frustração e a Finlândia da Nókia.
Para a história fica uma tentativa de julgamento popular, só que desta vez os intervenientes não se assemelham do histórico julgamento de José Diogo, o trabalhador agrícola que matou o lavrador Columbano Líbano Monteiro, de Castro Verde. José Diogo tornou-se num herói da UDP que defendia que o trabalhador não podia ser julgado pela “justiça burguesa e capitalista”. Organizado o tribunal popular o José Diogo foi ilibado e o latifundiário Columbano foi condenado a título póstumo.
Também no caso da esmeralda houve um julgamento popular, mas desta vez com gente fina e versada em muitas ciência, os revolucionários da UDP (hoje no BE ou a enriquecer por outras paragens) deram lugar às primeiras-damas, a “Voz do Povo, órgão oficial da UDP cedeu o lugar à SIC e à TVI, a justiça deixou de ser burguesa para passar a ser insensível, as testemunhas foram arroladas pelos jornalistas das televisões que deram do pai uma imagem mais negra do que a do latifundiário Columbano.
Tal como no caso de Castro Verde também no da Esmeralda houve um herói preso por leis que o tribunal popular declarou injustas, o tractorista Diogo imbuído dos melhores valores do proletariado em luta deu lugar ao sargento cheio de amor para dar a uma “filha” que lhe saiu em sortes.
Não sei por onde para o José Diogo da mesma forma que não sei qual será o futuro da Esmeralda, só sei que muitos dos advogados, juízes, jurados, testemunhas e demais intervenientes deste julgamento já “estão noutra”, da mesma forma que o estão muitos dos que julgaram José Diogo em Castro Verde. Terminado o Natal a Esmeralda vai para o pai e o sargento terá que se submeter às leis da República se pretender adoptar uma criança a que poderá dar o amor que tem para dar.
Para a história fica uma tentativa de julgamento popular, só que desta vez os intervenientes não se assemelham do histórico julgamento de José Diogo, o trabalhador agrícola que matou o lavrador Columbano Líbano Monteiro, de Castro Verde. José Diogo tornou-se num herói da UDP que defendia que o trabalhador não podia ser julgado pela “justiça burguesa e capitalista”. Organizado o tribunal popular o José Diogo foi ilibado e o latifundiário Columbano foi condenado a título póstumo.
Também no caso da esmeralda houve um julgamento popular, mas desta vez com gente fina e versada em muitas ciência, os revolucionários da UDP (hoje no BE ou a enriquecer por outras paragens) deram lugar às primeiras-damas, a “Voz do Povo, órgão oficial da UDP cedeu o lugar à SIC e à TVI, a justiça deixou de ser burguesa para passar a ser insensível, as testemunhas foram arroladas pelos jornalistas das televisões que deram do pai uma imagem mais negra do que a do latifundiário Columbano.
Tal como no caso de Castro Verde também no da Esmeralda houve um herói preso por leis que o tribunal popular declarou injustas, o tractorista Diogo imbuído dos melhores valores do proletariado em luta deu lugar ao sargento cheio de amor para dar a uma “filha” que lhe saiu em sortes.
Não sei por onde para o José Diogo da mesma forma que não sei qual será o futuro da Esmeralda, só sei que muitos dos advogados, juízes, jurados, testemunhas e demais intervenientes deste julgamento já “estão noutra”, da mesma forma que o estão muitos dos que julgaram José Diogo em Castro Verde. Terminado o Natal a Esmeralda vai para o pai e o sargento terá que se submeter às leis da República se pretender adoptar uma criança a que poderá dar o amor que tem para dar.