Esta abordagem do papel das autarquias é ouro sobre azul para o oportunismo autárquico o que, aliás, não é nada de novo, um autarca algarvio até ficou famoso por levar os velhinhos a Cuba para serem operados às cataratas, por coincidência o mesmo vereador que deu um rendimento mínimo a Santana Lopes sob a forma de avença.
Na minha freguesia essa já é uma prática, os ciganos juntam ao rendimento mínimo os vales de compras que devem ser usados na mercearia de um conhecido militante do PSD, o partido que gere a autarquia. Apoiados pelo discurso de Cavaco Silva e pelos apelos de ferreira Leite é de esperar eu as autarquias passa a esbanjar os recursos públicos a concorrer com a segurança social em medidas de fachada com o único objectivo de consolidar apoios sociais.
As autarquias gastam mal o dinheiro são uma importante fonte de corrupção e agora alguém lhes disse para se deixarem de obra e para gastarem o dinheiro em medidas populista.
Num país com as dificuldades do nosso este discurso que revela uma visão pacóvia do poder autárquico tem um efeito desastroso. As autarquias devem assumir o seu papel no desenvolvimento económico, devem eliminar a corrupção e a extorsão em torno das suas decisões, devem tentar atrair investimentos para os seus concelhos, devem criar condições para melhorar a qualificação dos trabalhadores, devem empenhar-se no desenvolvimento económico.
É assim que se combate a exclusão e não com a institucionalização da caridade, como parece defender Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite.