sexta-feira, agosto 10, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Inscrição no obelisco da Praça Marquês de Pombal, Vila Real de Santo António

IMAGEM DO DIA

[Pavel Rahman / AP]

«El monzón que todo lo cubre. Un mono intenta agarrarse a la cabeza de un ciudadano del distrito Munshigonj, en Bangladesh. Durante más de dos semanas las lluvias del monzón han inundado gran parte del norte de la India, Bagladesh y Nepal. Se han creado ríos por las calles que han matado a al menos 457 personas y han dejado en la calle a más de 19 millones.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA


O senhor Madeira

Guilherme Silva, deputado da República e consultor do governo do Alberto, é o presidente do Conselho de jurisdição do PSD, isto é, o Alberto João controla pessoalmente um dos órgãos do partido. Não admira que através dos jornais venha dizer a Luís Filipe Menezes que não recebe recados através do jornais.

O FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS INTERNAS DOS PARTIDOS

Já há algum tempo que temos a percepção de que há grandes verbas envolvidas nas campanhas internas dos partidos, um sinal disso foram os sacos de dinheiro de António Preto. Agora sabemos que Luís Filipe Menezes vai gastar mais de 100.000 euros e resta saber quanto gastará Marques Mendes.

Tanto dinheiro só se pode justificar pelo facto de a aposta ser rentável, ninguém gasta tanto dinheiro só para ser líder de um partido até que apareça outro candidato.

Talvez seja tempo de rever o modelo contabilístico dos partidos.

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO. E DEPOIS?

«A propósito do rendimento social de inserção (RSI), de que muito se tem falado, lembrei-me de um episódio referido pelo prof. Muhammad Yunus, criador do Grameen Bank, o banco de microcréditos do Bangladesh, e prémio Nobel da Paz, quando o interrogaram sobre o microcrédito mais significativo que ele concedera na sua vida. Contou que insistira com uma mulher, que vivia de esmolas, porque não havia trabalho para ela, que fizesse um empréstimo para comprar umas bugigangas e as vender, ganhando algo na transacção. Ela resistia, mas decidiu aceitar primeiro só uma parte, e depois o que o prof. Yunus sugeria, cerca de 2,5 dólares. Passado tempo, ao encontrá-la casualmente, perguntou-lhe como iam os negócios. "Não me falou de dinheiro", mas contou-me: "Fui uma vez vender alguns artigos a uma casa onde costumava pedir esmola. De dentro responderam-me: "Venha noutro dia." Eu insisti: "Venho vender coisas."" ""Sr. Yunus", disse-me: "Foi a primeira vez na vida que me mandaram entrar e sentar numa casa.""

Ter uma receita por uma qualquer via, mesmo do RSI, é um bom começo. O trabalho realiza quem o desenvolve, aperfeiçoa-o, fá-lo aprender, ao reflectir sobre o que está a fazer, põe em jogo as potências e capacidades, lança-lhe desafios para superar os seus próprios limites. Dá compensações no âmbito intrínseco ao próprio trabalho e ultrapassa-o, para passar a ser como o cartão de apresentação, de identificação ocupacional na sociedade.

Aquela senhora ganha um "novo estatuto" que não tinha quando apenas mendigava. Por isso convidam-na a sentar e ela nota bem a diferença no trato. Recupera aos olhos dos outros, da sociedade, e, por reflexo, de si própria, o sentido da dignidade de pessoa, que não chegara a afirmar antes, apesar dela, porque não tinha trabalho.

Parece que estamos hoje numa encruzilhada complexa, em que se torna urgente criar trabalho para todos.

Por um lado, há pré-reformas para pessoas ainda com muito boa capacidade de trabalho e relativamente jovens. Dentro do mal, pode-se considerar uma sorte para quem esteja nesta situação; contudo, não será nada bom para eles, se se contentam que o seu percurso profissional fique truncado e não buscam novas formas de exercitar capacidades para serem úteis à sociedade.

Há umas semanas, a Fundação Champalimaud atribuiu, pela primeira vez, o prémio de 1 milhão de euros ao Aravind Eye Care System. Esta instituição foi surgindo, paulatinamente, da preocupação de um médico-cirurgião oftalmologista, dr. Venkataswami, ou dr. V, que, ao passar à reforma, aos 58 anos, como é habitual na Índia, do seu trabalho num hospital do Estado, decide continuar a trabalhar por conta própria, porque sabe da existência de milhões de cegos que com uma operação simples às cataratas podem recuperar a vista e manter-se a trabalhar. Lança, então, uma clínica com 11 camas, depois outra de 30 camas, para pobres que não podem pagar... E hoje o Aravind é um conjunto de cinco hospitais, com mais de 3500 lugares, dando mais de 1,7 milhões de consultas e fazendo mais de 250.000 operações às cataratas por ano!

Em muitos casos os pré-reformados terão recebido substanciais indemnizações, sobretudo de instituições financeiras, empresas em quase monopólio, multinacionais, etc. Não seria interessante tentarem lançar alguma iniciativa nos moldes do Aravind, dentro das competências profissionais desenvolvidas?

Por outro lado, muitos, à procura do seu primeiro emprego, tardam em encontrá-lo, sobretudo quando os estudos não foram completados, ou se se orientaram para carreiras mais humanísticas e não técnicas.

Com fábricas a fechar, porque não podem competir num mercado aberto e global, muitos têm dificuldades em reciclar-se, para encontrar novas ocupações, devido à idade e porque a instrução de base é fraca; outros, mesmo reciclados, não têm trabalho...

As iniciativas de novos negócios, tão necessárias à sociedade, tardam assim em chegar ou são em número insuficiente para criar os necessários postos de trabalho com conteúdo e sustentáveis. O que fazer?

O rendimento social de inserção é de justiça, é uma ajuda importante, sobretudo numa fase transitória, ou quando o destinatário está numa idade avançada e/ou, por qualquer motivo, não pode ser integrado no mundo do trabalho. Mas para os mais jovens deveriam criar-se mecanismos que promovessem a criação de postos de trabalho. Deixo aqui algumas ideias.

- Trabalhos remunerados ou não, no apoio ao terceiro sector. Em muitas IPSS, por exemplo, há pessoas que sabem cuidar muito bem das pessoas com determinado tipo de carências, mas faltam-lhes outras valências na organização administrativa, na contabilidade, na promoção e venda, etc. Muitos dos pré-reformados com um certo esforço de adaptação poderiam ser elementos de grande utilidade. E, ao fazê-lo, criariam mais emprego, pois uma boa organização permitiria ampliar o trabalho das IPSS.

- Mais de 300 Misericórdias realizam pelo país todo um trabalho social de categoria. Com um pouco mais de ambição poderiam ter maior profissionalização na gestão, melhor organização, mais valências, para desenvolverem mais actividade. De uma forma geral, quanto mais actividade e utilidade social percebida pelo público, mais são os donativos e legados que recebem, julgo.

- Para os que procuram o primeiro emprego, seria de facultar estágios de seis a 12 meses, para tarefas que em muitas das empresas não há tempo para realizar. Daí poderiam surgir novos postos de trabalho.

E este deveria ser justamente um dos aspectos-chave da responsabilidade social das empresas: fomentar a criação de novos postos de trabalho, explorando âmbitos esquecidos da vida da empresa, ao mesmo tempo que ela se tornava mais rendível.» [Público assinantes]

Parecer:

Um bom artigo de E. Viassa Monteiro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

LUÍS FILIPE MENEZES ESTÁ CHEIO DE "PILIM"

«O financiamento da campanha interna do PSD entrou no debate político. Ontem, o porta-voz de Marques Mendes, Macário Correia, lançou o repto aos outros para que divulguem as suas contas. Do lado de Luís Filipe Menezes, Ribau Esteves não só recordou que o autarca de Gaia já o fizera há duas semanas como adiantou ao CM as previsões de custos da corrida eleitoral: entre 65 a 100 mil euros.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Será um bom negócio?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marques Mendes quanto vai gastar.»

MAIS UMA ANEDOTA DO ALBERTO

«Alberto João Jardim, presidente do governo madeirense, afirmou esta quinta-feira que a Madeira tem sido usada como “manobra de diversão” na questão da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).» [Correio da Manhã]

Parecer:

Quem começou a "diversão" foi o próprio Alberto

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Alberto se acha mesmo que os portugueses são parvos.»

FARNACÊUTICAS FORAM OPORTUNISTAS

«Há medicamentos de venda livre que estão a sair da fábrica com o dobro do preços por unidade do que em 2005, antes da liberalização deste mercado. Várias farmácias e lojas de medicamentos contactadas pelo DN queixam-se que os laboratórios aproveitaram a liberalização para subir o valor cobrado por estes remédios. E, a estes valores, acrescem ainda no preço final as margens que cada um destes estabelecimentos cobra.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Estamos perante um caso de puro oportunismo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas.»

ALBERTO RECUA NA QUESTÃO DO ABORTO

«O Governo Regional da Madeira vai inserir no Orçamento da Região para 2008 uma verba para custear a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) anunciou ontem Alberto João Jardim, que acusou o Governo da República de estar, actualmente, "em omissão" por não financiar aquela medida. » [Diário de Notícias]

Parecer:

Terá percebido que a sua estratégia trauliteira pode prejudicar o PSD do seu afilhado Marques Mendes?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Alberto se rectifica o orçamento sempre que é adoptado um novo tratamento de saúde.»

A VERGONHA DOS AEROPORTOS PORTUGUESES

«Desde o início do ano, perderam-se mais de 90 mil malas nos aeroportos portugueses. Mais de 400 por dia. O drama repete-se todos os verões milhares de bagagens perdidas nos aeroportos, passageiros enfurecidos a reclamar, companhias aéreas sem mãos a medir.

Ontem à tarde, no Aeroporto do Porto havia mais de 500 malas sem dono, espalhadas pelos corredores junto ao serviço de Perdidos e Achados. Em Lisboa, o cenário não era melhor. O novo terminal 2 (para voos domésticos) "ainda não está afinado" e os efeitos reflectem-se no Porto. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Aterrar em Lisboa é um inferno.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas urgentes.»

O ALBERTO NÃO TEM A NOÇÃO DO RIDÍCULO?

«No dia seguinte à chegada ao Porto Santo, o líder madeirense preside à inauguração de um complexo habitacional privado composto por 14 apartamentos e duas lojas comerciais denominado «Vista Dourada». » [Portugal Diário]

Parecer:

Se tivesse não inauguraria 14 apartamentos privados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Alberto que tem o governo regional a ver com os 14 apartamentos.»

GOVERNO NÃO VAI EXIGIR SACRIFÍCIO ADICIONAIS AOS PORTUGUESES

«O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse hoje que o Orçamento do Estado para 2008 não obrigará o Governo a "pedir esforços adicionais" aos portugueses e não irão ser feitos cortes na despesa de investimento.

"O esforço vai continuar, mas não se tenciona pedir esforços adicionais", afirmou Teixeira dos Santos, na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros. » [Público ]

Parecer:

O problema está em saber a que portugueses se refere o ministro das Finanças.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o ministro de que já mentiu muitas mais do que três vezes antes do galo cantar.»

GUINÉ-BISSAU, O PRIMEIRO NARCO-ESTADO DE ÁFRICA

«Um manto caiu sobre a Guiné-Bissau, sobre as suas pessoas, as suas casas, as suas estradas de terra, os seus campos verdes depois da passagem das chuvas, os seus sonhos de país independente. Se tivesse cor, esse manto teria a cor de um pesadelo. Cor de chumbo? Ou seria totalmente branco? Branco puro. De cocaína. Sem cor, seria como um manto de silêncio. Invisível. Porque falar do tráfico de droga na Guiné-Bissau - que se tornou na principal porta de entrada da cocaína da África Ocidental - é correr riscos. » [Público assinantes]

Parecer:

Há muito que esta realidade é evidente.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vigiem-se as relações entre Portugal e a Guiné-Bissau.»

AQUACULTURA NAS DUNAS DE MIRA

«O Ministério do Ambiente aprovou, anteontem, um grande projecto de aquacultura sobre as dunas da praia de Mira, numa zona do país sujeita a um processo crescente de erosão costeira. O projecto da multinacional Pescanova vai produzir 7000 toneladas de pregado por ano, duplicando a produção nacional de aquacultura. Promete criar 208 empregos e está classificado pelo Governo como PIN (de "pontecial interesse nacional").» [Público assinantes]

Parecer:

Um projecto que suscita muitas dúvidas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se o Governo sobre se vão ser multiplicados este tipo de projectos.»

GOVERNO PREFERE EMIGRANTES

«A ideia não é nova: procurar cativar a imigração altamente qualificada é uma tendência europeia, bem vista pelos últimos governos portugueses. Mas desta vez a lei foi mais longe do que nunca, criando aquilo que alguns dirigentes de associações de imigrantes consideram ser uma discriminação face aos estrangeiros menos qualificados. » [Público assinantes]

Parecer:

Parece que há quem defenda que Portugal se transforme através da emigração na segurança social dos países mais pobres que o nosso país.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

IMPRENSA INGLESA RECORDA CASO JOANA

«Junto à fotografia de Kate aparece a de Leonor Cipriano com o rosto cheio de nódoas negras. O jornal recorda que quem coordena as buscas de Madeleine, Gonçalo Amaral - coordenador do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ - esteve também à frente da investigação do desaparecimento de Joana e foi acusado de "ofensas criminais". Isto na sequência das alegadas agressões a que Leonor terá sido sujeita durante os interrogatórios. E o Daily Mail, na sua edição on-line, dá também eco às declarações de Leandro e publica imagens de Leonor e do responsável pelas investigações. Com a seguinte legenda: "Gonçalo Amaral foi acusado de incriminar uma mãe numa situação semelhante". E acrescenta-se: "Apesar das acusações, Amaral não foi suspenso". O Daily Mail fala ainda de "pressão" sobre os McCann.» [Público assinantes]

Parecer:

Era de esperar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à PJ que desta vez tenham mais cuidado com as escadas.»

O MINISTRO TEM MESMO UM DIRECTOR-GERAL

O folhetim da substituição do dr. Paulo Macedo está a evidenciar a incapacidade do ministro das Finanças e do secretário de Estado das Finanças para gerir uma situação que deveria ter sido tratada com normalidade.

O ministro começou por assegurar que pretendia a continuidade do dr. Macedo para, de repente, partir a loiça a propósito da ausência do dr. Macedo numa conferência de imprensa. Ficou evidente que a substituição do dr. Macedo estava em curso o que significa que o ministro foi apanhado de surpresa, enquanto dizia que procurava uma solução para poder pagar o que o director-geral pretendia.

Depois, muito antes do termo do mandato, o ministro anuncia que já tinha um novo director-geral, não divulgando o seu nome porque o futuro responsável do fisco ainda exercia funções numa outra qualquer entidade. Tanto quanto O Jumento conseguiu saber o ministro tinha mesmo um director-geral mas o indigitadoi recuou.

Chegado o termo do limite legal para a permanência do dr. Macedo à frente da DGCI o ministro dá posse a um director-geral da DGCI prometendo um D. Sebastião para o dia 27 de Setembro. Entretanto o secretário de Estado esqueceu a compostura e começou a dizer piadas a propósito de quem seria o futuro director-geral.

O ministro terá mesmo um director-geral? Quem o escolheu?

O Jumento duvida de que haja mesmo um director-geral e se houver duvida de que o seu nome seja do conhecimento de todos os governantes da área das Finanças.

ROMAN SILVER

MAXBO

ILYA M

HSBC

[2]

Advertising Agency: Mindset, Hyderabad, India
Creative Director: Mark Samuel
Art Director: Balamurugan S.
Copywriter: Mark Samuel

NYC OFFICE OF EMERGENCY MANAGEMENT

[2][3]

Advertising Agency: DeVito/Verdi, USA
Creative Director: Sal DeVitoArt Director: Kevin Gladwin
Copywriter: Manny SantosPhotographer: Phil Marco
Published: August 2006

IMAX

[2][3][4]

Advertising Agency: Lowe, Mexico City, Mexico
Creative Directors: Flavio Pantigoso, Agustín Esteban
Art Director: Agustín EstebanCopywriter: Flavio Pantigoso
Photographer: Víctor Rojas