terça-feira, setembro 11, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura -


 
   Foto Jumento
   
 
 
Chapim-real [Parus major], Quinta das Conchas, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Locomotiva, Régua [J. Ferreira]   
 
Jumento do dia
  
Paulo Portas
 
Começa a ser evidente que a oposição do CDS a um aumento dos impostos não passava de uma fraude política, isso era claro na medida que nesta questão (como em muitas outras) Paulo Portas não foi mais do que um pau mandado de interesses empresariais ligados ao comércio do alcoolismo, a primeira oposição a um aumento de impostos não veio do líder do CDS mas sim do Pires de Lima, o verdadeiro dono do CDS.

Agora fica claro que a oposição do CDS a um aumento dos impostos não resultava do receio de aplicar ao sector privado os cortes salariais do sector público mas sim a intenção de reservar os cortes neste sector para receita dos patrões. Dizerem que não houve um aumento dos impostos é uma forma cínica de não assumirem a responsabilidade por esta actuação neo nazi.
 
«O ex-líder do CDS-PP e deputado Ribeiro e Castro considerou hoje indispensável que o presidente do partido e ministro Paulo Portas apresente a sua visão sobre as medidas de austeridade, que as pessoas sentem "como um imposto".
   
"É indispensável e aguardo nos próximos dias, na primeira oportunidade, que o presidente do CDS, que é quem muito bem nos representa na direção política do Governo, faça ele próprio o anúncio da sua visão e das explicações sobre a situação do país, é isso que nos preocupa, onde é que estamos, para onde é que vamos, essa é a questão fundamental", afirmou.» [i]
 

  
 O povo é sereno, dizia Pinheiro de Azevedo
   
«Esta sórdida política vai, em nome dos “falcões” do dinheiro, rapinar os magros salários dos portugueses, sujeitando-os a um indigno calvário de pobreza e humilhação
   
No sábado à noite, Pedro Passos Coelho escreveu, como “cidadão e como pai”, um texto com meia dúzia de parágrafos na sua página do Facebook. Nessa breve nota, quase “intimista”, assinada por Pedro, pretendeu dizer o quão “ingrato” foi, para ele, o discurso em que teve de anunciar as medidas no dia anterior e, ao mesmo tempo, avisar “que os sacrifícios ainda não terminaram”, não fosse alguém esquecer-se que ainda tem muitas “culpas” para expiar antes do “juízo final”. O conteúdo das breves linhas, aparentemente dirigidas pelo primeiro-ministro aos seus “amigos” daquela “rede social”, é uma desastrada tentativa de “humanizar” o primeiro responsável pela sórdida política – a mais sórdida executada em Portugal desde 1976 –, que consiste, em nome dos “falcões” do dinheiro e da especulação financeira, rapinar até ao último cêntimo os magros salários da maioria dos portugueses, sujeitando-os a um indigno calvário de pobreza e humilhações. Como não podia deixar de ser, o tiro saiu-lhe pela culatra: a maioria dos comentários que horas depois já tinham sido feitos, mais de dezoito mil, são críticas de quem não acredita que estas medidas resolvam os nossos problemas, feitas com violência verbal, com achincalhamento político e pessoal do visado, com um requintado exercício de escárnio e maldizer, em muitos casos roçando o impropério e a ofensa que, caso representassem a indignação e a revolta de um país, o colocaria à beira de uma implosão social sem precedentes na sua história. Nem em Dezembro de 1640, nem em Outubro de 1910, nem em Abril de 1975.
    
Esta tamanha indignação, expressa em milhares e milhares de comentários ao texto do senhor primeiro-ministro, no caso o Pedro, destilada em palavras de fel e de revolta, é produzida num território – a internet – de intervenção e participação ainda de privilégio, mas quase inacessível aos muitos milhões de portugueses que são as principais vítimas da voracidade implacável dos “senhores dos anéis”, dignamente representados por este governo sem escrúpulos. O que será então dito, em casa e nos cafés, pelo milhão e meio de portugueses que ganha o salário mínimo ou menos e que, em 2013, receberá menos de 400 euros por mês, quantia que, segundo um ex-ministro do PSD, não dá para comprar uns sapatos para a sua excelentíssima esposa o acompanhar a um “jantar de gala”? E que dirá, na farmácia e na mercearia, o milhão e meio de reformados e pensionistas com pensões de reforma abaixo de 500 euro mês? E o meio milhão de desempregados de longa duração sem qualquer subsídio ou o meio milhão de beneficiários do rendimento mínimo? Como não têm acesso à página do Facebook do senhor primeiro-ministro só vamos saber o que eles dizem nas próximas eleições – as autárquicas de 2013.
    
Uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que Passos Coelho falava verdade durante a campanha eleitoral, quando lhes disse que não aumentava impostos ou que não lhes roubava salários inteiros de uma assentada; uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que Passos Coelho lhes falava verdade quando disse que as “gorduras” do Estado davam e sobravam para pagar a factura de todos os desmandos dos governos anteriores, desde Cavaco Silva; uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que Passos Coelho falava verdade quando lhe disse que os sacrifícios eram a dividir por todos os portugueses, incluindo os que possuem riquezas imensas e os que lucram e ganham fortunas; uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que não era possível que alguém eleito o espoliasse desta maneira, como acreditou no equilíbrio dos poderes constituídos pelo regime democrático: que o Tribunal Constitucional servia para alguma coisa, tal como a eleição de um presidente da República.
   
Agora que a trapaça está exposta na montra, sem embalagem, nem fitinhas a adorná-la; agora que sabemos que o único objectivo deste governo é a redução dos salários e o empobrecimento dos portugueses, aguardamos o desfecho final. Ou tudo isto é só fumaça? Ou apenas “somos, socialmente, uma sociedade pacífica de revoltados”, como disse Miguel Torga?» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.   
     
     
 Até tu Alexandre?
   
«“É inaceitável sujeitar o país ao experimentalismo social - isto é fazer experiências com a economia nacional - a mando da ‘troika’ o que se traduz num profundo desrespeito pelos portugueses. É também preocupante o impacto destas decisões em termos sociais”, afirmou em entrevista à Rádio Renascença.
   
O empresário acusa o primeiro-ministro de não conhecer a realidade das empresas e que o argumento da criação de empregos através da redução da TSU não é válido.
   
“As decisões de redução da Taxa Social Única (TSU) para as empresas e o aumento para os trabalhadores para promover a competitividade só podem resultar de um enorme desconhecimento da realidade empresarial. Quem conheça o mundo das empresas sabe que estas medidas não terão impacto estrutural, nem sobre emprego nem sobre as exportações. O número de empregos criado será marginal, assim como será marginal o aumento das exportações”, disse.» [Dinheiro Vivo]
   
Parecer:
 
Parece que os cavaquistas não estão agradados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 Pirralhos fazem manobra de diversão
   
«Num comunicado enviado à agência Lusa, a organização de juventude presidida por Duarte Marques reagiu às medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apresentando "um conjunto de propostas complementares que imprimam maior equidade na distribuição dos sacrifícios".
   
"Exigimos ao Governo e ao nosso primeiro-ministro a tomada de medidas de corte na despesa pública que permitam conferir equidade entre os sacrifícios pedidos aos portugueses e os efetuados no emagrecimento do Estado", afirmam os jovens sociais-democratas, acrescentando que "o primeiro-ministro tem aqui a oportunidade, e a obrigação, de neste momento de especial dificuldade fazer opções claras no papel e funções do Estado".» [DN]
   
Parecer:
 
Idiotas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos pirralhos se não deviam estar deitados.»
   
 Xulos!
   
«"As companhias que estão melhor posicionadas para beneficiar desta medida são aquelas que têm mais capacidade instalada em Portugal, mais mão-de-obra e endividamento mais elevado, uma vez que a poupança de custos terá maior impacto a nível do ‘bottom-line'", lê-se num estudo do BESI sobre a redução, anunciada sexta-feira por Passos Coelho para 2013, em 5,75 pontos percentuais da Taxa Social Única (TSU) paga pelas empresas.
   
Segundo as contas do banco de investimento, em termos de percentagem do lucro líquido, Mota-Engil e Sonae são as cotadas do PSI 20 que mais poupam com a redução da TSU.
   
"De acordo com as nossas estimativas, a Ibersol, a Sonae e a Mota-Engil deverão beneficiar mais em termos de resultados, com as nossas previsões a apontarem para poupanças antes de impostos que deverão representar, respectivamente, 50%, 28% e 12% das estimativas de lucro líquido para 2013", refere no mesmo documento citado pela agência Reuters.» [DE]
   
Parecer:
 
Nem ao Salazar passaria fazer isto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Derrube-se o governo tão cedo quanto possível antes que destrua o que resta do país.»
   
 Nem os mercados acreditam
   
«Os juros da dívida soberana estão hoje pressionados a dois, cinco e dez anos em Portugal, após as novas medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
   
Cerca das 09:30, os juros da dívida soberana portuguesa a cinco e a 10 anos registavam subidas para os 6,009 por cento e 8,242 por cento (contra os 5,988 por cento e 8,096 por cento registados na sexta-feira).
   
A dois anos, os investidores pediam um juro de 4,217 por cento para comprarem dívida portuguesa, acima dos 4,139 por cento de sexta-feira.» [i]
   
Parecer:
 
Vem aí um conflito social grave, instabilidade política e a queda de um governo de irresponsáveis que querem implementar um programa discutido em discotecas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Nem todas as empresas agradecem o "bónus" neo-fascista
   
«O presidente da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), João Pedro Soares, diz que a redução da Taxa Social Única (TSU) não vai beneficiar os pequenos empresários, pela “falta de mercado” que a perda de salários vai causar “no circuito económico interno nacional”.» [Público]
   
Parecer:
 
Nem todos são defensores do esclavagismo como parecem ser os empresários amigos deste governo de discoteca.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Derrube-se o governo canalha.»
   
 Grandes filhos da ....
   
«Em quatro folhas A4, constam os ensinamentos dirigidos aos gabinetes ministeriais. São normas para responder às perguntas, da imprensa sobretudo, sobre as medidas de austeridade anunciadas.
   
O documento, que ensina os ministérios a justificarem medidas de austeridade, foi enviado logo na sexta-feira, dia do anúncio pelo primeiro-ministro, e dá instruções aos assessores de como lidar com a pergunta "é um novo aumento de impostos?". 
   
A encabeçar a lista de argumentos que os ministérios devem reproduzir para justificar as mexidas na Taxa Social Única, o Governo privilegia "o combate" ao desemprego. Fruto da melhoria das condições de tesouraria das empresas.
   
Além disso, os responsáveis pelo 'passa a palavra' devem também salientar o facto do aumento da TSU para os trabalhadores "reequilibra as contas para a Segurança Social, preservando o futuro, pensões, reformas, acesso aos mais desprotegidos da sociedade, e reforço de verbas para o desemprego".
   
Apesar de não apresentar contas sobre o verdadeiro impacto das medidas, o Governo mostra trabalho de casa ao comparar vários países no que toca às contribuições para a segurança social por parte dos patrões.
   
"As empresas deixam de ter a seu cargo a maior fatia das contribuições da segurança social", à semelhança do que se passa na Alemanha.
   
Se a questão incidir sobre a "insensibilidade social" das medidas, deve ser dito que "os trabalhadores do sector privado e do sector publico de menores rendimentos serão protegidos por um crédito fiscal em sede de IRS, por intermédio do qual terão ou uma redução do imposto a pagar, ou uma devolução maior" e que "os parceiros sociais terão um contributo muito importante a dar na definição do esquema mais adequado".» [Expresso]
   
Parecer:
 
Isto vai acabar à porrada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Até o pessoal do senhor Palma?
   
«O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou, esta segunda-feira, "incompreensível" e "inconstitucional" as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, avançando tratar-se de uma "flagrante violação" do princípio da igualdade.» [JN]
   
Parecer:
 
Isto está lindo está.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Até a GNR
   
«A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) admitiu esta segunda-feira realizar várias acções de protesto na rua, tendo em conta que os militares da GNR se sentem "duplamente penalizados" com as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo.» [CM]
   
Parecer:
 
Por este andar o PSD terá de criar as suas próprias SA e SS para reprimir as manifestações.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»