O défice de competitividade da nossa economia e a corrupção são dois dos temas que mais ocupam o debate político, quando não é um é o outro que domina as discussões. Mas é estranho, ou talvez não, que os dois fenómenos sejam associados. Os políticos gostam de falar do problema da falta de competitividade da economia na hora de justificar ou defender os salários baixos e optam pela corrupção quando não têm um projecto para o país e exploram este filão, não raramente alimentado por uns funcionários de toga cheios de vontade de substituir os coronéis dos golpes de Estado. Até parece que os dois problemas têm soluções fáceis, salários baixos para um e bordoada penal para o outro.
A verdade é que vivemos num país onde se promove a mediania em prejuízo do mérito, onde se estimula um falso igualitarismo por oposição à competitividade, onde existe um sistema de expedientes para promover a esperteza em prejuízo da inteligência. As consequências desta mentalidade é a selva que todos conhecemos, tudo funciona à base da cunha,do jeito, do favor, do compadrio. Neste país a melhor forma de arranjar emprego é recorrendo à cunha, para venderem as empresas alimentam teias de influências.
O cidadão mais competente é preterido em favor do que tem a melhor cunha, a empresa mais competitiva cede perante a que tem melhores apoios, o resultado de tudo isto é uma sociedade sem concorrência e, em ultima instância, empresas pouco competitivas. Num país onde se ganha muito dinheiro fácil ninguém investe na qualificação, em novas tecnologia. Numa economia em que se podem conseguir bons contratos com o Estado é perda de tempo a busca de mercados externos. Portugal é um bom exemplo da teoria do evolucionismo de Darwin ,mas ao contrário, por cá os mais fracos e burros eliminam os mais capazes e inteligentes pois o ambiente cultural favorece a esperteza e o expediente e elimina a inteligência e a competência. Assistimos a isso todos os dias, a toda a hora e em todos os sítios, transigimos, aceitamos como regra.
A corrupção e a falta de competitividade são fenómenos indissociáveis, são as duas faces do mesmo fenómeno, não são apenas os menos honestos ou mais oportunistas que vivem à sua custa. A burocracia estatal, os esquemas ou problemas como a evasão fiscal cria mercado para que muita gente, desde consultores a gabinetes de gestão da mais variada burocracia a grandes escritórios de ilustres jurisconsultos.
Veja-se o que se passa no fisco, os mesmos que fazem as leis ineficazes são os advogados dos que fogem ao cumprimento das obrigações fiscais ou mesmo consultores dos que procuram expedientes para aproveitarem das más leis que produziram. Num dia fala de corrupção, no dia seguinte telefonam a um director para que faça um jeito a um cliente. Multiplicam-se os escritórios de advogados que mais não são do que centrais de gestão de influências ou mesmo de corrupção.
O maior prejuízo provocado pela corrupção é a eliminação dos mais competitivos em favor dos mais oportunistas. Só que no dia em que um governo romper com esta realidade vai cair o Carmo e a Trindade, muito dos nossos comentadores televisivos terão de mudar de especialidade pois ficarão sem trabalho. Até alguns dos nossos empresários mais ilustres falam dão grandes lições de moral ao país, mas se puderem ganham uns milhões à custa da sociedade que tão bem lhes fica criticar.
A verdade é que vivemos num país onde se promove a mediania em prejuízo do mérito, onde se estimula um falso igualitarismo por oposição à competitividade, onde existe um sistema de expedientes para promover a esperteza em prejuízo da inteligência. As consequências desta mentalidade é a selva que todos conhecemos, tudo funciona à base da cunha,do jeito, do favor, do compadrio. Neste país a melhor forma de arranjar emprego é recorrendo à cunha, para venderem as empresas alimentam teias de influências.
O cidadão mais competente é preterido em favor do que tem a melhor cunha, a empresa mais competitiva cede perante a que tem melhores apoios, o resultado de tudo isto é uma sociedade sem concorrência e, em ultima instância, empresas pouco competitivas. Num país onde se ganha muito dinheiro fácil ninguém investe na qualificação, em novas tecnologia. Numa economia em que se podem conseguir bons contratos com o Estado é perda de tempo a busca de mercados externos. Portugal é um bom exemplo da teoria do evolucionismo de Darwin ,mas ao contrário, por cá os mais fracos e burros eliminam os mais capazes e inteligentes pois o ambiente cultural favorece a esperteza e o expediente e elimina a inteligência e a competência. Assistimos a isso todos os dias, a toda a hora e em todos os sítios, transigimos, aceitamos como regra.
A corrupção e a falta de competitividade são fenómenos indissociáveis, são as duas faces do mesmo fenómeno, não são apenas os menos honestos ou mais oportunistas que vivem à sua custa. A burocracia estatal, os esquemas ou problemas como a evasão fiscal cria mercado para que muita gente, desde consultores a gabinetes de gestão da mais variada burocracia a grandes escritórios de ilustres jurisconsultos.
Veja-se o que se passa no fisco, os mesmos que fazem as leis ineficazes são os advogados dos que fogem ao cumprimento das obrigações fiscais ou mesmo consultores dos que procuram expedientes para aproveitarem das más leis que produziram. Num dia fala de corrupção, no dia seguinte telefonam a um director para que faça um jeito a um cliente. Multiplicam-se os escritórios de advogados que mais não são do que centrais de gestão de influências ou mesmo de corrupção.
O maior prejuízo provocado pela corrupção é a eliminação dos mais competitivos em favor dos mais oportunistas. Só que no dia em que um governo romper com esta realidade vai cair o Carmo e a Trindade, muito dos nossos comentadores televisivos terão de mudar de especialidade pois ficarão sem trabalho. Até alguns dos nossos empresários mais ilustres falam dão grandes lições de moral ao país, mas se puderem ganham uns milhões à custa da sociedade que tão bem lhes fica criticar.
Foi o que sucedeu, por exemplo, com Belmiro de Azevedo que é o empresário que mais critica o seu país, como não conseguiu comprar a PT ao preço da uva mijona e, assim, multiplicar a sua fortuna foi o que se viu, até o seu jornal se tranformou no órgão oficial da oposição a Sócrates.