sábado, setembro 22, 2012

Até dia 15


A direita portuguesa continua a ser burra como de costume, o governo disse que ia modelar a sacanice, o sogro do novo dono do Pavilhão Atlântico fez uns arranjinhos nos bastidores, o Portas e o Passos fizeram uma encenação de arrufos de namorados, o Vítor Gaspar foi para a Alemanha elogiar os manifestantes portugueses, os mesmos a quem elogiava a paciência, os caciques locais e regionais do PSD e do CDS deram uns guinchos para aliviar o sofrimento exemplar dos idiotas das bases, Até o Nogueira Leite disse que se pirava. Só António Borges, o único português que arranjou dois empregos incompatíveis depois de ter exercido sucessivamente dois cargos igualmente incompatíveis, andou desaparecido e em vez de dar assessoria às bestas do governo deverá ter optado por escovar os seus cavalo em Alter.
   
A direita portuguesa nunca teve a inteligência do povo português em grande consideração, influenciada para muitas décadas por um salazarismo cuja categoria intelectual nunca conseguiu repetir (Salazar deve estar quase a ressuscitar de tantas gargalhas que dará na campa ao ver as baboseiras deste governo). A política não é coisa para povo mas sim para políticos encartados, nem que para isso tenham recorrido às equivalências da Lusófona. A direita acha que o povo é uma massa de idiotas, facilmente enganados e que troca as preocupações por uma boa festa com direito a bebedeira e foguetório, pensam que o país é um imenso Chão de Lagoas.
   
O governo usa e abusa da a ameaça da troika para forçar os portugueses a aceitar a reformatação do país segundo um projecto escondido e que nada tem que ver com a solução da crise financeiro ou com o crescimento sustentado. O excesso brutal de austeridade visa uma alteração brutal na distribuição do rendimento, fazendo o país recuar a um modelo social dos tempos do princípio do século XX. Foi para isso que serviu o excesso de austeridade já imposto, mas como o projecto falhou o governo dos imbecis volta a repetir a dose, desta vez aumentada pois é preciso recuperar os mais de 4.000 milhões de euros de receita fiscal que o incompetente do Gaspar foi incapaz de cobrar.
   
O muito mais do que a troika é um projecto canalha de tirar aos pobres não apenas para resolver a crise financeira mas também para aumentar a riqueza dos que já são ricos. Se alguém pensa que gente como o Moedas, o António Borges, o Passos Coelho, o Vítor Gaspar ou o doutoríssimo dr Migue, Relvas vão abandonar este projecto está enganado. Esta gente adopta algumas medidas da treta que não atingem a riqueza de ninguém e pela calada vão continuar a implementar o projecto doentio que os tem norteado.
   
Mais tarde ou mais cedo o povo vai aperceber-se do logro montado pelos partidos de direita com o apadrinhamento do sogro do dono do Pavilhão Atlântico. Quando isso suceder voltaremos todos para a rua, mas seremos muito mais do que 600 mil e não voltaremos a casa sem que este governo canalha tenha caído e a certeza de que vão provar de uma lei inconstitucional como eles tanto gostam para que possam ser julgados pelos crimes contra a economia e contra o povo que cometeram. Alguém tem de pagar pela desgraça, pelos doentes que deixaram de ir aos médicos, pelos que perderam as casas, pelos que tiraram os filhos das escolas e pelos que se suicidaram só para que o país fosse sujeito às experiências conduzida por gente incompetente, mal preparada e mal formada.