sexta-feira, setembro 14, 2012

O último a sair que apague a luz


Os empresários que pretendam negociar com os seus trabalhadores, que optam pela concertação social, que queira paz social dentro das suas empresas que fujam deste país, o governo acha que os trabalhadores não passam de labregos a quem se cortam salários sem qualquer negociação.
  
Os melhores alunos das nossas universidades que pretendam seguir uma carreira académica que procurem outro país para prosseguirem os seus estudos, por cá o governo odeia gente qualificada no Estado e tudo faz para que fujam do país.
   
Os empresários que apostem em produtos de alto valor acrescentado que invistam noutros países, por cá temos um governo que defende a desqualificação dos trabalhadores, apenas protegendo (e mal) os que ganham o ordenado mínimo, isto é, apenas os trabalhadores sem qualificações merecem a preocupação de um governo para quem apenas o voto conta e quanto mais ignorante for o eleitor mais facilmente consegue o seu voto através do populismo.
  
Os empresários que tencionem manifestar as suas opiniões em público que procurem outro país, neste o governo não admite que um empresário critique as suas medidas e é o próprio primeiro-ministro que recorre à televisão para em directo tentar atirar os consumidores contra quem tiver ousado criticá-lo em público. Por cá governa um Mugabe que não hesita em perseguir empresários.
  
Os estudantes que pretendam seguir carreiras altamente qualificadas cujo maior empregador seja o Estado que procurem países governados por gente bem formada, por cá querem expulsar médios, enfermeiros e outros profissionais, querem pagar-lhe trezentos euros, tirar-lhe benefícios sociais, deixar de lhes pagar subsídios e ainda aumentar a TSU.
   
Os cidadão avessos a ditaduras do tipo do Zimbabwe de Robert Mugabe devem procurar um países democrático com um governo de gente bem formada, por cá quem se mete com os governantes leva, os empresários são difamados, os bispos são perseguidos por jagunços da comunicação social, respira-se um ambiente de ditadura de fascistas de discoteca.
   
Os que pretendam viver num Estado moderno onde se possa descontar com a certeza de que nenhum governo decide desviar esse dinheiro para o dar a amigos políticos que fuja, neste país o Estado social está a ser destruído por canalhas sem princípios e de nada serve ter descontado toda uma vida porque esta gente considera os idosos fardos descartáveis.