domingo, setembro 23, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura-


 
   Foto Jumento
 

   
Graffiti, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Ilhéus. Brasil [A. Cabral]   
A mentira do dia d'O Jumento
 

Jumento do dia
   
Passos Coelho
 
Passos Coelho pede sugestões alternativas para o roubo que pretendia fazer aos trabalhadores através da TSU, o que significa que insiste em sacanear o acórdão do Tribunal Constitucional, que quer financiar os patrões à custa dos portugueses e que não tem ideias para governar.

Até parece bonito que um primeiro-ministro solicite ideias, mas o problema é que enquanto destruiu empregos, levou empresas à falência e empurrou a economia para uma recessão cada vez maior não só não pediu ideias alternativas, como não aceitou qualquer sugestão.

Passos Coelho não concorreu a primeiro-ministro para pedir ideias, concorreu com um programa eleitoral que depois foi vertido num programa de governo, agora é uma questão de cumprir a obrigação constitucional de aplicar um programa que foi aprovado pela maioria dos deputados e deixar-se de imbecilidades pois o país não é uma associação de estudantes do ensino preparatório.

Se um primeiro-ministro não sabe o que fazer não pede ideias, demite-se.
 
«"O Conselho de Estado foi informado da disponibilidade do Governo para, no quadro da concertação social, estudar alternativas à alteração da Taxa Social Única", lê-se no comunicado divulgado após à reunião do Conselho de Estado, que durou cerca de oito horas.

Passos Coelho e Vítor Gaspar, que apresentou um 'powerpoint' no arranque da reunião, terão assim anunciado que o Governo vai recuar, senão abandonar, a intenção de subir em sete pontos, de 11 para 18%, as contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social, baixando ao mesmo tempo em 5,75 pontos a TSU para as empresas.

O comunicado do Conselho de Estado remete para a reunião da próxima segunda-feira da concertação social, que será presidida por Passos Coelho, os resultados práticos dessa "disponibilidade do Governo".» [DE]
   
 E o governo governava também

Se recuarmos duas semanas as notícias eram uma maravilha, o Vítor Gaspar ainda era o melhor aluno da turma, o Passos desprezava o Seguro, a troika não se cansava de elogiar o ajustamento português, tudo corria às mil maravilhas.
  
De repente e por obra do imbecil de Massmá o país conheceu a verdade, a troika está a tentar limpar-se, o Gaspar é um aluno mediano, o Passos não está preparado e até os jornalistas se lembraram de uma ou outro princípio deontológico de que estavam esquecidos. 

 Um governo original
 
Portugal tem o governo de coligação mais original de que há memória, tem o presidente do maior partido como primeiro-ministro, o presidente do outro partido abaixo do Vítor Gaspar e acima deles todos há uns comissários cuja tarefa é assegurar que os primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros não digam asneiras.
 
 Aceitam-se ideias

Quando ainda era candidato a primeiro-ministro e o Gasparoika ainda não o tinha deslumbrado com o seu projecto de destruição do país Passos Coelho opunha-se a aumento de impostos e defendia cortes nas despesas. Até criou um site para que os militantes do PSD, habitualmente doutorados em Castelo de Vide ou outros licenciados do tipo Relvas, davam as suas ideias. No fim ficou tudo em águas de bacalhau.
  
Agora o imbecil de Massamá já é primeiro-ministro, já tem o Gasparoika e já quase destruiu a economia nacional e está novamente enrascado, c omo não sabe o que fazer porque o tal Gasparoika só tem vocação para lixar os portugueses o primeiro-ministro recorreu ao velho truque e em vez de governar com base no seu programa de governo anda a pedir alternativas à TSU.
  
Aqui fica uma ideia para criar emprego, porque não aumentar o IVA de 23 para 24% e com a receita financiar as idas dos nossos patrões às putas. Patrões felizes investem mais, criam mais empregos. O país precisa de patrões com pica e não os patrões acomodados que o Carlos Moedas tanto criticou.

 Os detidos nas manifestações
 
Concorda-se que quem abusa da violência nas manifestações seja apresentado à justiça, como vai suceder com os cinco detidos na vigília junto a Belém. O que não se aceita é que haja dois pesos e duas medidas em função de se ter ou não farda da PSD. Se um polícia que poderia ter ido para bandido mas por cobardia optou por ser polícia der largas aos seus institntos violentos e agredir selvaticamente jornalistas não lhe sucede nada, se um manifestante atirar um fósforo na direcção de um polícia pode ser preso e ser presente ao juiz.

Que justiça foi feita ao polícia que agrediu violentamente jornalistas que faziam a cobertura de uma manifestação no Chiado? Será necessário fazer uma manifestação junto do ministério para que o ministro da Administração Interna se lembre que em 1974 aconteceu um 25 de Abril e que os bandidos fardados deixaram de poder andar à solta?
 

  
 O meu suave conselho ao Estado
   
«Sobre o que se passou ontem no Conselho de Estado não saberemos nada, a não ser o deslavado comunicado final. Aquilo é gente de raro conselho mas muito sentido de Estado, nada transpira dela. Eu gostava era que entre os 19 conselheiros houvesse um venenoso e com programa televisivo dominical. Um conselheiro que gostasse de inventar - com a mordacidade, sei lá, de uma falsa vichyssoise no Palácio de Belém - uma reunião bem-disposta. Aquilo começou, dir-nos-ia o nosso bom malandro, com o Cavaco a dizer ao Vítor Gaspar: "Sr. ministro, pode falar em termos técnicos, porque nesta sala há dois especialistas em Finanças." Imitando o modo ralenti, o hipotético conselheiro arrastaria as palavras, dizendo que Gaspar respondera assim: "Dois especialistas, sr. Presidente. Não, três! Além do senhor e de mim, há ainda o Vítor Bento." Mas, segundo a mesma fonte, Cavaco teria atalhado: "Quando eu disse duas, já contava com o professor Vítor Bento." A fonte diria também que Cavaco pusera à votação o que fazer com a TSU. O que deu um empate: seis votaram por fazer modulação com ela, seis votaram por modelação e seis preferiram uma remodelação. Isso faz 18 votantes entre os 19 conselheiros: "Soares passava pelas brasas", diria com olhinhos de gozo o nosso televisivo conselheiro... Era um relato destes que justificava a reunião do Conselho de Estado. Porque se é para ficarmos no registo sério, sou radical: quem foi votado para governar, que governe.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.   
      
     
 Pobre Cristas, a criatura não feita para estas coisas
   
«Duzentos agricultores, que esperavam a ministra da Agricultura, ontem à tarde na Agrovouga, em Aveiro, pediram a demissão de Assunção Cristas, recebida com assobios. A feira agrícola e pecuária acabou por ser o palco para os manifestantes acusarem o Governo de querer "matar a pequena e média agricultura". » [CM]
   
Parecer:
 
Isto está a ficar mal, nem a santinha do CDS já pode sair à rua.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
      
 E o prémio de excelência na gestão pública vai para...
   
«O inquilino, que era bombeiro, vivia com a família num apartamento do Bairro Barcelos II. Por motivos desconhecidos, deixou de pagar a renda – 44,37 euros por mês – em 1998 e morreu em 2000.
   
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, a quem pertence o imóvel, só se apercebeu do caso este ano, já a dívida ascendia a milhares de euros. Deu entrada no tribunal com a acção de despejo e o pedido de cobrança da dívida, dando hipótese de o inquilino contestar em 20 dias, desconhecendo a morte do homem e da mulher.» [CM]
   
Parecer:
 
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Organize-se uma cerimónia e convidem-se todos os responsáveis desde 1998 para receberem o prémio!»
   
 Até tu Melícias
   
«O presidente emérito da Confederação Internacional das Misericórdias (CIM), padre Vítor Melícias, condenou hoje o "assédio à dignidade do pobre", numa declaração a propósito das medidas de austeridade em Portugal.
   
"É extremamente urgente que se travem estas medidas tão aceleradas de austeridade, com incidência sobretudo financeira", preconizou o também ministro provincial dos Franciscanos e membro do Comité Económico e Social em Bruxelas.» [DN]
   
Parecer:
 
Mais uma personalidade a rejeitar a pinochetada do Gasparoika.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «O Padre Melícias que se ponha a pau com as críticas ao governo, para a semana o CM vai divulgar quanto ganha em reformas.»
   
 Sede de PSD alvo de pichagens
   
«Desconhecidos pintaram, na noite de hoje, inscrições de contestação à troika e ao ministro dos assuntos Parlamentares na sede concelhia de Matosinhos do PSD.
   
"Fora troika" e "Relvas vai estudar" são algumas das frases inscritas a verde na parede cor de laranja da sede partidária, situada na rua Mouzinho de Albuquerque.» [Expresso]
   
Parecer:
 
O PSD ainda não percebeu a dimensão do ódio que vai crescendo na sociedade portuguesa, começou no Relvas, passou ao Gaspar e já vai nos partidos da coligação, a queda deste governo canalha começa a ser inevitável ainda que Passos não o veja, o homem é um pouco lerdo como se sabe, e o sogro do dono do Pavilhão Atlântico não quer ver.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 O Gaspar é que manda!
   
«Todas as acções de formação destinadas aos desempregados e aos jovens, previstas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) até ao final do ano e que ainda não se tenham iniciado, estão suspensas e só uma autorização do ministro das Finanças as poderá desbloquear. Esta é uma das consequências do despacho, assinado na semana passada por Vítor Gaspar, que proíbe a generalidade dos organismos públicos de assumirem novas despesas com a aquisição de bens e serviços. 
   
A direcção do IEFP diz que "não foi suspensa nenhuma acção de formação". Mas, acrescenta de imediato, "o início de novas acções encontra-se abrangido pelo despacho de 12 de Setembro (...), que sujeita a aprovação prévia a assunção de novos compromissos resultantes da aquisição de serviços, nos quais se inclui a actividade de formadores e a aquisição de espaços formativos".» [Público]
   
Parecer:
 
A verdade é que o Gasparoika é o verdadeiro primeiro-ministro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Lambretas e ao sô Álvaro se sabem qual o significado da palavra dignidade.»