quarta-feira, outubro 07, 2009

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Sintra

JUMENTO DO DIA

Cavaco Silva

Cavaco Silva sentiu necessidade de vir explicar a sua ausência nas comemorações do 5 de Outubro, argumentando que houve vários precedentes. Nesse ponto tem razão, mas o problema é que Cavaco não se limitou a estar ausente das comemorações oficiais, aproveitou a data para organizar comemorações paralelas no Palácio de Belém, numa tentativa de tratar da sua imagem.

AVES DE LISBOA

Chapim-real [Parus major]
Local: Quinta das Conchas

FLORES DE LISBOA

No Palácio do Monteiro-Mor

A POLÍTICA E AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

«Deixei Portugal num estado de grande perplexidade, como eu próprio fiquei, a seguir ao discurso (incompreensível) do Senhor Presidente da República. Iríamos entrar num conflito institucional insolúvel, à saída de um acto eleitoral, claro e limpo, que deu ao PS uma vitória confortável, embora sem maioria absoluta, e num momento nacional de crise aguda, que importa, acima de tudo, ultrapassar? E, para mais, à entrada de eleições autárquicas de grande importância? Saí muito preocupado, confesso, temendo o pior.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por Mário Soares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

EU CONSPIRO, TU CONSPIRAS, ELE CONSPIRA, NÓS CONSPIRAMOS

«Só que ver Cavaco Silva assumir tão convictamente o seu papel de comadre agrava tudo, porque aquilo que costuma ser sussurrado ao ouvido transformou-se subitamente numa declaração para todo o País. Em vez de fato e gravata, o Presidente da República deveria ter aparecido de xaile de lã preta pelas costas - o cenário ficaria bem mais composto, tendo em conta aquilo que ele (não) tinha para dizer. Defendendo que os assessores do Presidente têm todo o direito de partilhar com o mundo os boatos que circulam pelas suas cabeças ("qual é o crime?"), Cavaco inaugurou um novo capítulo na história da teoria política e deu abrigo institucional aos mais aberrantes delírios. E a coisa, evidentemente, não vai ficar por aqui.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Por João Miguel Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

GOVERNAR À ESQUERDA

«Aqui, muita atenção às palavras. Reparem que, para eles, "governar à esquerda" significa governar com cedências e acordos com o Bloco de Esquerda e PCP. Para estes políticos passionais, o facto de o PS poder governar sozinho em minoria, negociando pontualmente no Parlamento não significa "governar à esquerda". Para o PS ser de esquerda tem de contar forçosamente com os desejos do PCP e do Bloco. Trata-se, sem dúvida, de uma interpretação original. Mas é nestes instantes que importa lembrar ao Bloco e ao PCP que, embora tivessem crescido nas últimas eleições, ocupam ainda um espaço minoritário. Percebo o objectivo, mas convém não esquecer que PS e PSD (e CDS) ainda representam o grosso essencial do eleitorado. E há uma lista interminável de matérias a respeito das quais as pontes entre PS e PSD são mais claras do que as existentes entre os partidos de esquerda. Os eleitores do PS não foram os eleitores do Bloco. É simples.» [Diário Económico]

Parecer:

Por Pedro Lomba.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MAIS UM PROCESSO POR DÉFICE EXCESSIVO

«Portugal, Áustria, Bélgica, República Checa, Alemanha, Itália, Holanda, Eslováquia e Eslovénia juntam-se assim a um grupo de 11 países que já é alvo do procedimento previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento para os países com "défice excessivo".

Fonte comunitária explicou à Lusa que as actuais aberturas de procedimento de défice Excessivo não assumem a gravidade habitual porque os desequilíbrios generalizados são considerados "excepcionais" por resultarem de "uma recessão económica grave".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Isto é uma farsa, se não tivessem havido défices excessivos teriam havido em consequência do agravar da crise.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo desenrolar do processo.»

ALEC EE

GREEN PARTY