Olho para as notícias da campanha eleitoral das autárquicas e quase penso que estão em causa eleições para a direcção de centros de dia, os candidatos desdobram-se em visitas a idosos, Santana Lopes dança com velhotas num mercado e Luís Fazenda acha que Lisboa tem muito idosos e são maltratados.
Os candidatos desdobram-se em gestos de simpatia para com os velhotes, sabem que é este o grupo etário que decide as eleições autárquicas. Se as crianças votassem teríamos a oportunidade de os ver nas escolas primárias, mas, infelizmente, as crianças não votam.
Os autarcas especializaram-se em velhotes, levam-nos a tratar dos olhos a Cuba, passeiam-nos de avião, levam-nos a Fátima, organizam-lhes passeios de fim-de-semana. Basta ir a um qualquer ponto e interesse turístico, seja o Parque das Nações ou Óbidos, e encontramos os autocarros cheios de idosos, por vezes até estão acompanhados por vereadores para que saibam quem lhes pagou a viagem.
Visite-se um centro de dia e uma escola de Lisboa e tirem-se as conclusões, o desequilíbrio é total, as autarquias apostam fundamentalmente em quem vota. Em Lisboa ainda há escolas primárias em prédios de apartamentos, sem espaço para recreio, sem um mínimo de condições.
Pergunte-se a uma criança quantos passeios e visitas de estudo e faça-se a mesma pergunta a um velhote da mesma localidade e tirem conclusões.
E depois queixam-se de que a população de cidades como Lisboa está a envelhecer, que os mais jovens as abandonam ou que os casais têm cada vez menos filhos. A aposta na juventude é simbólica, não passa de iniciativas de achada, o grande investimento é feito nos idosos, são estes que vão votar e têm um peso determinante para a escolha dos nossos autarcas.
Os candidatos desdobram-se em gestos de simpatia para com os velhotes, sabem que é este o grupo etário que decide as eleições autárquicas. Se as crianças votassem teríamos a oportunidade de os ver nas escolas primárias, mas, infelizmente, as crianças não votam.
Os autarcas especializaram-se em velhotes, levam-nos a tratar dos olhos a Cuba, passeiam-nos de avião, levam-nos a Fátima, organizam-lhes passeios de fim-de-semana. Basta ir a um qualquer ponto e interesse turístico, seja o Parque das Nações ou Óbidos, e encontramos os autocarros cheios de idosos, por vezes até estão acompanhados por vereadores para que saibam quem lhes pagou a viagem.
Visite-se um centro de dia e uma escola de Lisboa e tirem-se as conclusões, o desequilíbrio é total, as autarquias apostam fundamentalmente em quem vota. Em Lisboa ainda há escolas primárias em prédios de apartamentos, sem espaço para recreio, sem um mínimo de condições.
Pergunte-se a uma criança quantos passeios e visitas de estudo e faça-se a mesma pergunta a um velhote da mesma localidade e tirem conclusões.
E depois queixam-se de que a população de cidades como Lisboa está a envelhecer, que os mais jovens as abandonam ou que os casais têm cada vez menos filhos. A aposta na juventude é simbólica, não passa de iniciativas de achada, o grande investimento é feito nos idosos, são estes que vão votar e têm um peso determinante para a escolha dos nossos autarcas.