domingo, novembro 25, 2007

Semanada

Do saneamento na RTP ao saneamento das Estradas de Portugal

Almerindo Marques parece ser um gestor especializado em saneamentos, começou por tentar sanear um dos melhores jornalistas portugueses que o incomodou na RTP e acabou por ser convidado para sanear as contas das Estradas de Portugal. É o primado dos gestores, homens especializados em sanear, num dia estão à frente de uma estação pública de televisão e no dia seguinte já estão a pensar na forma de libertar o Estado do pouco que lhe resta.

Alguém falou do Orçamento de Estado

A forma como o PSD abordou a discussão do Orçamento de Estado diz tudo sobre a forma de fazer política da dupla Santana-Menezes, foram para o primeiro debate como varinas a discutir o preço do Cherne e como se deram mal o Santana nem esperou pelo fim para ir beber uns shots, adiou a discussão para batalhas futuras,algures para os lados de Waterloo, na Bélgica. Enquanto o governo aprovava tranquilamente o orçamento sem ficarmos a saber nada dele já Menezes estava mais preocupado com a sua reorganização do partido que vai ser um misto de Millennium ao nível da direcção e de 5 a Sec nas bases

Durão já está a tratar da sua vida

Por falar de Cherne e da Bélgica ficamos a saber que o Zé das Frites já está a tratar da sua recondução em Bruxelas, por agora está na fase da lavagem e do desodorizante e veio a Lisboa dizer que foi enganado quando às armas iraquianas e por isso aprovou a destruição do Iraque pelo seu amigo Bush. Sem saber qual será a evolução política de alguns países europeus e com Bush a cair em desgraça está na hora de os oportunistas procurarem outros apoios.

Os magistrados não querem ser funcionários públicos

Os magistrados têm toda a razão em não querem ser funcionários públicos, um grupo de profissionais que começam a parecer a casta dos intocáveis, cada vez mais mal pagos, desprezados e vilipendiados pelos governantes, com cada vez menos direitos e de serviço para todas as culpas. O ideal para os magistrados seria serem administradores de bancos até mesmo do Banco de Portugal, aí sim que estão as mordomias e a fartura.

Mas podiam deixar o país descansado porque se não foram os magistrados de outros tempos, os que não se incomodavam que os presos políticos fossem agredidos em pleno julgamento, também não serão estes que nos vão salvar a democracia se esta estiver em causa. Confundir a defesa da democracia com a defesa de um estatuto privilegiado é algo que não se aceita, muito menos a um Procurador-Geral.