Esta silly season está transformada num imenso fim-de-semana, nada sucede, os jornais arrastam-se com assuntos de importância secundária. Se não fosse a espera pelos resultados das análises às amostras recolhidas no apartamento da Praia da Luz, a disputa da liderança do PSD e o dossier anónimo do Apito encarnado até faria sentido fechar as redacções para férias. Acontecimentos longínquos como o terramoto do Peru, o sequestro de portugueses na Venezuela, os incêndios que ameaçam Atenas ou o retomar dos voos dos bombardeiros estratégicos da força aérea russa não são suficientes para animar a comunicação social.
O fenómeno não é novo, sucede quase todas as semanas o ano, entre as sextas e as terças-feiras quase nada acontece, a informação e o debate público dependem da actividade governamental, o Governo acaba por gerir a agenda da comunicação social decidindo quando e a quem dá informação.
Poder-se-ia comparar a actuação da polícia, da comunicação social e mesmo do Governos nas investigações dos casos Joana e Madeleine. A comparação poderia levar a interrogações interessantes, como, por exemplo, saber em que medida uma investigação policial deve ser condicionada pelo estatuto social, pela devoção religiosa ou pela cor do cabelo das vítimas.
Poder-se-ia questionar o futuro deste país quando os candidatos a candidato a primeiro-ministro pelo PS Discutem coisas tão importantes como saber quem introduziu as directas na escolha do líder do PSD ou quem gosta mais de Manuela Ferreira Leite.
Poder-se-ia reflectir sobre se a chuva de cartas anónimas envolvendo a PJ nos permite concluir que se trata de o submundo do futebol ou do tráfico de estupefacientes está a dar os primeiros passos nas práticas mafiosas.
Até poderíamos aproveitar ausência de agenda política para reflectir sobre problemas do país que raramente emerge na agenda política, desde as questões ambientais ao nosso problema energético não faltaria assunto.
Mas não, sem o Governo nada sucede, até os nossos liberais mais empedernidos aguardam que o Governo dê um passo para poderem ter de que falar. Isso não significa que estejamos a descansar para enfrentarmos novas batalhas em defesa de projectos. Só que com o Governo em actividade é mais provável que alguma directora zelosa se lembre se sanear alguém, que algum ex-deputado que ninguém conhecia ganhe notoriedade ofendendo alguma progenitora da Nação e, quem sabe, até se pode vir a descobrir que Sócrates usou uma Bic em vez de uma caneta de tinta permanente quando fez o exame da quarta classe.
Portanto, resta-me dizer a Sócrates que á pode aparecer, já foi perdoado.
O fenómeno não é novo, sucede quase todas as semanas o ano, entre as sextas e as terças-feiras quase nada acontece, a informação e o debate público dependem da actividade governamental, o Governo acaba por gerir a agenda da comunicação social decidindo quando e a quem dá informação.
Poder-se-ia comparar a actuação da polícia, da comunicação social e mesmo do Governos nas investigações dos casos Joana e Madeleine. A comparação poderia levar a interrogações interessantes, como, por exemplo, saber em que medida uma investigação policial deve ser condicionada pelo estatuto social, pela devoção religiosa ou pela cor do cabelo das vítimas.
Poder-se-ia questionar o futuro deste país quando os candidatos a candidato a primeiro-ministro pelo PS Discutem coisas tão importantes como saber quem introduziu as directas na escolha do líder do PSD ou quem gosta mais de Manuela Ferreira Leite.
Poder-se-ia reflectir sobre se a chuva de cartas anónimas envolvendo a PJ nos permite concluir que se trata de o submundo do futebol ou do tráfico de estupefacientes está a dar os primeiros passos nas práticas mafiosas.
Até poderíamos aproveitar ausência de agenda política para reflectir sobre problemas do país que raramente emerge na agenda política, desde as questões ambientais ao nosso problema energético não faltaria assunto.
Mas não, sem o Governo nada sucede, até os nossos liberais mais empedernidos aguardam que o Governo dê um passo para poderem ter de que falar. Isso não significa que estejamos a descansar para enfrentarmos novas batalhas em defesa de projectos. Só que com o Governo em actividade é mais provável que alguma directora zelosa se lembre se sanear alguém, que algum ex-deputado que ninguém conhecia ganhe notoriedade ofendendo alguma progenitora da Nação e, quem sabe, até se pode vir a descobrir que Sócrates usou uma Bic em vez de uma caneta de tinta permanente quando fez o exame da quarta classe.
Portanto, resta-me dizer a Sócrates que á pode aparecer, já foi perdoado.