quinta-feira, junho 21, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Rui Rio, líder do PSD

Rui Rio tem-se aproveitado do conflito entre Governo e professores, algo que parece vir a resolver-se mais tarde ou mais ceedo, usando o argumento de que se ofereceu sem se ter, prova de que a situação financeira do país não é a que se diz. Agora que o seu amigo da Madeira se adiantou ao Governo para dar tudo o que os professores pediam, que argumento terá Rui Rio, que a situação financeira da Madeira é bem melhor do que a do país?

«Ao contrário do que se está a passar no continente, onde as negociações entre Governo e sindicatos ainda correm, os professores da Madeira já chegaram a um possível acordo com o executivo insular: vão recuperar todo o tempo de serviço ao longo de sete anos, revela o “Público” esta quarta-feira.

Na segunda-feira da semana passada, o executivo do Funchal propôs a recuperação integral do tempo de serviço dos professores em sete anos. A direção do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) decidiu ouvir os sócios e 85% destes votaram pelo regresso à mesa de negociações e cancelaram a greve que tinham agendada.

Portugal é só um, mas tudo indica que irão existir três soluções distintas para a questão da contagem do tempo de serviço dos professores que viram as suas carreiras congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017. Uma para os Açores, uma para a Madeira e outra para Portugal continental.

De acordo com o matutino, o calendário proposto pelo Governo social-democrata da Madeira estende-se por sete anos. Nos primeiros seis, os professores recuperam a cada ano 545 dias de tempo de serviço. No sétimo e último ano, vão buscar os restantes 141. No total, o equivalente aos mais de nove anos reclamados também no continente.» [Expresso]

      
 Conclusão brilhante
   
«A recompra de capital na TAP, concretizada em 2017, levou o Estado a assumir maiores responsabilidades na capitalização e financiamento da empresa, afirma o Tribunal de Contas numa auditoria aos processos de privatização da companhia aérea.  Apesar de o Governo socialista ter recuperado o controlo estratégico da companhia com esta operação, que lhe permitiu ficar com 50% do grupo de aviação, perdeu direitos económicos, que passaram de 34% para 5%, em futuras distribuições de dividendos. E o resultado final é uma maior exposição aos riscos adversos da empresa, onde se inclui a possibilidade de o Estado assumir a dívida bancária até à privatização.

O Tribunal de Contas destaca como aspeto positivo a viabilização da empresa, mas considera também que o processo da recomposição do capital da TAP “não conduziu ao resultado mais eficiente” e aponta o dedo aos governos e partidos que venderam e recompraram a transportadora, responsabilizando-os pela instabilidade legislativa e sucessivas alterações contratuais que marcaram o processo.» [Observador]
   
Parecer:

É óbvio que se o Estado recomprou tem mais responsabilidades do que quando a empresa era privada.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Incêndios de Pedrógão: mais três arguidos
   
«Há mais três pessoas constituídas arguidos no processo-crime em que se apuram responsabilidades pela morte de 66 pessoas, nos incêndios de Pedrógão Grande. Com este novo desenvolvimento, são já 13 os suspeitos de crimes que vão do “homicídio por negligência” a “ofensas corporais por negligência”.

O Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria refere, em comunicado divulgado esta terça-feira, que há três novos arguidos e que, tal como os dez anteriores, “todos pessoas singulares”. No processo instaurado depois dos incêndios de junho do ano passado, que mataram 66 pessoas, “estão em causa factos suscetíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência”, recorda o Ministério Público.» [Observador]
   
Parecer:

Parece que a justiça encontra responsáveis que os jornalistas e a comunicação social ignoraram de forma premeditada.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo julgamento.»

 Vem aí desgraça
   
«Depois de vários anos a financiar de forma expressiva vários clubes de futebol, o Millennium BCP já não o poderá fazer. Miguel Maya, o novo presidente-executivo, acaba de inscrever no regulamento interno que o banco não pode voltar a conceder empréstimos a clubes de futebol, não só pelo risco que incorporam, mas por não serem o seu core business (actividade estratégica).

Aliás, quando, em 2012, o BCP pediu três mil milhões de euros de fundos públicos para se capitalizar através da linha da troika, uma das condições impostas pelas autoridades europeias (em concreto, a DGComp) foi, precisamente, que o banco não aumentasse a sua exposição a clubes de futebol. Entretanto, em Fevereiro de 2017, o BCP liquidou a sua dívida ao Estado e as imposições de Bruxelas foram levantadas.

A decisão de Miguel Maya de inscrever agora no regulamento do BCP a proibição de dar financiamento aos clubes surge numa altura em que a relação do Sporting com a banca portuguesa se tornou explosiva.» [Público]
   
Parecer:

Isto pode significar a desgraça do SCP.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»