segunda-feira, setembro 17, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

Guincho-comum [Larus ridibundus], Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Peniche [A. Cabral]   
A mentira do dia d'O Jumento
 

   
Jumento do dia
   
Paulo Portas
 
Parece que o Paulo Portas chegou à brilhante conclusão de que as centenas de milhares de portugueses que vieram para a rua fizeram-no para premiar a cobardia polícia, a conivência com o empobrecimento forçado dos portugueses e para lhe dar mais poder no governo.

Paulo Portas não percebeu que para os portugueses ele é tão responsável pela dívida soberana como qualquer governante pois comprou os dois submarinos num negócio corrupto e que vieram para a rua também para correr com ele e com o seu partido.

Paulo Portas deu mais um dos seus golpes, defendeu-se de Passos Coelho e aproveitou-se das manifestações para recuar e armar-se em amaciador. Começou por mandar dizer que tinha conhecimento do golpe da TSU ainda que discordando, esperou para ver a dimensão das manifestações e quando percebeu que Passos Coelho tinha sido ligado à máquina falou ao país explicando como iria organizar o velório do líder do PSD.
     
 Hora das ratazanas a bordo da "Bounty"


 Mas que grande malandro, a promover acções clandestinas!
 
 
 Quem tira a carta a este governo que é um bêbado na estrada?


Este governo desrespeita tanto a Constituição como um condutor que ignora a existência de um Código da Estrada, tem tanta consideração pelos cidadãos quanta a que tem um bêbado a conduzir, para gente como Passos Coelho ou Vítor Gaspar a estrada é só deles, a vida dos outros não conta e não há nem regras nem peões a respeitar.
 
Cabe a Cavaco cumprir e fazer cumprir a Constituição, se não gosta de o fazer então que se retire para a Quinta da Coelha, mas enquanto insistir em ficar em Belém cabe-lhe velar para que este país não seja o Uganda privativo do Passos Coelho ou o Auschwitz de um qualquer Mengele da Economia. O país tem regras que devem ser respeitadas e uma coisa é exigir sacrifícios, outra é sujeitar os portugueses a experiências perigosas.
 
Se Cavaco não sabe o que fazer então que faça como qualquer cabo da guarda quando apanha um bêbado a conduzir, impede-o de prosseguir viagem e leva-o a um juiz para que fique sem carta. Este governo é perigoso demais para que possa continuar a governar, é um governo incompetente, que não tem consideração nem parece gostar dos portugueses e desrespeita a lei constitucional a que deve obedecer. 
 

  
 Conversa acabada
   
«1. Não há quem não tenha salientado a importância da existência de consensos políticos e sociais neste particularmente difícil momento da nossa história. E, justiça seja feita, o Governo conseguiu com os anúncios dos últimos dez dias o maior consenso político e social desde que chegou ao poder: não há ninguém que defenda as novas medidas de austeridade. Não há defensor acérrimo da austeridade que se tenha posto ao lado do Governo, não há patrão contente por lhe "aliviarem" a tesouraria (não há palavras para definir as lições de gestão de Passos Coelho aos empresários e a sugestão de que ia interferir na tesouraria das empresas), não há sindicato compreensivo, não há senador, ex-presidente, e, especialmente, não há militante do PSD e do CDS que pense pela sua cabeça e não esteja absolutamente dependente da máquina partidária que apoie este esbulho aos trabalhadores por conta de outrem, este roubo aos reformados, esta irracionalidade económica, este plano de rápida destruição da economia dum país. O Governo uniu os portugueses contra si e, claro está, abriu uma crise política. Não foram os parceiros sociais, os credores ou a contestação social e política. Foi o próprio Governo. O Governo tinha dado todas as razões e mais algumas para que as pessoas quisessem vê-lo pelas costas: os ministros que o não são e os que são sem o não serem; o Executivo enxuto que se revelou uma confusão sem nome com comissões, grupos de trabalho e afins; as tricas entre os dois partidos da coligação; leis que não chegam a entrar em vigor por ter havido enganos...; gente sem o mínimo conhecimento da realidade em cargos vitais; as privatizações pouco transparentes, Relvas, RTP. A lista é longa. Mais que tudo, a prova de que os portugueses são o mais tolerante dos povos é a execução orçamental. O facto, que nunca é demais repetir, de que foram pedidos todos os sacrifícios para que se atingissem os miríficos 4,5% e, pelos vistos, vamos ficar lá pelos 6 ou 7%, seria prova mais do que suficiente para aquilatar do profundo fracasso do Governo, da sua incompetência, do erro da sua receita além troikiana. Mesmo assim, o Governo ainda dispunha de algum crédito. Mas perdeu-o quando chamou estúpidos aos portugueses. Quando tentou convencê--los de que a mesma receita podia dar resultados diferentes. Quando a demonstração da gritante injustiça de transferir dinheiro de pessoas que ganham 485 ou 1000 euros, depois de todos os sacrifícios impostos, para as empresas ficou evidente. Quando ficou transparente que este tipo de sacrifícios não vai resolver rigorosamente nada, ou melhor, vai conduzir Portugal para um buraco ainda mais fundo. Mas que não existam confusões: a crise que o Governo abriu não tem que ver com as possíveis dissensões entre os membros do PSD e do CDS do Governo, ou entre gente do PSD, ou com o facto de Cavaco Silva achar o novo pacote de austeridade uma loucura - como a sua porta-voz Ferreira Leite nos veio dizer - ou nem sequer com a injustiça ou o gigantesco disparate das medidas do dito pacote. O que fez deflagrar a crise política foi o facto de se ter quebrado o elo de confiança entre os eleitores e os seus representantes. Neste caso, entre o Governo e o povo. E, não há volta a dar, quando o laço de confiança entre poder político e cidadãos se quebra, é impossível repará-lo.
   
Os portugueses teriam rejeitado o romper de equilíbrios sociais em que a comunidade está alicerçada se lhes tivesse sido dito que esse era o plano. Os portugueses não teriam apoiado o caminho do empobrecimento generalizado como forma de chegar sabem os deuses onde, se esse projecto tivesse sido proposto. Ninguém votaria numa transferência de recursos dos mais pobres para os mais ricos aprofundando a nossa endémica desigualdade. Não estamos perante simples mudanças de rumo, correcções às promessas eleitorais, ou mesmo decisões inevitáveis. O Governo optou por um caminho que entra em ruptura com o conjunto de valores em que se baseia a nossa comunidade.   
Este Governo, para os cidadãos, caiu. Pode até manter-se em funções, mas já ninguém o respeitará.
2. Não faltarão vozes nos próximos dias a apelar à responsabilidade. À necessidade de este Governo se manter em funções, a demonstrar que o pior cenário do mundo seria a sua queda. Esqueçamos, por agora, que quem iniciou a crise foi o próprio Governo. O que neste momento importa saber é: o que seria pior para o País? Este Governo conseguir aprovar o Orçamento com as medidas já anunciadas e que inexoravelmente conduziriam o País para uma situação de ruptura social e económica lá para meados do próximo ano, tentar dentro do quadro parlamentar arranjar outra solução governativa ou anteciparem-se as eleições? A resposta não é simples, mas mantendo-se o Governo na linha anunciada qualquer das duas últimas soluções seria melhor do que a primeira.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.   
     
     
 Até os juízes?
   
«A Associação Portuguesa de Coleccionadores de Armas (APCA), presidida por um prestigiado juiz da Relação do Porto, apresentou à Câmara de Cascais facturas inflacionadas para receber um subsídio superior em 30.000 euros àquele que lhe era devido.
   
O presidente da associação, que dirige também a Aldeias de Crianças SOS Portugal, confirma a sobrefacturação e afirma que tudo foi feito com a concordância da câmara. A autarquia, que esta semana aprovou a instalação definitiva da APCA no Forte dos Oitavos, não confirma nem desmente.
   
Criada em 2005 e dirigida desde o início pelo juiz Raul Esteves, um dos fundadores e presidentes do Movimento Justiça e Democracia, a APCA inaugurou no final de 2009, no centro histórico de Cascais, o denominado Museu Português da Arma. Instalado provisoriamente num edifício alugado junto à esquadra da PSP, o museu foi montado com uma subvenção negociada logo em 2005 entre o município e a nóvel associação. O objectivo essencial do protocolo então celebrado consistia na "preservação do património nacional de armaria, sua classificação e apresentação pública".» [Público]
   
Parecer:
 
O que impressiona é ser um juiz a desempenhar o papel de vigarista e ainda se justifica.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»