quinta-feira, abril 12, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

Entende-se que um Presidente da República esteja preocupado e apele a que se evitem crises políticas, tem razão ao opinar que as crises têm custos económicos e que num país com problemas não são uma boa ideia. Mas defender que não se faça política com o orçamento é um exagero.

Muitas das dificuldades dos portugueses que o leva a ser contra as crises políticas resultam de injustiças que só podem ser combatidas pela política. Se é verdade que as consequências de crises políticas podem agravar as injustiças, também é certo que sem luta política dificilmente se onseguem conquistas sociais. Mas o que não é aceitável de um todo é que um Presidente da República apela a que não se faça política com o orçamento.

Antes de mais, porque passa a ideia de que fazer política em democracia é algo inútil, defender que não se faz política com coisas importantes é sugerir que a política é um exercício que só serve para perturbar e fazer atrasar o país, isso é inaceitável.

«Presidente da República apela a que não haja tentações de fazer política envolvendo o Orçamento do Estado para 2019. Para Marcelo Rebelo de Sousa “uma crise política é indesejável, e uma crise política envolvendo o Orçamento do Estado é duplamente indesejável”.

Para Marcelo, que falava na abertura do Congresso da CIP “O valor das empresas” que tem lugar, esta quarta-feira, referiu que a discussão à volta dos orçamentos tem sido, ano após ano, de “grande intensidade” e a de 2019, ano eleitoral “será ainda mais intensa”. No entanto, Marcelo acredita que “todos os intervenientes estão conscientes da importância de termos o orçamento aprovado”.

Esta não é a primeira vez que o chefe de Estado defende que uma crise política não é desejável para Portugal e na promulgação do Orçamento do Estado para 2018 já deixou mesmo avisos sobre os riscos de eleitoralismo na reta final da legislatura. Porém, as declarações de hoje de Marcelo ganham importância reforçada numa altura em que o Governo atualiza o Programa de Estabilidade, onde revê em baixa a meta do défice para este ano – dos 1,1% aprovados no Orçamento do Estado para 2018 para 0,7% do PIB, tal como o ECO avançou em primeira mão.» [Eco]

      
 SCP não vai cumprir com o empréstimo obrigacionista
   
«A SAD leonina quer adiar o pagamento da dívida que vence já no próximo dia 25 de maio para uma data posterior, isto por causa da turbulência que se vive no clube desde a passada quinta-feira. Presidente e jogadores e sócios estão de costas voltadas na sequência da troca de acusações nas redes sociais e o clima de guerra instalado em Alvalade veio prejudicar a oferta de obrigações que estava para ser lançada no próximo mês — era com este dinheiro que o Sporting ia pagar a emissão antiga que vence agora.

Sem uma nova operação para refinanciamento da dívida, a atual administração liderada por Bruno de Carvalho pretende agora chamar os obrigacionistas para uma assembleia geral onde vai propor que eles sejam reembolsados não no dia 25 de maio mas numa data nunca antes de novembro de 2018.» [Eco]
   
Parecer:

Isto não é bom para nenhuma empresa e muito menos para uma SAD desportiva. Há uns tempos o presidente do SCP sugeria que eram os contribuintes que pagavam as dívidas do SLB, tentando que as suas dívidas aos bancos fossem tratadas como imparidades, agora e só pelo prazer de escrever asneiras no facebook arrisca-se a atirar o seu clube contra a parede.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver o que sucede e como reagem os ban cos.»
  
 Argumento cristão
   
«O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, considera “contranatura” a proposta legislativa para obrigar os bancos a aplicarem os juros negativos no crédito à habitação, mas garantiu que cumprirá caso seja lei.

“A questão relativa aos juros negativos é contranatura. Há até uma medida bastante discutível do ponto de vista legal”, disse o presidente da Comissão Executiva da CGD, no Porto, no final do “XV Encontro Fora da Caixa”, que assinala o 142.º aniversário da instituição.

Juros negativos no crédito põem em causa ratings dos bancos

Paulo Macedo apontou imprecisões à medida avançada pelo Bloco de Esquerda mas assumiu que “se a legislação vier nesse sentido a Caixa cumprirá”.

Insistiu, contudo, que “seria estranho um responsável de um banco concordar com algo que afete negativamente um banco, designadamente os juros negativos, porque estamos a falar de quem empresta ter um juro negativo“.» [Eco]
   
Parecer:

Se Paulo Macedo acha que os juros negativos são contranatura, usando um termo muito querido às nossas boas almas cristãs e piedosas, como explica os juros negativos da dívida soberana alemã?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte ao opus banqueiro.»

 Este quer ganhar protagonismo à custa de Centeno
   
«Daniel Bessa, ex- ministro da Economia, desmontou esta tarde, no Porto, o artigo de opinião de Mário Centeno publicado ontem no Público, em que este considera que a economia portuguesa passa por um bom momento. Bessa que falava perante uma plateia repleta de empresários, no âmbito do XV encontro Fora da Caixa, da Caixa Geral de Depósitos começou por dizer que o facto de Portugal estar melhor é “motivo para nos congratularmos”, mas não é motivo para concluirmos que este é o melhor crescimento de várias décadas. Isso, acrescentou, “é um exagero, é excessivo e perigoso“. É um discurso político “hiperbólico, que introduz um sentido de mediocridade porque pede pouco”.

“Este governo está a mostrar uma durabilidade e consistência inesperadas”

O economista que se mostrou perplexo com as reações que os dados mais recentes da economia portuguesa têm despertado, referiu que é preciso não esquecer que em 28 países “19 cresceram mais do que nós”. Para Bessa é um facto que economia portuguesa está melhor, mas “não tanto como se julga”.

Para provar o que diz, Bessa pega noutro argumento de Centeno, o que evoca o crescimento do PIB de 2,7% e o do emprego de 3,2%. Para o economista, “isto é mau”. E acrescenta: “mau porque quando uma economia está saudável, o PIB cresce mais do que o emprego”.» [Eco]
   
Parecer:

É triste fazer uma carreira à custa da designação de "ex-ministro", quando esteve no cargo apenas um par de meses, tendo acabado por sair pela porta pequena. Este tipo de ataques a Centeno servem apenas para que Bessa ganhe likes na direita, o que não admira pois foi um dos apoiantes mais fieis de Passos Coelho.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

 Esse Centeno é um malandro
   
«A presidente do CDS-PP acusou hoje o ministro das Finanças de não ter "nenhuma sensibilidade, nenhuma humanidade" para a saúde, defendendo que os centristas vão "esperar para ver" a concretização das obras no hospital de São João.

"Vamos esperar para ver. Foi preciso um grande alarde público para arrancarmos do ministro das Finanças uma declaração de que vai resolver. Estaremos atentamente a exigir essa resolução", disse Assunção Cristas aos jornalistas sobre a garantia dada por Mário Centeno no parlamento de que as obras na ala pediátrica do hospital de São João, no Porto, vão avançar.

A líder do CDS-PP assinalou hoje o dia internacional de doença de Parkinson com um encontro com a Associação Portuguesa da Doença de Parkinson, acompanhada pela deputada Isabel Galriça Neto, reiterando a necessidade de uma estratégia nacional para as demências e da regulamentação do estatuto do cuidador.» [Expresso]
   
Parecer:

De sensibilidade e humanidade entende a Cristas.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»