Apesar dos mais de trinta anos de democracia os portugueses ainda não se livraram da visão paternalista do Estado e do corporativismo herdado da ditadura. O Estado Novo e o Corporativismo incutiram nos portugueses que era ao Estado e aos políticos que cabia resolver os problemas, as corporações beneficiavam de um estatuto elevado em troca da subserviência ao regime e as empresas eram amparadas pelos Planos de Fomento.
Hoje continuamos a ver no Estado a solução de todos os problemas, as corporações continuam a avaliar a sua prestação pelo bem-estar que lhes é proporcionado, as empresas continuam a esperar do Estado as soluções que as dispensem de enfrentar a concorrência, os granes grupos económicos continuam a estruturar-se graças ao proteccionismo e favorecimento estatal. O mundo mudou, Portugal é um país em democracia, as premissas do desenvolvimento económico alterara-se, mas Portugal e os portugueses insistem em não evitar a realidade e usam o voto para impor aos políticos a manutenção de um modelo inviável.
Não admira que seja a extrema-esquerda e os políticos mais populistas os que melhor sobrevivem, se o líder de um grupo de extrema-esquerda optar pelo populismo, como é o caso de Francisco Louça, tem o sucesso quase garantido, se, ainda por cima, adoptar um discurso do tipo de homilia católica será mesmo um caso de sucesso. Que mais poderão querer os eleitores do que um político que sabe tudo, que se apresenta como purificado e sem pecados, que lhes promete resolver todos os problemas e que nada lhes exige em troca.
A verdade é que é a esquerda conservadora que defende o modelo político e económico a que Portugal se habitual com o Estado Novo e o corporativismo. Promete o pleno emprego com base em premissas económicas do templo dos planos de fomento (que mais não eram dos que os planos quinquenais dos países socialistas), assegura aos grupos corporativos as benesses para que fiquem tão calados quanto ficaram os magistrados durante a ditadura, garante que o país não sofrerá em consequência de crises externas.
A esquerda conservadora teve a arte de melhor explorar o conformismo dos portugueses, prometendo-lhes resolver todos os problemas sem que tenham de se sacrificar ou de fazer grandes sacrifícios. Muito daquilo que alguns definem como “políticas de esquerda” poderíamos encontrar nas políticas governamentais de antes do 25 de Abril.
Hoje continuamos a ver no Estado a solução de todos os problemas, as corporações continuam a avaliar a sua prestação pelo bem-estar que lhes é proporcionado, as empresas continuam a esperar do Estado as soluções que as dispensem de enfrentar a concorrência, os granes grupos económicos continuam a estruturar-se graças ao proteccionismo e favorecimento estatal. O mundo mudou, Portugal é um país em democracia, as premissas do desenvolvimento económico alterara-se, mas Portugal e os portugueses insistem em não evitar a realidade e usam o voto para impor aos políticos a manutenção de um modelo inviável.
Não admira que seja a extrema-esquerda e os políticos mais populistas os que melhor sobrevivem, se o líder de um grupo de extrema-esquerda optar pelo populismo, como é o caso de Francisco Louça, tem o sucesso quase garantido, se, ainda por cima, adoptar um discurso do tipo de homilia católica será mesmo um caso de sucesso. Que mais poderão querer os eleitores do que um político que sabe tudo, que se apresenta como purificado e sem pecados, que lhes promete resolver todos os problemas e que nada lhes exige em troca.
A verdade é que é a esquerda conservadora que defende o modelo político e económico a que Portugal se habitual com o Estado Novo e o corporativismo. Promete o pleno emprego com base em premissas económicas do templo dos planos de fomento (que mais não eram dos que os planos quinquenais dos países socialistas), assegura aos grupos corporativos as benesses para que fiquem tão calados quanto ficaram os magistrados durante a ditadura, garante que o país não sofrerá em consequência de crises externas.
A esquerda conservadora teve a arte de melhor explorar o conformismo dos portugueses, prometendo-lhes resolver todos os problemas sem que tenham de se sacrificar ou de fazer grandes sacrifícios. Muito daquilo que alguns definem como “políticas de esquerda” poderíamos encontrar nas políticas governamentais de antes do 25 de Abril.