FOTO JUMENTO
Mosteiro de Alcobaça
IMAGEM DO DIA
[Jim Young / Reuters]
«Abanderado. El presidente de EE. UU., George W. Bush, durante una ceremonia en honor de los soldados muertos en guerra en Waco, Texas, EE. UU.» [20 Minutos]
JUMENTO DO DIA
O Senhor dos Pactos
Para quem era contra pactos Menezes está a ser uma surpresa, anda a propor um pacto semanal, primeiro foi o pacto das comissões das obras públicas e agora mais um para concertação social. O que o líder do PSD inventa para ser notícia...
O "ESTUDO" DA CIP
O estudo da CIP sobre a localização do novo aeroporto suscita algumas questões que deveriam ter sido analisadas antes de o Presidente da República ou do Governo terem manifestado abertura para o ler ou considerar. É evidente que a CIP, como qualquer outra entidade pode mandar fazer os estudos que quiser e encomendá-los a quem entender. Mas estando em causa uma obra pública que será paga por fundos públicos o mínimo que se pode exigir dos promotores ou dos responsáveis por um estudo é independência.
Pensar que um estudo desta natureza leva a uma escolha inequívoca é uma falsidade, sendo óbvio que o estudo da CIP nada tem de independente, é promovido por entidades que fazem parte do negócio e encomendado a defensores de uma solução. O que a CIP está fazendo não é estudar a melhor solução, é tentar convencer o país e forçar o Governo a optar pela sua proposta.
É tão legítimo ser a CIP a promover um estudo como qualquer outra entidade, desde uma associação de moradores a um sindicato, só que a CIP tem dinheiro e os seus associados têm muito a ganhar ou a perder com as decisões públicas. Se a CIP estava desinteressadamente empenhada em ajudar o país então que nomeasse uma entidade competente que.
Não basta a CIP dizer que contratou gente competente e honesta do que eu não duvido, da mesma forma que também não duvido de que há gente tão honesta e competente como os que colaboram com a CIP que chegariam a conclusões técnicas opostas.
Com mais ou com menos estudos qualquer decisão sobre o aeroporto será política, será uma decisão assumida por quem foi eleito e que responde perante os portugueses por isso. Há uma grande diferença entre decidir e responder perante os eleitores e decidir e responder perante as empresas de uma associação que desejam que essa associação lute pelos seus interesses. Há uma grande distância entre os interesses dos associados da CIP e os interesses do país.
Um estudo desta natureza só é sério se estiverem à partida garantidas as condições de independência de quem o faz, o que não sucede num estudo encomendado por uma parte interessada no negócio.
UMA CAPITAL SALOIA
O triste espectáculo de um enorme assador de castanhas alimentado com uma fogueira na mais importante praça da capital é um espectáculo pouco digno de uma capital europeia, que denuncia uma visão saloia da cidade por parte de António Costa. É evidente que assim se ganham votos de forma barata e sem ter qualquer política para a cidade para além da regularização das contas da autarquia.
De pouco serve fazer uma campanha para limpar uma cidade encardida quando no dia anterior se promove uma festa encardida, levando centenas de Lisboa a comer a beber numa praça onde não há nenhum WC por perto. Bastaria o presidente da câmara ir ver o estado em que está a base da estátua de D. José para que António Costa ficasse a perceber onde foi parar uma parte da água-pé distribuída.
Imaginem o maire de Paris a oferecer sardinhas assadas em frente do Museu do Louvre com os franceses a urinar na zona menos exposta da pirâmide. Foi mais ou menos isto que António Costa promoveu no Terreiro do Paço.
Imagino que por estas horas o presidente da Câmara Municipal de Lisboa já esteja a organizar um grande campeonato de matraquilhos no Rossio ou a promover a produção da maior sardinhada no Terreiro do Paço para entrar no Guiness.
O NOVO AEROPORTO E OS NOVOS APRENDIZES DA CONTRA-INFORMAÇÃO
«Na sexta-feira, a meio da tarde, foi recebida no PÚBLICO a seguinte informação: o ministro Mário Lino vai tentar destruir o estudo relativo ao novo aeroporto de Lisboa através da descredibilização da rede de acessibilidades. A informação era imprecisa e requeria confirmação. Os esforços desenvolvidos até ao início da noite não permitiram confirmar a pista inicial, que não era a verdadeira.
Pouco depois chegava ao jornal o seu colaborador especializado em infra-estruturas ferroviárias. Vinha da Rave, a empresa pública criada para estudar a rede ferroviária de alta velocidade, e trazia a análise que esta havia feito aos estudos apresentados pela CIP. O tema era notícia mas a informação tinha embargo até ontem, domingo. A empresa pública, que reporta a Mário Lino, tinha, sem apresentar nenhum estudo formal, acordado divulgar a sua avaliação em três fases: no sábado sairia uma notícia no Expresso sobre os custos das infra-estruturas propostas, o que se confirmou; domingo o PÚBLICO divulgaria uma segunda notícia, esta centrada na alegada inviabilidade da proposta desenhada pela equipa do professor José Manuel Viegas; para hoje, segunda-feira, ainda sobraria algo para o Correio da Manhã.
O PÚBLICO, que entende que todas as posições devem ser divulgadas, agendou para domingo a divulgação da "posição" da Rave. Dar toda a informação é o nosso dever para com todos os leitores. Avaliá-la criticamente também.
Mas se esta é a regra, porquê recordá-la? Porque aquilo a que assistimos, e que nos foi apresentado sem pudor, representa um esforço de condicionamento da opinião pública por parte da Rave que, ao contrário da CIP, não actuou de forma transparente nem forneceu ao nosso colaborador os estudos que diz ter realizado. Tratou sim de gerar uma sucessão de notícias, difíceis de escrutinar, cirurgicamente dirigidas, numa acção que os políticos costumam definir por spin, eufemismo de manipulação. Só que neste caso o spin foi particularmente desastrado e desajeitado, como veremos.
Ao longo desta discussão sobre a localização de um novo aeroporto em Lisboa, temos tido, de um lado, académicos e empresários (todos identificados, apesar das suspeições levantadas) que defendem uma solução razoável, e, do outro lado, um governo que, para além de nunca ter disponibilizado toda a informação (ainda faltam estudos no site onde o Governo diz que os disponibilizou todos), sempre fez jogo duplo.
Senão reparemos: o primeiro-ministro disse que entregaria ao LNEC os estudos da CIP para este os avaliar e que isso seria feito até ao final do ano. Só que entretanto o ministro Lino, com a sua habitual arrogância, resolveu torpedear o processo pedindo a um organismo dele dependente, a Rave, para fazer uns estudos ad hoc e entregá-los aos jornalistas. Perdão: mostrá-los, sem os entregar, pois fornecer documentos é coisa que este Governo não aprecia, pois isso torna mais fácil encontrar as suas inconsistências.
Estas são, contudo, bem evidentes no trabalho que ontem editámos. De acordo com a Rave, a solução proposta para o TGV fá-lo-ia perder 1,5 milhões de passageiros. Diz que isso corresponderia a uma diminuição da procura de 15 por cento. Só que a projecção de procura feita pela Rave não é de 10 milhões de viagens/ano, mas de 12,2 milhões, logo a potencial quebra seria de 12 por cento. Se mesmo estas contas simples estão erradas, que credibilidade tem a projecção?
Pior: a Rave também não parece saber olhar para os mapas. No projecto que apresentou de travessia do Tejo, esta tem, medida sobre o mapa, 7,8 quilómetros, mas no desenho mostrado pela Rave até surge com mais de 8,0 quilómetros. Como a proposta da CIP era de uma travessia de apenas 5,6 quilómetros, a ponte da Rave "encolheu" para 7,2 quilómetros de forma a ser menor do que a soma da nova travessia do Tejo e de uma outra ponte de ligação entre o Montijo e o Barreiro, de 1,8 quilómetros. Para além de falsificar os seus próprios elementos (e estou a citar o desenho incluído na apresentação feita pelo presidente da Rave a 13 de Dezembro de 2005), a Rave mistifica, pois contabiliza ao mesmo preço a travessia do Tejo numa ponte com duas linhas de alta velocidade e duas linhas suburbanas com o preço da ponte Montijo-Barreiro, que terá apenas duas linhas suburbanas.
A desonestidade da argumentação da Rave vai ao ponto de invocar a contabilização dos terrenos para o nó da alta velocidade em Alcochete, mas coloca-os dentro do campo de tiro, onde tais terrenos já pertencem ao Estado. E fala dos impactos ambientais da outra ponte, quando a Chelas-Barreiro teria de lançar pilares nos lodos mais poluídos do estuário do Tejo.
Em suma: Mário Lino violou as regras do jogo ao intrometer um serviço que lhe é subordinado no que o primeiro-ministro disse ser trabalho do LNEC; escolheu um serviço cuja falta de qualidade é notória (basta recordar que para viabilizar a ligação Lisboa-Madrid em TGV "calculou" uma procura idêntica à existente na ligação Paris-Bruxelas, o que é irreal mesmo para o mais iletrado dos leigos); tratou de colocar as notícias de forma cirúrgica e sem fornecer documentos que permitissem o contraditório; e, por fim, vai assistir à Rave a afundar-se na sua argumentação "colada com cuspe" e feita por encomenda. O homem que disse que a Margem Sul era um deserto é mesmo um elefante numa loja de porcelanas...» [Público assinantes]
Parecer:
Um editorial do Público que Mário Lino não deve ter gostado de ler.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
YOUTUBE DECUPLICA CAPACIDADE E Á ACEITA VÍDEOS COM UM GIGA
«Los usuarios de YouTube que tengan vídeos en alta calidad están de enhorabuena. El sitio de Google ofrece desde la semana pasada la posibilidad de subir al portal vídeos de hasta un gigabyte de tamaño, multiplicando por más de diez el tope anterior de 100 megas.
El nuevo programa para subir archivos está sólo disponible para aquellos internautas que utilicen el sistema operativo de Microsoft, Windows. YouTube anuncia, no obstante, que están trabajando para ofrecer próximamente un programa para los usuarios de ordenadores de Apple. » [20 Minutos]
O (RE)CASAMENTO DE PINTO DA COSTA ALIVIOU TRIBUNAIS
«O processo mais complicado, referente ao divórcio litigioso, já tinha terminado. Pinto da Costa conseguira ficar com a maioria dos bens, mas Filomena ficara com a casa, avaliada em mais de meio milhão de euros. Também a filha Joana ficara sob a custódia da mãe, embora Pinto da Costa fosse obrigado a pagar uma elevada prestação mensal para o seu sustento. Filomena acusara-o depois de faltar a essas obrigações e Pinto da Costa foi obrigado a dar uma conferência de imprensa para o desmentir, mostrando as cópias das transferências regulares de dinheiro.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Pinto da Costa quase merecia que fosse o ministério da Justiça lhe pagasse a boda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Pinto da Costa que agora se divorcie e se case com Carolina Salgado.»
ATÉ QUE ENFIM
«A 22 de Novembro de 2005, no decorrer de um debate no parlamento regional, Drumond exigiu que a população fosse auscultada no sentido de dizer "sim ou não" à Madeira independente, pedindo a todos os deputados, independentemente das cores partidárias, para "darem as mãos e lutarem para que a Madeira se liberte do poder colonial". "Queremos a descolonização! Não uma descolonização exemplar mas verdadeira em que se consulte o povo madeirense através de um referendo." Desta feita, a futura revisão constitucional para Drumond é timing decisivo para pedir a independência do arquipélago se as reivindicações não se concretizarem. Drumond está convencido que a sua causa ganhará seguidores se, para tal, "for explicado ao povo madeirense que este roubo feito (aos madeirenses) por Lisboa (leia-se transferências financeiras) é uma questão de ódio por parte dos governos da República que não gostam do povo da Madeira", disse.» [Diário de Notícias]
Parecer:
á era tempo de alguém do PSD madeirense ser dizer o que muitos pensam.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se comentário a Luís Filipe Menezes.»
MENEZES PROPÕE MAIS UM PACTO
«O líder social-democrata defendeu, ontem, um pacto entre os parceiros sociais e o Governo com vista à concertação dos salários da Administração Pública, para um período de uma legislatura e meia. A proposta foi feita por Luís Filipe Menezes, no encerramento do congresso dos Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD), que decorreu em Lisboa.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Nada mau para quem era contra pactos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes quantos pactos tem para propor.»
ANTÓNIO COSTA QUER DESENCARDIR LISBOA
«António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), apresentou esta segunda-feira a «Operação Natal» da capital. No Teatro Municipal D. Maria II foram apresentados dois planos de higiene urbana e um de tráfego. «Passeios desencardidos, ruas junto a zonas comerciais limpas, lombas, controlo de velocidade a 50 km/h, passadeiras novas e mais tempo para os peões atravessaram as avenidas» foram algumas das ideias anunciadas pelo autarca. » [Portugal Diário]
Parecer:
Pode começar pelos WC informais que os domingos sem trânsito promoveram no Terreiro do Paço.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se António Costa quando foi a última vez que andou em Lisboa sem assessores a bajulá-lo e a mostrar-lhe apenas o que interessa ver.»
O PRESIDENTE DA CIP COMEÇA A EXAGERAR
«O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) acusou hoje o ministro das Obras Públicas de ter accionado uma "campanha desesperada" para destruir o estudo que aponta Alcochete como melhor opção para o novo aeroporto.» [Público]
Parecer:
Alguém devia lembrar van Zeller que a CIP não tem legitimidade para tomar decisões políticas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a van Zeller se não está a confundir a presidência da CIP com a do conselho de ministros.»
STI: RECADO PARA DIA 19
Descobri o "Photo-a-trois" da pior das formas, através do Google enquanto procurava informação sobre Armando Rafael, o chefe de gabinete de António Costa falecido na passada sexta-feira. É um blogue onde tenciono regressar por melhor motivo, a qualidade das suas fotografias.
MAPA DAS LÍNGUAS EUROPEIAS [imagem]
VÍIDEO DA VIOLAÇÃO NO BIG BROTHER AFRICANO
PIOTR KRZACZKOWSKI
EUROSTAR
Advertising Agency: Leg, Paris, France
Art Director: Stephane Richard
POLTI
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Advertising Agency: Cayenne, Milan, Italy
Creative Directors: Giandomenico Puglisi, Stefano Tumiatti
Art Director: Matteo Airoldi
Copywriter: Federico Bonriposi
Photographer: Daniele Poli
3D Artist / Photo retouching: Thomas Lavezzari