Agora que estamos em férias ou com pouca vontade de trabalhar e os políticos andam mais discretos, é um bom momento de propor que pensemos um pouco como será o mundo daqui a 20 anos? Não pretendo que cada um tente ser um Júlio Verne, o horizonte temporal não o justifica, as mudanças tecnológicas são mais evidentes e a utilidade do exercício seria questionável.
Proponho o exercício porque em Portugal pouco se prevê para além da meteorologia, da diplomacia à economia o país vive o imediato, não antecipamos, somos vítimas sistemáticas das mudanças. Os políticos recusam-se a pensar parta além de uma legislatura ou nem isso se contarmos que o último ano é de propaganda. Os empresários limitam-se a gerir as oportunidades do mercado. O próprio cidadão só quer saber o que lhe vão dar ou tirar no ano em curso.
Não direi que este “navegar à vista” é uma característica dos portugueses, no passado tivemos lideranças capazes de ambicionar, mas nas últimas décadas os portugueses têm vindo a conformar-se com a sua sina. É necessário mudar, é urgente pensar mais longe.
São muitas as perguntas que poderiam ser objecto de uma reflexão em torno do que sucederá nas próximas duas décadas:
Como evoluirá a Rússia nos planos político e económico? A Rússia é uma dos maiores países do mundo, o maior mercado potencial no nosso continente, a maior fonte de estabilidade ou de instabilidade na Europa. Se no imediato a Rússia nos parece distante, num cenário de longo prazo pode ser uma aposta estratégica .
A Turquia integrará a União Europeia? Se isso suceder é mais um choque numa economia que persiste em procurar as suas vantagens comparativas na mão-de-obra barata. Além disso teremos uma forte concorrência de uma grande economia do sul, isso significa que muitas das nossas produções agrícolas sofrerão um grande choque, as produções mediterrânicas terão de enfrentar a concorrência de produtos baratos e de qualidade.
Quais serão a tendências tecnológicas? Nunca se pensou o nosso sistema de ensino nessa perspectiva, preparamos gerações para o futuro tendo por referência o modelo industrial do passado.
Os grandes problemas de Portugal não são resolúveis em apenas meia dúzia de anos, a sua solução passa por apostas a longo prazo e essas apostas pressupõem uma grande capacidade de previsão em relação ao futuro. Como se viu com a utilização dos fundos comunitários nos últimos vinte anos as apostas feitas por Portugal têm sido muitas vezes erradas. É tempo de reflectir, de prever e de decidir melhor.
Proponho o exercício porque em Portugal pouco se prevê para além da meteorologia, da diplomacia à economia o país vive o imediato, não antecipamos, somos vítimas sistemáticas das mudanças. Os políticos recusam-se a pensar parta além de uma legislatura ou nem isso se contarmos que o último ano é de propaganda. Os empresários limitam-se a gerir as oportunidades do mercado. O próprio cidadão só quer saber o que lhe vão dar ou tirar no ano em curso.
Não direi que este “navegar à vista” é uma característica dos portugueses, no passado tivemos lideranças capazes de ambicionar, mas nas últimas décadas os portugueses têm vindo a conformar-se com a sua sina. É necessário mudar, é urgente pensar mais longe.
São muitas as perguntas que poderiam ser objecto de uma reflexão em torno do que sucederá nas próximas duas décadas:
Como evoluirá a Rússia nos planos político e económico? A Rússia é uma dos maiores países do mundo, o maior mercado potencial no nosso continente, a maior fonte de estabilidade ou de instabilidade na Europa. Se no imediato a Rússia nos parece distante, num cenário de longo prazo pode ser uma aposta estratégica .
A Turquia integrará a União Europeia? Se isso suceder é mais um choque numa economia que persiste em procurar as suas vantagens comparativas na mão-de-obra barata. Além disso teremos uma forte concorrência de uma grande economia do sul, isso significa que muitas das nossas produções agrícolas sofrerão um grande choque, as produções mediterrânicas terão de enfrentar a concorrência de produtos baratos e de qualidade.
Quais serão a tendências tecnológicas? Nunca se pensou o nosso sistema de ensino nessa perspectiva, preparamos gerações para o futuro tendo por referência o modelo industrial do passado.
Os grandes problemas de Portugal não são resolúveis em apenas meia dúzia de anos, a sua solução passa por apostas a longo prazo e essas apostas pressupõem uma grande capacidade de previsão em relação ao futuro. Como se viu com a utilização dos fundos comunitários nos últimos vinte anos as apostas feitas por Portugal têm sido muitas vezes erradas. É tempo de reflectir, de prever e de decidir melhor.