quinta-feira, agosto 30, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Cabeleireiro

IMAGEM DO DIA

[Yiorgos Karahalis - Reuters]

«A charred goat lies in a burnt forest near Minthi village in Greece's western Peloponnese peninsula. » [Washington Post]

JUMENTO DO DIA


Durão Barroso quer meter-nos os dedos pelos olhos?

Alguém acredita que uma figura menor do PSD aceita gorjetas de 233000 euros sem que o presidente do partido saiba? É evidente que ninguém acredita nisso, assim como é evidente que estas coisas não deixam papeis escritos, portanto Durão Barroso pode dizer que não teve qualquer responsabilidade no financiamento ilegal do PSD.

Mais uma vez (começa a ser frequente) conta a anedota do compadre que foi ao bordel, quando estava com duas profissionais do ramo entrou-lhe uma rusga pela porta dentro, a primeira menina identificou-se como sendo cabeleireira, a segunda como manicura, aí o nosso compadre exclamou"querem ver que a p* sou eu?".

Quem tratava dos dinheiros do PSD e fez um favor à Somague não sabia de nada e Pacheco Pereira garante que a sua honestidade é inquestionável., o secretário-geral assumiu a responsabilidade política mas assegura que não sabia de nada, agora o presidente diz que não tinha nada que ver com assuntos cuja competência estava delegada. Está visto, quem mandou as facturas para a Somague pagar foi aqui o Jumento!

Enfim, Durão Barroso quer meter-nos os dedos pelos olhos.

AS ZARAGATAS NO PSD

«A zaragata no PSD não é de agora. É de nascença. Acentuou-se com a ascensão ao Poder do dr. Cavaco. A ausência de doutrina, de projecto, de ideologia, notoriamente exibida pelo economista, foi substituída pela disposição de retirar importância à política e promover a tecnocracia como fórmula salvadora de todos os males. A rigidez, o autoritarismo e a flagrante carência de cultura humanística ajudaram a criar o postiço institucional que ressaltou para um povo afogado em iliteracia, propenso a crer em milagres e a entregar o destino próprio em mãos alheias.» [Diário de Notícias]

Parecer:

De Baptista Bastos

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O "NOVO VIETNAME" JÁ ERA

«Em que ficamos? Ainda a guerra no Iraque não tinha começado e já os apoiantes de Bush negavam com estridência que ela se pudesse tornar num "novo Vietname". Agora, afirma o próprio Bush que a guerra não pode terminar para que não se torne num "novo Vietname". Mas, tipicamente, Bush chegou ao fantasma do "novo Vietname" num momento em que ele já não quer dizer nada: o desastre iraquiano está num campeonato à parte. Bush terá muita sorte, se o Iraque não se tornar a bitola dos fracassos futuros.

O "novo Vietname" já era; qualquer aventura da superpotência correrá agora o risco de ser apelidada de "um novo Iraque".

O novo Iraque é uma mistura de caos e falta de transparência única no mundo. Milhões de dólares iraquianos ou estrangeiros desaparecem, às vezes dos cofres dos próprios ministérios, às vezes em simultâneo com os próprios ministros. O exército e a polícia estão dominados pelas milícias xiitas. Para compensar, o exército americano começou a dar armas (alegadamente "para conter a Al-Qaeda") às tribos sunitas que antes eram inimigas e amanhã podem voltar a ser. Os sunitas aceitam-nas prevendo batalhas futuras contra os xiitas e os curdos. Ainda ontem o New York Times noticiava a descoberta de uma rede envolvendo militares que pode ter defraudado o contribuinte americano em milhares de milhões de dólares na compra de armas supostamente destinadas para as tropas iraquianas e americanas. Ninguém sabe quanto dinheiro e quantas armas andam à solta. Mesmo o número de três mil soldados americanos mortos esconde a face oculta dos mercenários contratados, tão invisíveis quanto essenciais: há generais no terreno cuja segurança é garantida por mercenários. Se um mercenário morre, não entra para as estatísticas.

Com a situação nestes termos é que Bush veio agora lembrar-se do "novo Vietname". Na guerra do Vietname, na qual o jovem Bush se esquivou de combater, os EUA tentavam impedir um país de se reunificar. No Iraque, os EUA tentam segurar um país em cacos armando todas as partes.

Bush disse que, quando os EUA abandonaram o Vietname, milhões de pessoas sofreram. Mesmo esquecendo (como é hábito) os milhões de pessoas que sofreram enquanto os EUA não abandonaram o Vietname. É que, tal como hoje, não "podiam" abandonar: os apoiantes da guerra anunciavam que, caso os EUA retirassem, o comunismo tomaria conta do Sudoeste asiático. Aí sim houve catástrofe humanitária, e uma das piores de sempre. Mas foi no país do lado, o Camboja; quem a conseguiu deter foi o inimigo de então, o vietcong.

Agora Bush anuncia que os EUA não podem retirar, porque haverá uma catástrofe humanitária no Iraque. Mesmo esquecendo (como é hábito) a catástrofe humanitária que já temos: meio milhão de mortos desde a invasão, em estimativas por baixo. Mesmo esquecendo que essa era a razão para não ter começado a guerra. Mesmo esquecendo tudo isso, é verdade. A chantagem de Bush não é menos verdade por ser chantagem, nem menos chantagem por ser verdade. O Iraque pode cair num buraco sem fundo, certamente pior do que o Vietname quando ganhou a guerra.

Agora é que Bush viu o túnel ao fundo do túnel. Não é só um problema de compreensão lenta; é compreensão lenta e às avessas.

Amanhã continuamos.» [Público assinantes]

Parecer:

Rui Tavares relembra a "desgraça" que se instalou no Iraque.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ANEDOTA DO DIA

«O Exército garantiu ontem que os especialistas com avenças entre 6700 euros e 14 716 euros por mês, como revelou o CM na edição de sábado passado, “nunca receberam aqueles valores, apesar de estarem previstos no contrato, porque nunca trabalharam 35 horas por semana”, nas palavras do tenente-coronel Hélder Perdigão, porta-voz daquele ramo.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Uma explicação muito interessante.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao tenente-coronel se acha que, afinal, ficaram baratos.»

GOVERNO CONTRATA EMPRESA QUE NÃO PAGA À SEGURANÇA SOCIAL

«A empresa responsável pela segurança na Loja do Cidadão de Viseu (LCV), a VIPRESE, tem dívidas à Segurança Social, facto que deveria tê-la excluído à partida do concurso público, aberto pela loja para a prestação deste serviço em 2005. No entanto, a VIPRESE não só concorreu como venceu e ficou à frente de outros concorrentes.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Assim é fácil ganhar concursos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o responsável do organismo que lançou o concurso.»

NÃO HÁ DUAS SEM TRÊS

«O Presidente da República, Cavaco Silva, vetou hoje a lei orgânica da Guarda Nacional Republicana, e devolveu ao Parlamento para reapreciação o diploma aprovado a 19 de Julho apenas com os votos do PS.

«Decidi, pois, conforme o nº1 do artigo 136º da Constituição da República Portuguesa, solicitar nova apreciação do Decreto nº 160/X, devolvendo-o para este efeito à Assembleia da República sem promulgação», refere Cavaco Silva, chefe supremo das Forças Armadas, numa mensagem divulgada no site da Presidência da República.» [Portugal Diário]

Parecer:

Um veto que era previsível.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a decisão do Presidente da República»

ACREDITA QUEM QUISER

«Durão Barroso escreveu ao presidente do Parlamento Europeu para garantir que não teve qualquer conhecimento ou intervenção no caso do financiamento da empresa de construção civil Somague ao PSD, considerado ilegal pelo Tribunal de Contas. O actual presidente da Comissão Europeia era o líder dos sociais-democratas à época, em 2001.

"De facto, não tive qualquer conhecimento, nem evidentemente qualquer intervenção neste caso, nem em qualquer situação especificamente ligada ao financiamento do partido", escreveu o presidente da Comissão Europeia na carta endereçada a Hans Gert Poettering, a que a agência Lusa teve acesso.» [Público]

Parecer:

Digamos que Durão Barroso não perdia tempo com gorjetas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Durão Barroso se acha que somos ingénuos.»

O ROSTO PORNOGRÁFICO DE GEORGE BUSH

«Jonathan Yeo, un artista británico, ha hecho un retrato del presidente de los EE UU George W. Bush, con fragmentos de ilustraciones pornográficas. La obra esta expuesta desde ayer en la galería de arte Lazarides, situada en el Soho de Londres. El retrato ha generado bastante polémica entre los medios conservadores estadounidenses, y eso que el artista es hijo de un miembro del partido conservador, el miembro del parlamento británico Tim Yeo.» [El Pais]

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