domingo, agosto 12, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Água-furtada, Vila Real de Santo António

IMAGEM DO DIA

[Timothy A. Clary - AFP/Getty Images]

«A trader at the New York Stock Exchange grimaces during the closing minutes of trading. The Dow Jones Industrial Average plunged 387 points Thursday, the index's second-worst performance of the year.» [Washington Post]

JUMENTO DO DIA


Esqueceu que o cargo de directora não é vitalício

Dalila Rodrigues, a directora do Museu Nacional de Arte Antiga, deve ter pensado que o cargo para que foi nomeada pelo governo do PSD não é vitalício, só isso explica que esteja a pensar na possibilidade de processar o Estado por ter comprado casa em Lisboa.

Sejamos claros, a directora não foi saneada pois quando assumiu o cargo foi no pressuposto de que se tratava de um mandato renovável. Além disso, sabe-se das suas divergências com a tutela estando a usar a sua competência para poder desvalorizar a competência dos governantes a quem deve um mínimo de lealdade.

A desilusão de Dalila é legítima, mas a tentativa de se impor no lugar usando uma campanha envolvendo o PSD e as personalidades ligadas a este partido é ilegítima. Essa atitude e as divergências com a tutela implicariam da sua parte uma atitude de dignidade, essas atitude seria um pedido de demissão.

MARQUES MENDES OU LUÍS FILIPE MENEZES?

Em termos futebolísticos esta disputa equivale à discussão entre duas equipas do regional que pensam que por ficarem em primeiro lugar ganham a Liga. É uma tristeza para o PSD ver as principais peças do seu xadrez político tratarem os peões de torre como se fossem duas damas.

RELIGIOSO E SAGRADO: DEUS NÃO É RELIGIOSO

«É esta distinção que permite, no limite, perceber que, por paradoxal que pareça, possa haver e haja de facto quem seja ao mesmo tempo religioso e ateu. É religioso porque, como diz a própria etimologia da palavra (religião, de relegere, segundo Cícero - recolher, revisitar, reler - ou religare, segundo Lactâncio - ligar), vive-se vinculado ao Sagrado, àquela Ultimidade que o Homem não domina nem possui. Mas, por outro lado, ateu, porque, figurando o Sagrado ou a Ultimidade como anónimo(a) - pense-se, por exemplo, na Natureza, não enquanto Natureza naturada, mas enquanto Natureza naturante, Força e Fonte divina impessoal donde procede tudo quanto vem à luz -, não pode haver uma relação pessoal com ele ou com ela, não se lhe pode rezar nem se espera a salvação num encontro pessoal.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Na opinião do padre Anselmo Borges.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SEXO EM DEMOCRACIA (3)

«Gregory Clark, professor de Economia americano, estudou a fecundidade dos ingleses entre 1250 e 1800. Chegou à conclusão de que os ricos deixavam mais descendentes do que os pobres. Os dados analisados por Gregory Clark mostram ainda que os filhos dos ricos tinham uma taxa de alfabetização mais elevada. Gregory Clark está convencido de que a selecção dos ricos levou a uma alteração das características da população inglesa, que por sua vez levou à Revolução Industrial. O facto de os ricos terem mais filhos terá levado à selecção de pessoas com as características que permitem o enriquecimento ou a manutenção da riqueza numa sociedade agrária: a literacia, a não violência, os hábitos de trabalho e a preferência por poupar e investir. De acordo com Clark, em 1800, a sociedade inglesa era constituída pelos descendentes dos mais bem sucedidos nos séculos anteriores, os quais herdaram as características necessárias para atingir o sucesso. A Revolução Industrial terá resultado, portanto, da predominância dessas características em todos os sectores sociais.» [Diário de Notícias]

Parecer:

De João Miranda.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O PAULINHO DOS TRIBUNAIS

«Os cidadãos têm recusado os seus votos a Paulo Portas. Pois bem: Paulo Portas, mediante uma decisão judicial, vai obrigar os cidadãos (enquanto contribuintes) a indemnizá-lo.

Se não lhe queremos dar votos, vamos ter de lhe dar dinheiro.

A história é tão abstrusa quanto simples: as notícias sobre comportamentos menos dignos, que, mais uma vez, vieram para os jornais sujar o nome imaculado de Paulo Portas terão sido, segundo este afirma, a causa da sua derrota eleitoral em Lisboa.

A publicação de tais histórias constitui uma violação do segredo de justiça pelo qual o Estado é responsável. Logo o Estado (nós, contribuintes) tem de o indemnizar.As acções de responsabilidade contra o Estado podem ter diversos fundamentos: se um cidadão for lesado por qualquer comportamento pelo qual se possa responsabilizar o Estado (a derrocada de uma ponte não devidamente vistoriada) ou for vítima de uma qualquer catástrofe, os contribuintes podem ter de pagar. Neste último caso, com fundamento na solidariedade social. Outros casos são mais discutíveis: a responsabilidade do Estado por omissão legislativa tem levado aos maiores abusos e pode ser a base de uma actividade de pura captação de rendas («rent seeking»).

No entanto, uma figura com responsabilidades políticas a procurar obter indemnização do Estado por acto ilícito de um seu agente atinge um grau de descaramento até agora inédito.
Simplificando, a única razão pela qual os contribuintes podem ser obrigados a suportar os custos de uma indemnização atribuída por culpa do Estado é que, num certo sentido, todos somos responsáveis pelo mau funcionamento da coisa pública.

Mas alguém que é deputado e que já passou pelo Governo tem certamente um grau de culpa muito mais intenso que o simples cidadão de cujos impostos vai sair a quantia a atribuir ao indemnizado. O deputado Paulo Portas já deveria ter apresentado na Assembleia da República um qualquer projecto de lei que criasse um regime de segredo de justiça equilibrado e impedisse a sua violação; e o CDS-PP já teve a pasta da Justiça.

A ministra era Celeste Cardona. Mas Paulo Portas é a última pessoa a poder usar essa desculpa. Tem demasiada co-responsabilidade em qualquer disfunção existente na Justiça para poder exigir ao conjunto dos cidadãos (o que é o Estado?) que o indemnizem pelo seu possível mau funcionamento. Se a sua acção for tomada a sério pelos tribunais vai ser possível aos políticos que são derrotados nas eleições introduzir acções contra o Estado, por exemplo, pelo mau funcionamento da Educação: uma vez que apenas ignorância dos eleitores pode justificar a derrota de um partido com tão exemplar programa. Obtendo uma decisão judicial que corrija as decisões (naturalmente ignaras) do eleitorado.

Com esta acção, Paulo Portas mostra assim que continua a ser um dos criativos políticos portugueses. Agora quer obter nos tribunais o que antes procurava nas feiras. Ainda que se tenha esquecido, depois de concedida a indemnização ao CDS/PP, os cidadãos poderão vir junto dele accionar o direito de regresso.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Saldanha Sanches desmonta Paulo Portas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O ALBERTO JOÃO TEM MELHORES FORMAS DE GASTAR O DINHEIRO

«O Governo Regional da Madeira perdoou aos três grandes clubes do arquipélago (Marítimo, Nacional e União) uma dívida à Segurança Social a rondar os 280 mil euros. As deliberações do Conselho de Governo são de 13 de Julho, mas só na semana passada foram divulgadas no jornal oficial da região (o equivalente ao "Diário da República") com a apresentação dos argumentos para que tal perdão fosse concedido aos clubes de futebol da Madeira.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

É a versão madeirense da sustentabilidade da Segurança Social.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Declare-se urgentemente a independência de Portugal em relação à Madeira.»

208.000 PORTUGUESES À ESPERA DE UMA CIRURGIA

«A lista de espera cirúrgica (LIC) continua a não querer descer do patamar dos 200 mil inscritos e ainda apresenta um elevado número - 20% - de doentes a aguardar há mais de um ano, apesar de a espera média se ter fixado nos cinco meses. Está com 208 632 pessoas, apenas menos 17 481 do que em Dezembro passado. Uma quebra pequena, mas que o Ministério da Saúde (MS) entende como positiva, porque reflecte uma maior actividade cirúrgica e permite esperar a estabilização das cirurgias "até ao final do ano de 2008".» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Os números não serão exagerados? Significam que um em cada cinquenta portugueses aguardam por uma cirurgia, se excluirmos os que recorrem ao sector privado parece-me um exagero.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Façam-se bem as contas.»

PEIXERADA NO PSD

«O candidato à liderança do PSD, Luís Filipe Menezes, responsabilizou este sábado o líder do partido, Marques Mendes, pelos insultos que lhe têm sido dirigidos nos últimos dias, mostrando-se «profundamente indignado» com a situação, refere a Lusa.

«Tenho de manifestar publicamente a minha indignação com o que se tem passado nos últimos três ou quatro dias, de que responsabilizo pessoalmente o líder do PSD», afirmou Luís Filipe Menezes, em Mondim de Basto, onde hoje assiste à chegada da etapa da Volta a Portugal em bicicleta.» [Portugal Diário]

Parecer:

Isto está a ficar lindo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Metam os putos na barraca que vai haver pedrada!»

SE O CHARRUA SOUBESSE LITUANO SÓCRATES SERIA UM FILHO DA ESPUMA

«Aviso: este texto pode conter uma expressão menos própria. Experimentem pegar num dicionário de lituano e encontrar a palavra equivalente a espuma (de cerveja, por exemplo). Se conseguirem, já sabem por que é que Ieva Stonyte não percebeu à primeira a razão de a mesma palavra se ouvir frequentemente nas ruas do Porto...» [Público assinantes]

Parecer:

Afinal o Charrua não queria ofender a mãe de Sócrates

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Duarte.»

QUERIA SER DIRECTORA VITALÍCIA?

«A ex-directora do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) admite processar o Estado. Dalila Rodrigues, afastada do cargo a semana passada por defender um modelo de gestão autónomo para aquela instituição, já tem em campo um advogado que procura demonstrar que a historiadora foi prejudicada.

“Estou a tentar perceber onde e como fui lesada”, afirma Dalila Rodrigues ao Expresso. A ex-directora do MNAA invoca que, para poder exercer as suas funções, teve de vender a sua casa de Viseu, onde desempenhava o cargo de professora-coordenadora do Instituto Politécnico, para adquirir nova moradia em Lisboa. “Assumi compromissos com bancos e terei de os cumprir. Tenho um empréstimo para pagar”, continua, dando a entender, porém, que o seu regresso ao Politécnico é a opção que tomará. “Quero regressar à História da Arte, sobretudo enquanto a museologia portuguesa continuar a ser controlada por pessoas com as quais não me identifico, apesar de sempre as ter respeitado hierarquicamente. No MNAA sempre tentei fazer a ponte entre o universo académico e o museu, e os meus projectos sempre foram reconhecidos pelos meus pares”, adianta. De resto, Dalila Rodrigues faz ainda questão de frisar que a sua tomada de posição se inscreveu sempre no domínio das ideias. “Quis contribuir para uma reflexão alargada sobre a urgente modernização dos museus portugueses, num momento em que estava em curso a mais importante reorganização da Administração Pública”, afirma.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Parece que a directora do Museu Nacional de Arte Antiga gostava do cargo, mas usar a compra da casa como desculpa é uma idiotice. E se um destes dias um primeiro-ministro se recusar a abandonar o cargo com o mesmo argumento, que vendeu a casa para poder residir em São Bento?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à senhora quem a obrigou a comprar casa.»

PROPINAS VÃO SUBIR COM BOLONHA

«O leque de propinas para os mestrados do próximo ano lectivo vai alargar-se fortemente com a entrada em vigor da Declaração de Bolonha. A propina anual para os dois últimos anos dos cursos universitários (agora designados por mestrados ou 2º ciclos) pode variar entre os €1000 e os €16.000. Ou seja, uma variação de um para 16, havendo universitários que vão continuar a pagar uma propina semelhante à dos três primeiros anos, enquanto outros serão confrontados com valores muitíssimo superiores.

A diferença não parece residir no valor científico ou pedagógico dos cursos. Num dos extremos estão os agora designados mestrados integrados (antigas licenciaturas), imprescindíveis ao exercício efectivo de uma actividade profissional. É o caso de Arquitectura, de Medicina, ou da maior parte dos ramos da Engenharia. Para estes casos, a propina anual será da ordem dos €1000, máximo permitido para as universidades públicas. No extremo oposto estão os chamados mestrados temáticos, ou seja, aqueles em que o aluno escolhe um aprofundamento de conhecimentos numa determinada área. O MBA leccionado ao abrigo de um acordo entre a Universidade Católica e a Universidade Nova de Lisboa em três semestres custará anualmente €16.000. Logo a seguir vêm os mestrados equivalentes do ISCTE (€14.900) ou os do ISEG (€8000).» [Expresso assinantes]

Parecer:

Transformar os dois últimos anos de uma licenciatura num MBA para cobrar mais de 10.000 € em propinas é um pequeno abuso. Haverão alunos para pagar tais propinas? Não me parece, Bolonha porá fim ao ensino universitário enquanto serviço público.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questionem-se as universidades se estão a pensar bem no assunto ou, muito simplesmente, a embarcar numa jogada puramente oportunista.»

PONTE DA LEZÍRIA ESQUECEU VELEIROS

«Varinos e fragatas do Tejo não passam sob a ponte da Lezíria (Carregado-Benavente), inaugurada a 8 de Julho. Embora se tenha dito aos velejadores que a altura livre seria a da Ponte Marechal Carmona (Vila Franca), isso não foi rigorosamente cumprido: há uma diferença de, pelo menos, 1,85 m. O suficiente para criar problemas, mesmo aos veleiros modernos com mais de 15 m de comprimento, cujos mastros andam pelos 20 m de altura (ou mais, no caso dos adaptados à competição) e que representarão cerca de dez por cento da frota de recreio de Lisboa. Na ponte de Vila Franca a altura livre é de 22,5 m, enquanto na do Carregado é, oficialmente, de 20,65 m, sendo o rio aqui menos profundo e mais assoreado. Isto limita a possibilidade de tirar partido da maré-baixa para passar sob a ponte.

De entre as embarcações afectadas destacam-se os barcos tradicionais de Alcochete, Seixal, Moita e Vila Franca de Xira. O barco da autarquia vila-franquense, o varino ‘Liberdade’, construído em 1945, e restaurado em 1997, ficará “amacacado”, para poder passar, isto é, o mastro terá de ser serrado. “É como cortar as pernas pelos joelhos”, diz mestre Augusto Manso, de 69 anos responsável pelo bote-fragata ‘Alcatejo’, de Alcochete, também impossibilitado de passar no Carregado. No caso do ‘Liberdade’, a amputação do mastro em cerca de 2 m poderá custar 20 mil euros. “Não é só serrar. É todo um conjunto de trabalhos que implica, também, velas novas”, disse um dos trabalhadores do estaleiro do mestre Jaime, na Moita, onde actualmente está a embarcação.» [Expresso assinantes]

Parecer:

É ridículo que por um metro a ponte ponha fim à circulação dos veleiros tradicionais do Tejo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se quem foi o idiota que se esqueceu dos veleiros.»

EGIPTO: CRIANÇA MORRE DEVIDO À ABLAÇÃO DO CLITORIS

«Una niña de trece años ha muerto tras una operación de ablación del clítoris en el norte de Egipto, la primera víctima anunciada después de que el Gobierno prohibiera en junio pasado esta práctica, informó hoy el diario oficial "Al Ahram".

Según el rotativo, la niña, identificada como Karima Rehím Said, es originaria del pueblo de Abu Hamar, en la provincia de Al Garbiya, en el noroeste del delta del Nilo.» [20 Minutos]

O ESTADO GANHA COM IMPOSTOS ALTOS NOS COMBUSTÍVEIS?

«O presidente-executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, alertou, quarta-feira, para o enorme diferencial de impostos entre Portugal e Espanha, que se traduz numa perda anual para a empresa entre os 100 e os 150 milhões de litros de combustível. Se considerarmos este nível de vendas que é desviado a favor de Espanha, Portugal perde em receitas fiscais entre 67 milhões de euros, no caso de 100 milhões de litros, e 101 milhões de euros, caso se venda menos 150 milhões de litros de combustível por ano. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Os número são preocupantes, se a par da perda de receitas se considerar o impacto económico há razões suficientes para estudar o assunto. Até aqui o Estado tem feito contas de merceeiro, é tempo de se fazerem contas a sério.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se uma máquina de calcular a Amaral Tomaz, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.»

UM ENCONTRO DE BLOGUES NA PRAIA DOS TRÊS PAUZINHOS?

O Jumento não é o único blogue a ter ido de férias para os lados da Praia dos Três Pauzinhos, por aquelas bandas também anda o Barbeiro da blogosfera, que se deixou de barbas e cabelo para ir pôr os burrinhos na areia ou mesmo apanhar pés-de-burrinho.

Por este andar ainda vamos agendar o encontro de blogues na Praia dos Três Pauzinhos. Quanto a escolhas gastronómicas asseguro que serão do melhor.


ENTREZ SANS FRAPPER

VIC

FLORIANA BARBU

MISTY

ESTACIONAMENTO RESERVADO

OS 10 MB MAIS CAROS

CAVACO [Link]

zzz

xxx

CAVACO [Link]

zzz

xxx

SHARPIE

[2][3]

Advertising School: Miami Ad School
Copywriter: Chris Baker

AMNISTIA INTERNACIONAL

Advertising Agency: Magnetica, Buenos Aires, Argentina
Art Director: Andres Benavides
Copywriter: Juan Sasiain

CONTINENTAL

[2][3]

Advertising Agency: Ogilvy, South Africa
Creative Director: Christo Nel
Art Director: Tony Purnell
Copywriter: Ryan Broughton
Photographer: Peter Hooper
Stylist: Derrick Mhlongo