Depois de meses a pensar nas causas da sua desgraça a direita portuguesa já deixou de discutir a refundação, no PSD já nem se fala de programa, Portas no CDS e Menezes no PSD encontraram o rumo para a direita, o primeiro faz petições electrónicas e o segundo promove concurso de professores e promete transformar as suas sedes em lojas do eleitor.
A Portas já só falta encontrar uma forma de ser notícia com um chat, ainda que não tenha eito outra coisa desde que entrou na política senão “chatear”. Depois de imitar o professor Marcelo ao lançar vídeos no Youtube em que parece estar mais preocupado em concorrer com a imagem da Manuela Moura Guedes do que com os portugueses, Paulo Portas foi a um bar de Carcavelos e fez notícia ao lançar uma petição electrónica com a qual espera que as assinaturas dos seus militantes tenham mais peso do que tiveram na escolha dos deputados.
Bem aconselhado por um homem da comunicação que está convencido de que se a Nestlé lhe pagasse até conseguiria eleger um Danoninho para Presidente da República, Luís Filipe Menezes descobriu que o problema do PSD não era a qualidade do produto mas as deficiências da sua rede de distribuição. Quer transformar as suas sedes em lojas do eleitor e gerir o partido à semelhança de uma cotada do PSI20. A partir de agora os militantes do PSD que precisem de uma cunha já não precisam de convidar o presidente da concelhia para almoçar, vão ao balcão do PSD mais próximo, preenchem a ficha com o que desejam e ficam tranquilos porque a resposta ser-lhes-á enviada por mail.
A direita deixou de ter projectos e opta por pela institucionalização do disparate.
