segunda-feira, agosto 27, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Carrossel

IMAGEM DO DIA

[Stringer/AFP]

«LOSEVO, RUSSIA - Participants of the 5th annual Bubble Baba Challenge tournament start the race on August 25, 2007 at the village of Losevo, some 80 km from St. Petersburg.» [Tiscali]

JUMENTO DO DIA

O único

Louçã Foi o único político que vi ser entrevistado pela RTP no funeral de Eduardo Prado Coelho, será que é família, o falecido ensaísta era um destacado militante do BE, morariam na mesma rua ou Louçã não perde uma oportunidade para gerir a sua imagem? Não há limites para a cagança de Francisco Louçã.

Para Louçã tudo serve para aparecer na televisão e não é a primeira vez que faz o papel de político de serviço em funerais.

AI SIMPLEX

«Há momentos em que nos damos conta de que o Simplex, essa excelente e meritória iniciativa concebida por Maria Manuel Leitão Marques, está a funcionar, mas há outras em que choramos pela sua ausência, na expectativa de que um dia, não demasiado longínquo para a nossa esperança de vida, chegue. Dei-me conta disso ao acompanhar e mesmo participar no processo de legalização em Portugal de alguém que trabalha em minha casa há já algum tempo, e que, pelas suas capacidades profissionais, e sobretudo pelas suas qualidades humanas (como pude comprovar em período recente da minha existência) é pessoa de quem é fácil gostarmos: a brasileira Maria Nágila Bezerra, pessoa de permanente bom humor, que ri mesmo quando conta as mais terríveis tropelias a que possa ter sido sujeita.

Sucede que há algumas semanas atrás começou a não aparecer ou a chegar mais tarde. Não se tratava, como vim a saber, de deambulações existenciais por montes e vales, nem mesmo de acessos místicos, mas antes de razões infelizmente mais prosaicas: ia ao SEF. Rapidamente descobri que se tratava do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. E pude compreender que o modo de funcionamento desta instituição nem sempre teria aquela perfeição que nós desejaríamos para um serviço público em área tão sensível como esta. Comprova-se que, se por vezes encontramos funcionários amáveis e colaborantes, desejosos de nos facilitar a vida, outras há em que nos confrontamos com pessoas stressadas e amarguradas pelo amarelo das paredes e os dramas conjugais para os quais quase nunca contribuímos mas de que pagamos as implacáveis consequências. Para ir ao SEF, a Nágila levantava-se antes de o Sol nascer para se deslocar de Alverca até Lisboa, onde, às portas do SEF, se organizava uma fila imensa de pessoas que esperavam cinco e seis horas para serem atendidas. E quem as atendia? Gente zangada com a vida que parecia ter uma especial volúpia em criar dificuldades: incapazes de explicarem tudo o que as pessoas precisavam de levar, incapazes de perceberem que as pessoas que atendiam tinham certas limitações na compreensão dos mecanismos burocráticos portugueses, descobriam sempre mais papéis que faltavam, o que obrigava a recomeçar tão exaltante peregrinação.

Tenho à minha frente o papel que acabou, ao cabo de porfiados esforços, por lhe ser dado e que, num português em que "há menos" se escreve "à menos", se intitula "Renovação de Autorização de Permanência Temporária para Trabalho subordinado", esclarecendo-se, para consolo das nossas almas, que é ao abrigo do art. 217, n.º 1, da Lei 23/207 de 04 de Julho. Que é preciso? Um passaporte válido, um comprovativo das condições de alojamento (contrato ou atestado da Junta de Freguesia), declaração do IRS e cópia da nota de liquidação relativa ao ano fiscal anterior, contrato de trabalho e declaração actualizada da entidade patronal a atestar o vínculo laboral, declaração da Segurança Social regularizada a confirmar os descontos efectuados, requerimento em impresso de modelo próprio (http://www.sef.pt/) e duas fotografias. Com todas estas tarefas, por sucessivos dias, a Nágila deixou de aparecer. Andava por Alverca e Lisboa à procura de papéis - belo ideal de vida. Única vantagem: aprimorei a minha capacidade de fazer camas. E vou melhorando noutras tarefas domésticas.» [Público assinantes]

Parecer:

O adeus de Eduardo Prado Coelho no jornal Público.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

FORÇAS DE BLOQUEIO

«O Presidente da República vetou ontem o regime de responsabilidade civil extracontratual do Estado. Se a Assembleia confirmar o veto, isto significa que o Estado deixará de ser legalmente responsável por qualquer dano que infligir a um cidadão (a si e a mim), faça o que fizer ou tome as decisões que tomar. O Estado pode, por exemplo, condenar um inocente por pressão política sem o indemnizar, pode legislar ad hominem como bem entender e lhe convier e pode com uma lei, um regulamento ou uma obra anular o valor de uma propriedade. Pode tudo e ninguém lhe pode pedir contas, porque goza de uma impunidade absoluta, que nega os próprios fundamentos do direito como até agora entendido no Ocidente civilizado. E uma pessoa pergunta, quando lê isto na página 9 de um jornal, como se o caso não passasse de uma trivialidade de Verão: o que deu ao dr. Cavaco?

Para responder, basta um conhecimento sumário da cabeça da personagem. O dr. Cavaco sempre viu o mundo pela frincha da "sanidade e equilíbrio das finanças públicas" (que andam mal) e do crescimento económico. Na responsabilidade civil extracontratual do Estado o que ele teme (e não hesita em dizer) é que o Estado tenha de pagar a particulares muitas centenas de milhões pelos prejuízos que eles sofreram e que pesariam inevitavelmente sobre o Orçamento. E também teme, como se compreenderá, a "sobrecarga" do judiciário e os "processos de averiguação", que iriam com certeza revelar processos de administração, presumivelmente pouco compatíveis com a ideia de honestidade e limpeza da generalidade dos portugueses. Por outras palavras, Cavaco prefere não agitar a sopa (de que ele desconfia), em nome da dívida, do défice e da confiança. É uma escolha.

Mas Cavaco objecta principalmente à responsabilização do executivo (nacional e local) e dos funcionários que o servem, quando por toda a parte (a começar pela América) se tenta reduzir o seu arbítrio. O Presidente acha que a responsabilização acabará por levar à "paralisia". Este argumento equipara no fundo a eficiência a uma autoridade sem vigilância e sem limites. É uma simples variante da velha execração às "forças de bloqueio". Parece que a acumulação de atropelos e de erros da desconjuntada democracia indígena não ensino nada ao dr. Cavaco. Não era, de resto, de esperar que ensinasse.» [Público assinantes]

Parecer:

Vasco Pulido Valente não gostou do veto de Cavaco Silva ao regime de responsabilidade civil extracontratual do Estado

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

COBARDE-EUFÉMIO

«"Não invadi propriedade privada e os que invadiram não estão identificados.” É desta forma que o porta-voz do movimento Verde Eufémia, que destruiu no dia 17, na Herdade da Lameira, em Silves, um hectare de milho transgénico, se refere às acções judiciais que deverão ser interpostas contra os activistas.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Este senhor dá-nos um bom exemplo do que é a cobardia, organizou, não deu a cara e ainda vem armado em parvo dar entrevistas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Responsabilize-se o idota-eufémio enquanto responsável moral.»

O HERÓI DE ALCOCHETE

«A construção da infra-estrutura em Alcochete vai permitir gastar apenas “metade do que se iria gastar se fosse a Ota a receber o novo aeroporto como o Governo desejava”, defendeu o líder dos sociais-democratas. Deste modo, “se não tivesse sido a nossa pressão, que fez o Governo recuar, o país ia gastar muito mais dinheiro do que vai gastar”, concluiu.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Marques Mendes já clama vitória.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Marques Mendes que leia bem as notícias.»

MACÁRIO CORREIA ESTÁ A ENTERRAR-SE

«Teresa Sequeira, que alega ter sido assediada sexualmente por Macário Correia, viu renovada a sua comissão de serviço enquanto chefe da divisão jurídica a 31 de Maio de 2005, tendo a tomada de posse ocorrido a 27 de Junho do mesmo ano. No termo de posse, ao qual o DN teve acesso, estão as assinaturas da jurista da Câmara de Tavira e do seu presidente, este último com a indicação "por competência própria" - ou seja, sem ter delegado em ninguém aquele acto.» [Diário de Notícias]

Parecer:

O caminho que adoptou para se defender foi desastroso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Macário que apresente uma defesa consistente ou seremos forçados a oferecer-lhe uma caneta para assinar as suas cartas de demissão.»

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. A "XX-Woman" presta homenagem a Eduardo Prado Coelho republicando a sua penúltima crónica.
  2. O "Aberratiu Ictus"não percebeu bem o que é um transgénico.
  3. O "Epá Cum Catano... " designou O Jumento para "Fly Award". Obrigado.
  4. O "Escudo" sugere-nos a adopção de um burro.
  5. O "Congeminações" comentou a acção dos verde-eufémios.
  6. O "Tomar Partido" reproduz a evocação dos 40 anos do Big Mac.

GOOGLEVILLE, O NOVO CENTRO DE DADOS DA GOOGLE [Imagens]

CLAIRE

ABE TALTRE

ASHLEE

CZIIKI

JOSEPHINE CHERVINSKA

ESCORREGA "EXTRAVAGANZA"

A CAMPANHA DO ESTADO DE SÃO PAULO CONTRA OS BLOGUES

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ANCAP

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Advertising Agency: Marmalade
Agency Location: Melbourne, Australia
Creative Director: Neil Mallet
Art Director: Tim Forte
Copywriter: Greg Foyster
Account Director: Andrew Drougas
Photographer: Derek Swalwell
Retoucher: Rohan Voigt

EARTH LOVE MOVEMENT

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Art Directors: Alexander Stauss, Eleonora Berenyi

PLAZZA COFFEE

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