E VÃO QUATRO ANOS
Não sei qual é a esperança de vida de um burro nem com quantos anos um blogue fica velho, mas confesso que uns dias sinto-me cansado e com vontade de fechar o palheiro e que noutros acho que vale o sacrifício de intervir.
Até quando não sei, para já vão quatro anos de Jumento, quatro anos quase ininterruptos, quatro anos que deu para conhecer de três primeiros-ministros, vários ministros das Finanças, acompanhar a queda de dois directores-gerais do palheiro fiscal. Quatro anos em que em que muito aconteceu neste país apesar de pouco o terem mudado.
Até quando?
FOTO JUMENTO
Óbidos
IMAGENS DO DIA
[John Javellana / Reuters]
«Durmiendo en paz. Un niño duerme en una hamaca en el cementerio de Makati, en Manila, durante el Día de Todos los Santos.» [20 Minutos]
As Filipinas são um dos países onde os defensores da vida têm tido mais êxito, ao ponto de a sua capital ter sido declarada livre de contraceptivos. Não admira que os cemitérios sejam dos locais mais povoados da cidade e já nem a limpeza que habitualmente é feita por ocasião do Dia de Todos os Santos disfarça esta realidade. Nesta imagem uma criança representa a vida num local de morte, uma imagem que deve deixar muito orgulhosos alguns dos nossos "bons cristãos".
[Johannes Simon/Getty Images]
«MUNICH, GERMANY - Kristina Dimitrova poses after winning the "Show Me Your Sloggi" Bottom World Championship at Reithalle on October 31, 2007 in Munich, Germany.» [Tiscali]
Enquanto o mundo cristão celebra de uma ou de outra forma os seus mortos na Alemanha resolveu-se uma das grandes dúvidas deste mundo, saber quis eram os melhores traseiros. No capítulo feminino a escolha foi para o dito cujo de uma tal Kristina Dimitrova que só será famosa quando está de costas
[Rick Wilking / Reuters]
«Calabacitas tiernas. Participantes en la Carrera Anual de Calabazas desnudas en Boulder, Colorado, EE. UU., en la noche de Halloween.» [20 Minutos].
De costas para os mortos estão os americanos que se divertem com o Holloween, cerimónia que já vai sendo celebrada nas nossas escolas primárias. Na imagem vemos algumas americanas correndo sem cobrir as partes ou, como alguns dos nossos "bons cristãos" preferem designar, as vergonhas.
O JOGGING DE SÓCRATES & ASSESSORES
Em Dendy Street, Brighton Beach - Victoria
JUMENTO DO DIA
A ministra da Educação recuou
Ao recuar na questão das faltas no Estatuto do Aluno a ministra da Educação apenas mostrou que apresenta propostas sem consistência, que não resistem a dois dias de reacção da opinião pública. Se recuar não fica mal a nenhum político o facto de o fazer numa questão que deveria ter sido meditada faz-nos recear que num tema tão sério como o ensino hajam medidas desenhadas em cima do joelho.
CINCO PÁGINAS DO PÚBLICO EM FAVOR DE ALCOCHETE
Não sei se o Público já dedicou tantas páginas à Opção Ota ou se os seus jornalistas já leram os estudos relativos a esta opção, mas o facto de o jornal dedicar cinco páginas ao estudo da CIP faz-me pensar se estaremos perante jornalismo ou que o jornal está a trabalhar para o patrão Belmiro.
DEIXEM OS PROFESSORES EM PAZ
«Não conheço muitos professores do ensino básico e secundário, mas o contacto que, ao longo dos anos, venho mantendo com alguns e o facto de ter netos a frequentar a escolaridade obrigatória permite-me ter uma ideia mínima do que se passa nas escolas. Aliás, se não me posso pronunciar com mais profundidade sobre estes graus de ensino não é responsabilidade minha, mas das leis que o Ministério da Educação promulga.
Há quatro ou cinco anos, ofereci-me para, durante um ano lectivo, leccionar História em qualquer grau de ensino não superior, coisa que um jurista do ministério me explicou ser impossível, por ter "habilitações a mais". O meu plano era analisar o ambiente de uma escola da periferia de Lisboa com o objectivo de, no final do ano, escrever um livro. Pelos vistos, faltava-me percorrer o calvário a que estes docentes são sujeitos.
É fácil deitar a culpa dos males do ensino para cima dos professores. No sossego do lar, eu própria já o fiz, mas as coisas chegaram a um ponto que o ataque a esta classe, especialmente se vindo do ministério, é indecoroso. Para se ser bom docente, são precisas três coisas: uma sólida preparação de base, prestígio junto da comunidade e autonomia de acção. A isto pode juntar-se a paixão pelo que se lecciona, um ideal que nem todos podem atingir. Ora que vemos? O Estado prepara mal os docentes (obrigando-os a frequentar cursos mal estruturados e estágios baseados em cursos recheados de jargão inútil), mina o seu status profissional e pretende regulamentar tudo o que se passa na sala de aula. Não estou a falar do curricula, que, esse sim, compete ao poder central elaborar, mas das centenas de despachos normativos, regulamentos e grelhas que atulham as caixas de correio das escolas. Depois de lhes ter dado uma educação deficiente, de ter transformado a sua carreira num pesadelo, de lhes ter retirado a possibilidade de inovar, o Estado dá-se ao luxo de os olhar com desconfiança.
Estou consciente de que, como em todas as profissões, há ovelhas ranhosas dentro da classe. Mas este problema só pode ser resolvido por uma direcção escolar composta de forma diferente e por um sistema de ensino mais flexível do que aquele que existe. Para mal dos nossos pecados, nenhum governo teve coragem para alterar o esquema de organização das escolas, muito menos para deitar abaixo o bloco monolítico que para aí anda a cambalear. Um director empenhado fará sempre a diferença. Tendo começado bem, a actual ministra derrapou e o primeiro-ministro lembrou-se de usar o velho truque de tentar isolar o sindicato das suas bases. Jamais defendi actuar este de forma imaculada - considero até que a maior parte das suas ideias é errada -, mas a degradação do ensino não é fundamentalmente culpa sua, uma vez que o sindicato só interfere porque o poder o deixa. Finalmente, a aparição, no dia 8 de Outubro, de polícias à civil na sede do sindicato na Covilhã, de onde levaram documentos relativos a uma anunciada manifestação contra o engenheiro Sócrates é inadmissível. Só um país apático aceita as conclusões idiotas que, após um chamado "inquérito", o Governo tornou públicas.
Deixo de lado as paranóias do primeiro-ministro para me centrar no tema deste artigo. Para além de terem de leccionar programas imbecis, de passarem a vida a girar de uma escola para outra, de serem sujeitos a avaliações surrealistas, os professores são obrigados a aturar alunos malcriados. Há tempos, um professor contou-me ter sido agredido por um aluno de 17 anos, tendo-me em seguida explicado que decidira não responder à letra ao matulão, porque isso implicaria um processo disciplinar contra ele, docente, e não contra o aluno. Mas não é apenas a violência, mas a apatia que mina a escola. Recordam-se daquela reportagem da RTP1, em que se via uma turma onde, farta de ouvir a lição, uma miúda se punha a varrer o chão? É com isto que, dia após dia, após dia, muitos docentes se defrontam.
Há 30 anos, quando os meus filhos entraram para o ciclo preparatório (actuais 5.º e 6.º anos), numa escola pública (a Manuel da Maia), ao lado do Casal Ventoso, quase todos os alunos pertenciam à burguesia. O ambiente que ali se respirava reflectia a cultura que as crianças traziam de casa: mesmo quando não livresco, o ethos era hierárquico. Com a evolução da sociedade portuguesa - e não o devemos lamentar - tudo isto mudou. Muitos dos alunos provêm agora de meios sócio-económicos baixos e são fruto de gerações de analfabetos. É com crianças educadas à base de telenovelas e de "saberes" aprendidos na rua que os professores têm de lidar. Como se isto não bastasse, a escola é forçada a desempenhar funções que, em princípio, lhe não competiria, tais como cuidar de miúdas que engravidam aos 13 anos e de rapazes que consomem drogas.
Não quero pensar no que é a vida de uma jovem, com filhos pequenos, que diariamente tem de fazer quilómetros, a fim de chegar ao estabelecimento escolar para o qual foi "destacada" - só o termo me horroriza! -, onde é obrigada a enfrentar crianças para quem o ensino é uma maçada. Em geral, sou pouco condescendente com as "baixas" justificadas por atestados que confirmam doenças psíquicas, mas, no caso dos professores, tenho de abrir uma excepção. Só no último mês, deparei-me com duas professoras que se tinham ido abaixo. Nenhuma ensinava, repare-se, em zonas socialmente turbulentas: uma leccionava numa aldeia perto de Viseu, a outra em Évora. O que as afectara fora a ausência de independência dentro da sala de aula: ambas se sentiam marionetes numa peça que não tinham escrito. Sem programas bem feitos, sem manuais decentes, sem incentivos para se actualizarem, a vida dos professores transformou-se num inferno.» [Público assinantes]
Parecer:
Maria Filomena Mónica escreve em defesa dos professores.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
FÉ E MILAGRES
«No início da Guerra do Iraque havia uma piada assim: em vez reconstruir o país, Bush vai dar trezentos dólares a cada iraquiano e deixar o mercado fazer o resto.
A proposta do cheque-ensino não deixa de ter uma lógica semelhante. Vamos dar o dinheiro gasto por cada aluno aos seus pais e esperar que os privados façam milagres com os alunos que não costumam aceitar, nos meios desfavorecidos e nas regiões com baixos índices culturais.
É mesmo disto que precisamos: como temos tido poucas reformas, vamos fazer uma revolução. Tudo o que for necessário para acomodar o novo capricho da nossa direita.
Nos EUA, terra onde nasceu a ideia, não há grandes consensos sobre o cheque-ensino. A nada progressista Rand Corporation sustenta que as evidências empíricas não confirmam a bondade da proposta. No Economic Policy Institute diz-se mais: "No geral, os alunos que beneficiam do voucher não têm um desempenho melhor do que os outros alunos."
E isso é na melhor das hipóteses. A outra será as escolas de elite acumularem os alunos de famílias ricas com os melhores alunos das famílias desfavorecidas, deixando as escolas comuns, públicas ou privadas, com os alunos mais fracos das famílias pobres e turmas homogeneamente más. Além de já subsidiar generosamente o ensino privado, o Estado passaria a financiá-lo para ficar com os melhores alunos que estavam no sistema público. E esta é a reviravolta que a nossa direita exige por causa de uma diferença de 0,75 pontos entre o sistema público e o privado, menor do que a diferença entre interior e litoral ou entre escolas grandes e pequenas.
Pela mesma lógica, por que não dizer que o ensino no interior é um falhanço e que em vez de melhorá-lo deveríamos dar um cheque-ensino para toda a gente poder pôr os filhos numa escola do litoral?
Eis chegado o momento de comentar a resposta de Helena Matos ao meu texto (também conhecido como o momento em que sou forçado a constatar que Helena Matos não responde ao que eu escrevi para se dedicar a responder ao que eu não escrevi). Foi Helena Matos quem afirmou que "ministros, assessores, artistas" fizeram "a fortuna recente das escolas de maristas, jesuítas e da Opus Dei". Mas à minha resposta de que, nesse caso, é justo que paguem essa distinção do próprio bolso, Helena Matos treplica invocando a revista Caras, a Lux e uma tal de "sociologia cor-de-rosa" - o que é tão extravagante quanto curioso, uma vez que eu me limitei a admitir a sua análise. Ao mesmo tempo, Helena Matos simplesmente oblitera o facto de que para os portugueses mais jovens o ensino público foi um grande instrumento de formação e realização pessoal - bem mais eficaz do que o frustrante mercado de trabalho do nosso país. Tudo o que contraria a retórica do falhanço não existe, porque não pode existir.
Helena Matos pergunta-me como "se explicará que, uma vez na faculdade, as mesmas famílias optem sempre que possível pelo ensino público"; talvez não se tenha dado conta de que esse é um bom argumento contra a sua posição. Em primeiro lugar, porque quebra a correlação ideológica entre ensino privado e qualidade. E sobretudo porque no ensino superior as posições relativas se inverteram: principalmente nos cursos mais procurados, é agora a universidade pública que se permite só aceitar os melhores alunos ao passo que a privada aceita os que possam pagar. Mas isso só sucede porque - diferença fundamental - o ensino superior não é obrigatório.
O que os dados nos dizem não é que o ensino público falhou. O que os dados nos dizem é que o ensino público foi útil e necessário, mas que esteve longe de ser perfeito. À cabeça, eu diria que é preciso preparar melhor a transição para o estudo universitário, dar mais liberdade curricular às escolas, distribuir os alunos pelo currículo desejado e não pela residência e, finalmente, renovar o corpo docente facilitando a saída de professores sem talento, sem vocação ou simplesmente desmotivados. Mas isto quer dizer que o ensino público precisa de ser corrigido, melhorado e apoiado - com exigência mas sem interrupções nas próximas décadas - e não trocado pelo último fetiche ideológico da moda.» [Público assinantes]
Parecer:
Rui Tavares "arruma" com o cheque-ensino proposto por Marcelo Rebelo de Sousa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PEDRO NAMORA PORTA-VOZ DE MARIA JOSÉ MORGADO?
«Maria José Morgado promete dar luta à pedofilia em Portugal e, depois de ser o rosto do combate à corrupção e crimes económicos, a coordenadora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) pediu ontem a Pedro Namora pormenores sobre o seu conhecimento do fenómeno. Uma hora depois, o ex-casapiano saiu com a garantia de que a luta “será forte aos bandidos que destroem crianças”.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Parece que Pedro Namora deixou de exigir o exclusivo de João Guerra e já é porta-voz de Maria José Morgado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Juntou-se a fome à vontade de comer.»
PORTUGUESES SEM DINHEIRO
«Os portugueses estão pessimistas. Não conseguem poupar e as suas expectativas de proceder a grandes compras no prazo de um ano atingiu o valor mais baixo de sempre, de acordo com um inquérito ontem divulgado pela Comissão Europeia. Assim, para os próximos 12 meses podem mesmo adiar decisões de compras de carros e mobílias e o mesmo deverá acontecer com a construção ou realização de obras em casa.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Estes estudos começam a ser deprimentes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Esqueçam-se os estudos.»
PSD APROVA RATIFICAÇÃO DO TRATADO NO PARLAMENTO
«Luís Filipe Menezes obteve anteontem a sua primeira vitória interna após o congresso de Torres Vedras ao ver aprovada por maioria, na reunião do conselho nacional (CN) do PSD, a proposta da direcção do partido de ratificar pela via parlamentar e não por referendo o tratado europeu. » [Público assinantes]
Parecer:
Desta vez errei, cheguei a pensar e disso dei conta que estaríamos perante uma manobra de Menezes para, recorrendo à oposição interna, mudar de posição sobre esta questão.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Peça-se desculpa a Menezes.»
PS RECUOU NO ESTATUTO DO ALUNO
«O PS decidiu reabrir ontem a discussão em torno de um dos pontos mais polémicos do novo Estatuto do Aluno do Ensino Básico e Secundário, propondo "medidas correctivas" para os alunos que faltam, que podem passar pela retenção (na escolaridade obrigatória) e exclusão da frequência de disciplinas (para os casos do ensino secundário).
Com o argumento de que estava a haver uma cortina de fumo para confundir a opinião pública, os socialistas, num inesperado volte-face, apresentaram, ontem, a meio da reunião da Comissão Parlamentar de Educação, a proposta de alteração à redacção do polémico artigo 22º, que estabelecia a realização de uma prova de recuperação para os alunos que excedessem o limite de faltas, independentemente de serem justificadas ou não. Sem quaisquer outras consequências. » [Público assinantes]
Parecer:
Parece que as últimas sondagens fizeram bem a um PS que estava a abusar da arrogância.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra da Educação se escreveu o estatuto em cima do joelho direito ou do esquerdo.»
CONSTÂNCIO ANDA A GOZAR CONNOSCO
«"Não há nenhuma operação de voyeurismo ou demagogia que me iniba de cumprir as minhas obrigações". O aviso que o governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio, deixou ontem no Parlamento revela que vê, nas notícias sobre os empréstimos a administradores da instituição que dirige, alguma relação com as investigações pendentes. Como a que incide sobre o empréstimo e perdão da dívida do BCP ao filho de Jardim Gonçalves. "As averiguações seguirão o seu curso normal, sem qualquer inibição", frisou.» [Público assinantes]
Parecer:
Para o presidente do Banco de Portugal conhecer os pequenos podres da instituição é voyeurismo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o distinto e bem remunerado governador da agência local do BCE que aquilo que designa por voyeurismo é um exercício saudável em democracia por mais que isso o deixe incomodado. Parece que pensa que as regras que ele próprio define se sobrepõem à democracia.»
O GRITO DO TARZAN NÃO PODE SER PATENTEADO
«O grito que marca a identidade do personagem Tarzan há décadas poderá ser utilizado sem restrições por qualquer pessoa ou empresa em toda a União Européia.
Depois de uma batalha judicial que se arrastou por dez anos, o Escritório para Harmonização do Mercado Interno (OAMI, na sigla em inglês), responsável pelo controle de patentes no bloco, decidiu que o som símbolo do rei das selvas não cumpre os requisitos para ser uma marca registrada, como solicitavam os herdeiros do americano Edgar Rice Burroughs, criador do personagem.» [BBC Brasil]
CRIADO O GUIA PRÁTICO PARA SALVAR OS BURROS
«Los criadores del burro zamorano-leonés y del burro mirandés, dos razas autóctonas de España y Portugal, respectivamente, se han unido para elaborar un manual conjunto de buenas prácticas y consejos sobre el manejo y el cuidado que requieren los ejemplares de estas razas, en peligro de extinción.
Los nuevos usos que se dan al asno en turismo rural, terapias de rehabilitación cognitiva o incluso como animal de compañía han hecho que aparezcan nuevos propietarios, que no siempre crían a los burros de la forma más adecuada, según aseguran las asociaciones de criadores del asno zamorano-leonés y del asno mirandés. Por este motivo, dos expertos españoles y dos portugueses han elaborado un manual conjunto sobre el manejo correcto de estas dos razas.» [20 Minutos]
MORREU O PILOTO QUE LANÇOU A BOMBA SOBRE HIROSHIMA
«Paul Warfield Tibbets, el piloto de avión nortemericano que la lanzó la bomba atómica sobre Hiroshima el 6 de agosto de 1945 en la Segunda Guerra Mundial, ha muerto a la edad de 92 años en su casa de Ohio, en los Estados Unidos.
La bomba, en aquel momento bautizada como Little Boy ("Niño Pequeño"), fue lanzada por el teniente coronel Tibbets a unos 9.450 metros de altura en el bombardeo estadounidense B-29, denominado Enola Gay, como se llamaba su madre.» [20 Minutos]
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NO PARLAMENTO ESPANHOL
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