FOTO JUMENTO
Chiado, Lisboa
IMAGEM DO DIA
[Desmond Boylan/Reuters]
«A man tried to sell a fish hanging from a tree in Havana Wednesday.» [The Wall Street Journal]
AVES E FLORES DE LISBOA
JUMENTO DO DIA
RAZÃO, JUSTIÇA E LEGITIMIDADE
VARA PRESSIONOU MÁRIO LINO
PAULO RANGEL "EMPURRA" MARCELO REBELO DE SOUSA
SANTANA LOPES ASSUME LUGAR DE VEREADOR
VLAD SHUTOV
Paulo Portas
Paulo Portas exigiu que o processo Face Oculta fosse investigado a fundo. Por falar em fundo recordo-me que não fez a mesma exigência em relação ao caso dos submarinos. Enfim, critérios...
SUCATEIROS E OUTROS SUCATEIROS
«Os resíduos sólidos costumam atrair gente com costumes não tão sólidos assim. Lixo atrai lixo. Basta ver a série televisiva Os Sopranos. Os amigos mafiosos de Tony Soprano, e ele próprio, dedicam-se a várias traficâncias - da falsificação de cartões telefónicos à prostituição - que pontuam este ou aquele dos 86 episódios. Mas só um negócio atravessa toda a série da Máfia de Nova Jérsia: o negócio do lixo (na sua vasta gama, recolha e tratamento do lixo, aterros sanitários, incineração, sucatas...). Outro exemplo, e desta vez sem recorrer à ficção: o mais lucrativo negócio da Camorra, a Máfia de Napóles, é o lixo. Não conheço as razões que relacionam os homens do lixo e os homens de negócios sem escrúpulos. Mas que se atraem, atraem. Talvez o compadrio venha do convencimento comum de que o dinheiro não tem cheiro. Uns porque já têm a pituitária destruída pela matéria orgânica em putrefacção, outros porque são podres eles próprios. Em todo o caso, o facto é esse: a gente venal adora o lixo. E o país que se lixe. » [Diário de Notícias]
Parecer:
Por Ferreira Fernandes.
Parecer:
Por Ferreira Fernandes.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Afixe-se.»
RAZÃO, JUSTIÇA E LEGITIMIDADE
«Mais interessante é analisar o papel do Programa de Governo, especialmente numa situação em que o PS ganhou uma maioria relativa. Primeiro, ninguém contesta que o Governo tem legitimidade para governar; segundo, pode reclamar que o seu Programa foi o escolhido pelos portugueses, entre as alternativas possíveis. Não pode é reclamar que o seu programa tem o apoio da maioria dos portugueses. A maioria preferia outras coisas, a maioria dos portugueses está contra o programa de Sócrates. A distinção é subtil mas não é semântica, é substancial. E devia ter consequências para a condução da acção do Governo.
Por outro lado, a legitimidade não dá razão; ou seja, o Governo tem legitimidade para prosseguir com a construção do TGV ou com esta avaliação dos professores. Mas isso não é o mesmo que dizer que o Governo tem razão, só porque foi eleito. A razão ver-se-á daqui a algum tempo, se algum dia se fizer a sua avaliação.
Por último, o facto de os portugueses terem escolhido o PS para governar significa que aprovaram o seu programa na globalidade face às alternativas existentes. Haveria outras que não apareceram. Além disso, a aprovação não foi para cada uma das medidas ou dos projectos previstos. Foi em bloco. Há legitimidade para propor ao Parlamento o casamento de homossexuais, mas não pode reclamar que essa medida específica (ou qualquer outra) foi aprovada pelos portugueses.
A confusão entre juízos morais, razão e legitimidade são comuns em politica. Convém destrinçar para clarificar o que estamos a discutir. A legitimidade do Governo ninguém a contesta; se quiser também ter razão, então o Governo tem de a demonstrar com argumentos técnicos e não eleitorais. Tenho a certeza que clamará por justiça, para o bom e para o mau, mas não chega. Ficamos todos para ver e avaliar.» [Público]
Parecer:
Uma embrulhada intelectual de Luís Cunha que ainda não percebeu porque deixou de ser ministro e revela dificuldades digestivas pois ainda está a arrotar a eleições.
Por outro lado, a legitimidade não dá razão; ou seja, o Governo tem legitimidade para prosseguir com a construção do TGV ou com esta avaliação dos professores. Mas isso não é o mesmo que dizer que o Governo tem razão, só porque foi eleito. A razão ver-se-á daqui a algum tempo, se algum dia se fizer a sua avaliação.
Por último, o facto de os portugueses terem escolhido o PS para governar significa que aprovaram o seu programa na globalidade face às alternativas existentes. Haveria outras que não apareceram. Além disso, a aprovação não foi para cada uma das medidas ou dos projectos previstos. Foi em bloco. Há legitimidade para propor ao Parlamento o casamento de homossexuais, mas não pode reclamar que essa medida específica (ou qualquer outra) foi aprovada pelos portugueses.
A confusão entre juízos morais, razão e legitimidade são comuns em politica. Convém destrinçar para clarificar o que estamos a discutir. A legitimidade do Governo ninguém a contesta; se quiser também ter razão, então o Governo tem de a demonstrar com argumentos técnicos e não eleitorais. Tenho a certeza que clamará por justiça, para o bom e para o mau, mas não chega. Ficamos todos para ver e avaliar.» [Público]
Parecer:
Uma embrulhada intelectual de Luís Cunha que ainda não percebeu porque deixou de ser ministro e revela dificuldades digestivas pois ainda está a arrotar a eleições.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Arquive-se.»
VARA PRESSIONOU MÁRIO LINO
«"Isso é uma coisa perfeitamente disparatada. As pessoas que me conhecem - e eu já ando na política há muitos anos - sabem que eu não sou influenciável, nem influenciado. Ninguém me influenciou, nunca tive nenhuma intervenção nessa matéria", declarou hoje à Lusa Mário Lino.
Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias escreve que Armando Vara, ex-governante e vice-presidente do BCP, terá exercido influências junto do ex-ministro Mário Lino para servir os interesses do empresário Manuel Godinho.» [Diário de Notícias]
Parecer:
O Ex-ministro diz que não.
Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias escreve que Armando Vara, ex-governante e vice-presidente do BCP, terá exercido influências junto do ex-ministro Mário Lino para servir os interesses do empresário Manuel Godinho.» [Diário de Notícias]
Parecer:
O Ex-ministro diz que não.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Aguarde-se pelo termo das investigações»
PAULO RANGEL "EMPURRA" MARCELO REBELO DE SOUSA
«Paulo Rangel colocou-se ontem "peremptoriamente" fora da corrida à liderança do PSD na entrevista a Judite de Sousa, na RTP1. Estava dado o primeiro passo para uma vaga de fundo de apoio a uma candidatura do professor Marcelo Rebelo de Sousa por parte de várias personalidades que estiveram ao lado de Manuela Ferreira Leite. Entre elas o "barrosista" José Luís Arnaut, que passados poucos minutos após Rangel ter manifestado o seu apoio ao antigo líder social-democrata, também garantia na SIC Notícias que Marcelo é o militante mais bem colocado para liderar o partido. » [Diário de Notícias]
Parecer:
Paulo Rangel acha que o "professor" é parvo e está a tentar queimá-lo para abrir espaço à sua candidatura.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Pergunte-se a Paulo Rangel se a ideia foi de Manuela Ferreira Leite.»
Parecer:
Paulo Rangel acha que o "professor" é parvo e está a tentar queimá-lo para abrir espaço à sua candidatura.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Pergunte-se a Paulo Rangel se a ideia foi de Manuela Ferreira Leite.»
SANTANA LOPES ASSUME LUGAR DE VEREADOR
«Pedro Santana Lopes confirmou o seu discurso na noite das eleições autárquicas e anunciou, numa crónica publicada no semanário Sol, que decidiu ficar como vereador na Câmara Municipal de Lisboa. Santana Lopes diz que a cidade tem um “desígnio estratégico” e que “esse desígnio estratégico pode ficar muito comprometido se forem por diante algumas das decisões anunciadas por José Sócrates e António Costa”.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Sempre ganha pelas reuniões em que participar.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Contem-se os dias que Santana vai aguentar-se no lugar.»
Parecer:
Sempre ganha pelas reuniões em que participar.
Despacho do Director-Geral do Jumento: «Contem-se os dias que Santana vai aguentar-se no lugar.»
THE ECONOMIST