sábado, agosto 04, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Vila Real de Santo António


IMAGEM DO DIA

[Robin Utrecht / EFE]

«Elecciones al Grey Pride Dos participantes de las elecciones del Grey Pride son fotografiados en Amsterdam, Holanda. El Grey Pride es una elección para hacer un homenaje a los gays de edad madura que han contribuido a los derechos de los homosexuales en el pasado.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

O que entende Cavaco Silva por maioria?

Sou tentado a concordar ou, pelo menos, a aceitar o veto político de Cavaco Silva em relação ao Estatuto dos Jornalistas, este projecto está longe de ser pacífico e suscitou muitas dúvidas na sociedade. Todavia, não concordo com todos os seus argumentos, designadamente, quando Cavaco Silva defende:

«Como é sabido, o diploma ora sujeito a promulgação concitou em seu torno uma vasta controvérsia, seja entre os partidos com expressão parlamentar, seja entre a classe dos jornalistas e suas organizações representativas, seja, enfim, entre empresários da comunicação social, quando seria aconselhável que sobre o mesmo fosse alcançado um entendimento mínimo, atenta a sensibilidade da matéria em causa.»

O que se entende por entendimento mínimo? Não é a primeira vez que Cavaco defende este tipo de soluções esquecendo as regras constitucionais. A Constituição é clara quanto às situações em que as decisões são aprovadas por maioria simples ou por maioria qualificada. Quando Cavaco Silva defende "um entendimento mínimo" o que pretende, com quem? Para além de um governo estar representado por uma maioria de deputados que mais precisa? E quando é que o entendimento se considera mínimo, quando Marques Mendes concordar?

Não podem haver duas constituições, a que regula o governo e o Presidente da República e uma outra que existe na cabeça de Cavaco Silva cujas regras não estão escritas, não foram aprovadas por uma maioria constitucional e nem sequer se sabe quais são. Não há democracias por medida.

O DILEMA DE HELENA ROSETA

Se Helena Roseta estivesse preocupada com Lisboa teria chagado a acordo com António Costa, passaria a ter capacidade de decisão e de intervir na gestão camarária. Mas o que preocupa Helena Roseta não é Lisboa, é o seu próprio futuro político e o sucesso deste ensaio alegrista.

Se Roseta assinasse um acordo corria um sério risco de o seu movimento desaparecer mesmo num cenário de sucesso camarário. Não assinando o acordo Helena Roseta aposta tudo na manutenção do seu movimento político privativo e o seu sucesso depende do insucesso de António Costa. O cenário que mais interessa a Helena Roseta é o do insucesso de António Costa e esse passa pela ingovernabilidade da autarquia.

Compreende-se assim que Helena Roseta tenha inviabilizado qualquer acordo, só é pena que não o assuma, preferindo esconder as suas ambições políticas atrás de falas independências e soberanias.

PRINCÍPIO DO FIM

«Já muito se escreveu sobre a matéria e pelo meu lado pouco tenho a acrescentar sobre o fundo da questão. As leis da República atinentes a direitos, liberdades e garantias não são susceptíveis de deferimento de aplicação em parte do território nacional por qualquer decisão das autoridades regionais. Sendo leis que dão densidade ao conceito de cidadania portuguesa, a sua aplicação uniforme em todo o território nacional é um pressuposto não apenas do princípio da legalidade característico do Estado de direito democrático como do princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei.

A subversão do alcance e da finalidade de uma fiscalização sucessiva da constitucionalidade não pode ser consentida por quem tem a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir a Constituição. Os tribunais terão decerto uma palavra a dizer, mas não é atrás dessa palavra que se pode esconder o Presidente da República, numa primeira declaração muito infeliz que o obrigou de seguida a "emendar a mão" e a recomendar diálogo entre os órgãos de soberania e os da região para ultrapassar este impasse.» [Diário de Notícias]

Parecer:

António Vitorino critica a posição de Cavaco Silva na questão do aborto da Madeira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ESQUERDA PÓS-MARXISTA E PÓS-SOCIALISTA

«Eric Hobsbawm é seguramente menos conhecido em Portugal do que José Hermano Saraiva. Mas é justamente considerado um dos maiores historiadores do século XX. Hobsbawm manteve-se fiel ao marxismo e ao Partido Comunista, mesmo depois de estes terem sido abandonados por quase todos os intelectuais de esquerda e apesar de ter escrito uma desencantada obra sobre o comunismo, a sua magnífica autobiografia, Interesting Times, que acabo de ler na excelente tradução de Miguel Serras Pereira para a Campo das Letras.

Talvez porque o meu pai foi comunista e abandonou o partido no início dos anos 50, talvez por a minha juventude ter sido dominada pela omnipresença do marxismo e pelos grupos e grupúsculos comunistas, talvez por sentir uma especial atracção pelos marginais, pelos que se enganaram e pelos que ficaram perdidos em praias vazias iludidos pela beleza fugaz do horizonte, o certo é que devo ser em Portugal, de entre os que nunca foram marxistas, um dos que mais leram sobre o comunismo e mais se interessaram pelo fenómeno sociológico e ideológico do marxismo.

Lembro, entre tantos outros livros que me encantaram, Dez Dias Que Abalaram o Mundo (e a estranha sensação de sentir pena de não me ser possível psicologicamente empatizar com o que realmente me atraía no meio da repulsa pelas ideias), Quand fera-t-il jour, Camarade? (que para mim retrata como nenhum outro livro a estranha saga dos mencheviques, destruídos por dentro entre a opção de se unirem aos bolchevistas, discordando totalmente deles e da sua estratégia, por solidariedade de classe ou de grupo, ou optarem pelas posições pró-Kerensky, tentando criar um regime capitalista burguês como o marxismo propunha, mas para isso unindo forças com os inimigos dos seus camaradas) e a obra de Dumont (por exemplo, Cuba est-il Socialiste?, que revelava com agrura uma plutocracia incapaz que governava em nome do comunismo).

O que ressalta destes e de tantos outros textos semelhantes é a tragédia de muitos que acreditaram nos ideais e sofreram o choque da realidade, que pactuaram com muita coisa que os horrorizava em nome do futuro, apenas para descobrirem que a sua falta de coragem cívica não servira de nada que não fosse prolongar um erro, que não quiseram ver o que era evidente para não servirem os interesses dos seus adversários na maniqueísta guerra fria.

Esta complexa vivência, que foi o pão que o diabo amassou de tantos intelectuais idealistas e generosos da esquerda europeia, complicou-se por causa de uma tradição judaico-cristã envelopada numa estúpida teoria de coerência e de fidelidade, mesmo que contra a evidência e a vontade esclarecida.

O mundo ocidental conhece o arrependimento e a conversão, o banho lustral dos "born again"; mas, apesar disso, reage em regra mal ao que culturalmente se considera uma apostasia, uma traição, um abandono dos seus ("right or wrong, my country"), lançando "gritos de traição contra os que insistem em ver o mundo tal como é", como escreve Hobsbawm.

Não se trata de distribuir Óscares da ética ou da razão. Não sou capaz de dizer qual é mais louvável, o que morre na defesa daquilo em que já não acredita ou o que aceita a dor da separação dos seus para continuar a lutar por aquilo em que no fundo sempre acreditou. Apenas sou capaz de afirmar, sem margem para qualquer dúvida, que o lançamento de anátemas - desporto a que se dedicam ao longo dos séculos os intelectuais, naquilo que é a sua forma de Inquisição - nunca é justificado, mesmo quando não seja compreensível aparentemente a opção de ficar, na teimosia de uma convicção contra as evidências, ou a opção de partir, mesmo quando se sabe que os que ficam talvez não merecessem ser abandonados apesar daquilo por que ou da forma como continuam a lutar.

Hobsbawm explica a razão de nunca ter abandonado o partido, a que afinal desde 1956 - ou seja há mais de 50 anos - praticamente já nada o ligava: a memória do início dos anos 30, em Viena, e a sua crença de então de que na Revolução de Outubro se prefigurava a esperança de uma revolução mundial, tão adequada a um judeu escatologicamente imerso numa atmosfera como a da Europa Central desse tempo; a luta antifascista e o maniqueísmo da guerra fria. Mas sobretudo, como com lucidez escreve, porque "ninguém me obrigou a sair e as razões que tinha para me afastar não foram suficientemente fortes" e por causa do orgulho de tentar alcançar o sucesso profissional vencendo o handicap que nesses tempos constituía ser membro do Partido Comunista no mundo anglo-saxónico.

Seja como for, percebe-se bem por aqui o que foi o peso axiológico que sobre a esquerda europeia constituía este tipo de homens, que funcionavam como uma consciência ética (tanto mais quanto, nunca tendo estado no poder, nunca tinham sido obrigados a trair os ideais) e como um limite à adaptabilidade aos tempos modernos.

De facto, a esquerda moderada europeia foi sendo formada pelos que deixaram de acreditar, pelos que deixaram de querer esperar, pelos que perceberam o que estava errado. Mas em todos eles o romantismo do livro de Reed, a memória dos sofrimentos partilhados, as ilusões da crença juvenil, impediam - mesmo quando disso não tinham consciência, mesmo quando se tornavam anticomunistas mais ou menos fanáticos - a possibilidade de uma esquerda pós-marxista, como tem de ser uma esquerda não socialista.

O que está agora a acontecer, 50 anos depois da invasão da Hungria, 40 depois da invasão da Checoslováquia e 20 anos depois da queda do Muro de Berlim, é o surgimento de novas gerações a liderar a esquerda europeia para as quais já não faz nenhum sentido (nem sequer afectivo) o marxismo, o socialismo e o messianismo angélico, generoso e inviável, de uma sociedade comunista, para os quais a propriedade privada não é mais uma realidade condenada no futuro e só em programas de humor negro afirmariam em que o Estado produtor é a antecâmara da sociedade sem classes.

E contra isso, talvez paradoxalmente, a direita não sabe ainda como lutar. Mas esse será tema do artigo da próxima semana.» [Público assinantes]

Parecer:

Por este andar José Miguel Júdice ainda se vai transformar no ideólogo de José Sócrates

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

EXAMES EM EXAME

«Os temas em discussão pública e parlamentar dizem-nos muito da qualidade da democracia. Nem sempre passamos este exame com boas notas.

Há menos de 25 anos discutia-se no Parlamento o preço do fiambre e da mortadela. Lembro-me de ministros jurarem, pela alma de quem lá tinham, que o preço da bica não subiria nesse ano. Enfim, esse tempo passou mas deixou marcas. Como exemplo temos a destruição dos nossos belos cafés novecentistas que seriam o orgulho das nossas cidades. Acabou-se.

Hoje o tema de primeira página dos muitos jornais são as soluções dos exames do 12.º ano ou os erros da prova de Química (são estes?) do 9.º ou se as notas foram melhores que as dos anos anteriores... Na verdade, estas notícias não vão ao fundo da questão! Este embaraço, que se repete anualmente, decorre de um sistema de feitura de exames errado e insistir nos resultados sem ir ao fundo da questão nada informa e tudo confunde. Os exames chumbam no exame.

Ainda há pouco ouvia dizer que a elaboração dos exames dependia de o grupo gostar da(o) ministra(o) da Educação. Se gosta, faz exames mais fáceis e os resultados sobem, dando uma aparência de sucesso escolar. Se não gosta, acontece o contrário. Evidentemente que não vou acreditar em tal perfídia... mas que pode acontecer pode. E se pode acontecer o sistema é mau: há conflito de interesses.

Quando a média das notas de Matemática é de 6 valores, por exemplo, apenas significa que a prova foi pensada (esta parte é um elogio) para alunos que não os portugueses. Ou seja, é uma prova desajustada aos alunos que temos. Quando se diz que as notas foram melhores (ou piores) que as do ano anterior está-se a comparar coisas não comparáveis. Qualquer professor sabe (mais um elogio) fazer exames para que todos os alunos chumbem ou todos passem. Estamos a discutir, sobre um vazio de informação, o futuro dos nossos filhos.

Mas não tem que ser assim e não é preciso inventar a roda, pela simples razão de que já foi inventada; basta desenhar os exames de acordo com regras conhecidas de especialistas em tal. Certamente que quem faz as perguntas para um exame de Matemática tem que ser professor de Matemática, mas a montagem do exame de Matemática deve ser de especialistas que saibam desenhar exames. Em princípio, o professor de Matemática não sabe, e se for uma comissão de professores de Matemática, pior um pouco. O sistema está todo mal concebido, pois mesmo que um professor saiba, não pode alterar o sistema: é nas regras de concepção da avaliação que o problema reside.

Por exemplo, é possível conceber e montar um sistema de exames que garanta a comparabilidade de um aluno de Lisboa com o do Porto ou de Bragança. O sistema pode e deve ainda garantir a comparabilidade dos resultados durante, por exemplo, cinco anos!

Além disso, o sistema tem que ser montado e pensado de forma a que, se aparecer uma pergunta errada, imediatamente essa pergunta seja eliminada e outra passe a ser considerada. É que errar é humano e o sistema actual tem provado a humanidade de quem o concebeu.

Há todo um ramo da psicologia que se dedica à elaboração de testes, por forma a garantir propriedades psicométricas, relativas à fiabilidade interna e temporal, bem como à sua validade, de acordo com normas. Os exames nacionais deveriam ser avaliados quanto às propriedades psicométricas e garantir que a distribuição das notas seja próxima da normal. Isso só poderá acontecer quando os exames forem elaborados por especialistas na elaboração de testes, que avaliem as características dos exames antes e depois da sua

realização pelos alunos. Ou seja, a importância dos exames nacionais, sejam eles de acesso ao ensino superior, sejam eles de fim de ciclo, não se coaduna com as surpresas com que anualmente os alunos, os pais e mesmo os professores são brindados. Não é admissível que se encontrem perguntas erradas, quando o exame já está a decorrer!

Além disso, devem existir resultados absolutos (numa escala de zero a vinte, ou de zero a cem, como acharem melhor), mas também resultados relativos, que assegurem a comparabilidade dos alunos.

Nada disto é novo, nem mesmo para mim, que não sou psicólogo!

Nunca vi ainda aparecer notícias do tipo: "Hoje, tal como nos últimos 30 anos, a água corre nas torneiras de Lisboa." Os exames, um dia, também deixarão de ser notícia, pois não há notícias sobre algo que funciona. Tudo isto é possível, tudo isto é simples. O sistema actual é o nosso Fado!» [Público assinantes]

Parecer:

O Professor Luís Cunha dá uma lição sobre exames.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

DENÚNCIA COLECTIVA NA PJ

«Denúncias concretas de corrupção, utilização de agentes provocadores nas operações encobertas, pagamentos em droga aos informadores, apropriação de dinheiro do tráfico e droga vendida a traficantes.

A quantidade exacta de cada apreensão “não é pública”, pode ler-se na denúncia, “pois [nomes concretos] declaram sempre uma quantidade menor e a diferença é vendida em Madrid por um agente infiltrado, ‘X’. Após a venda, o dinheiro da droga é distribuído por (...)”, todos eles elementos da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE).» [Correio da Manhã]

Parecer:

Os factos denunciados são demasiado graves para que não sejam levados a sério, obrigando a uma total revisão dos métodos seguidos pela PJ.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela evolução dos acontecimentos.»

"CONFLITOS NO SEIO DA CLASSE OPERÁRIA"

«José Manuel Viegas vai propor aos seus colegas da equipa que está a fazer o estudo para a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro em Alcochete que a solução "Portela+1" tenha direito a um capítulo próprio. Ao DN, o professor catedrático do Instituto Superior Técnico (IST) diz que "não se devem tomar decisões precipitadas e não faz sentido dizer que não dá para manter a Portela quando esta é um activo".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Estes senhores pagos pela CIP levam tão a sério o papel decidir pelo país que até já não se entendem.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se uma ida à bruxa porque este negócio do aeroporto deve estar assombrado.»

HELENA ROSETA ESTÁ CONVENCIDA DE QUE ANTÓNIO COSTA NÃO QUERIA ACORDO

«Helena Roseta considera que o presidente da autarquia lisboeta, António Costa, "nunca quis verdadeiramente negociar nenhum acordo com a lista dos Cidadãos por Lisboa", referiu ao DN a arquitecta, que na quarta-feira à noite - após ter tomado posse como vereadora - reuniu apoiantes e a imprensa . Relembrando todo o processo, Helena Roseta revelou que depois de um primeiro contacto após as eleições , António Costa "só depois de quinze dias de férias é que me voltou a contactar para que me juntasse a um texto que negociou exclusivamente com o BE", o que a leva a concluir que este nunca esteve efectivamente "interessado em negociar um acordo com a lista dos Cidadãos por Lisboa".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Uma justificação oportuna para quem se recusou chegar a acordo, é aquilo a que se chama cobardia política.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Helena Roseta que da próxima se disponha a assinar só para ver.»

O PSD QUER MANTER OS SEUS NOS CARGOS DIRIGENTES

«O director do Instituto de Museus e Conservação (IMC), Manuel Bairrão Oleiro, “esperava que a dra. Dalila Rodrigues tivesse tomado a iniciativa de se afastar” da direcção do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) quando foi promulgada a lei orgânica do IMC, contra a qual se insurgiu publicamente.

Dalila Rodrigues, em entrevista ao PÚBLICO, negou ontem ter imposto condições para se manter no cargo, no qual soube esta semana que não será reconduzida. Bairrão Oleiro recuperou as declarações da directora do MNAA ao PÚBLICO, em Fevereiro, em que dizia ter de ponderar a sua continuidade no museu se a nova lei orgânica do IMC fosse adiante.» [Público assinantes]

Parecer:

Começa a haver muitos lutadores pela liberdade e vítimas de perseguição, principalmente quando está em causa manter altos cargos do Estado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Se a senhora foi mantida no cargo até ao fim da Comissão de serviço registe-se o progresso, o PSD substituíu muita gente sem esperar pelo fim dos mandatos.»

PJ MANTÉM CONFIANÇA NOS SEUS INVESTIGADORES

«A direcção nacional da Polícia Judiciária reafirma hoje, em comunicado, a sua confiança em "todos os funcionários" da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes, depois de hoje o jornal "Correio da Manhã" ter noticiado suspeitas de corrupção naquela unidade.

No mesmo texto, a direcção liderada por Alípio Ribeiro reafirma também que "tem conhecimento de denúncias anónimas sobre eventuais factos ilícitos" praticados na DCITE, mas que "não são subscritas por qualquer funcionário da Polícia Judiciária e serão analisadas nas instâncias competentes".» [Público]

Parecer:

A questão da confiança dos investigadores não se coloca apenas ao nível da direcção da PJ, os portugueses também têm que confiar nas polícias e de acreditar que a sua eficácia não depende do recurso a práticas ilegais e criminosas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se tudo até ao fim, mesmo se contra a vontade da direcção da PJ.»

ESPANHA E MARROCOS APOSTAM NA CIMEIRA UE-ÁFRICA

«El ministro de Asuntos Exteriores del Gobierno español, Miguel Ángel Moratinos, ha anunciado que España y Marruecos van a trabajar para asegurar la existencia de "un enlace fijo de infraestructura y comunicación entre el continente europeo y el continente africano".

De esta forma, ha confirmado que este enlace fijo será mediante el Estrecho de Gibraltar y estará operativo "no más tarde de 2025", mediante un proyecto que será presentado a finales de diciembre en la Cumbre UE-África.» [20 Minutos]

ROMA INAUGURA A PRIMEIRA RUA GAY

«Italia tendrá desde este sábado su primera "Gay street", un tramo peatonal de la céntrica calle San Juan de Letrán de Roma, cerca del Coliseo, y que servirá como punto de encuentro para la comunidad homosexual.

La "Gay street" (calle gay) ha surgido por iniciativa de la asociación italiana de homosexuales Arcigay , que ha conseguido la autorización del Ayuntamiento de Roma para hacer peatonal un tramo de la calle, donde desde hace años se reunían los gays y lesbianas de la capital.» [20 Minutos]

NOVO SUSPEITO NO CASO MADELEINE

«La Policía de la ciudad de Tongres, este de Bélgica, investiga unas pistas que le fueron proporcionadas por una testigo que cree haber identificado en un restaurante a Madeleine McCann, la niña desaparecida hace tres meses en Portugal.

Los agentes fueron alertados por una mujer que, el pasado sábado, vio a una niña parecida a Maddie en compañía de un hombre de unos 40 años, que hablaba neerlandés, y de una mujer de unos 25 años, que hablaba inglés.» [20 Minutos]

AUSTRÁLIA DESVIOU PARTE DA SUA AJUDA ALIMENTAR AO IRAQUE

«El Gobierno australiano desvió más de 150 millones de dólares que habían sido destinados a ayuda humanitaria en Irak y los utilizó para apoyar sus intereses económicos en el país árabe, ha denunciado el grupo Aid Watch.

La organización, que supervisa las políticas comerciales del Ejecutivo y sus programas de ayuda al exterior, aseguró que las autoridades australianas invirtieron ese dinero en diseñar acuerdos para que Irak eliminara los aranceles a las importaciones, informó la radio estatal.» [20 Minutos]

GORBACHOV ARTISTA PUBLICITÁRIOS DA LOUIS VUITTON

«El ex presidente soviético, Mijail Gorbachov, se ha convertido, junto a Catherine Deneuve, André Agassi y Steffi Graf, en imagen del fabricante de artículos de piel de lujo Louis Vuitton para su nueva campaña de publicidad.

"Él propuso posar ante el Muro de Berlín, ya que le gustaría que fuese recordado como uno de los artífices de su caída, es su mayor orgullo", declaró el hijo de Bernard Arnault, patrón del grupo LVMH propietario de Vuitton. » [20 Minutos]

QUANTO MAIOR A QUEDA MAIOR PODERÁ SER A SUBIDA

«Na clarificação enviada, o Ministério das Finanças apresenta estimativas próprias para a evolução da eficiência fiscal, fazendo questão de mostrar que os ganhos obtidos pela DGCI superaram, para além da Segurança Social, também a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos sobre o Consumo (DGAIEC). Assim, de acordo com as contas das Finanças, enquanto o aumento da eficiência registada para o total das receitas fiscais (as administradas pela DGCI e DGAIEC) passou de três para 2,8 pontos percentuais em 2006, os ganhos obtidos a sós pela DGCI cifraram-se em 3,1 pontos em 2005 e em 3,3 pontos em 2006. » [Público assinantes]

Parecer:

O ministério das Finanças trata do rigor dos números das receitas fiscais com a mesma seriedade que o faria um aluno do quarto ano de escolaridade, analisar estes dados apenas na perspectiva das variações percentuais anuais só é admissível para os alunos do primeiro ciclo, que não sabem o que é uma percentagem.

Infelizmente foi a prática da propaganda do dr. Macedo e parece que o ministério vai pela mesma via. Analisar a eficácia de uma instituição apenas por uma variação percentual é mandar às malvas todo o conhecimento de economia de de gestão. Quanto menor for o resultado num ano maior é o potencial de crescimento no seguinte, considerar a taxa de variação de um ano é um raciocínio idiota. É esquecer que o primeiro ano do dr. Macedo foi o pior ano do fisco pelos menos desde os anos oitenta, ao reduzir o ponto de partida ao mínimo os sucessos do dr. Macedo foram empolados.

Comparar a eficácia de instituições a partir de variações anuais revela falta de seriedade e, pior do que isso, falta de responsabilidade pois os responsáveis pelas instituições comparadas sentir-se-ão desprezados. É evidente que isso não preocupa Amaral Tomaz, o social-democrata que antes de ir às Novas Fronteiras era um boy do PSD no ministério da Agricultura.

Por esta lógica vale a pena ser ineficaz pois assim pode haver crescimento, se uma instituição estiver nos limites da sua eficácia pouco pode crescer percentualmente. É evidente que por detrás deste raciocínio está a incompetência dos governantes que nunca foram capazes de fazer uma estimativa das receitas potenciais. Assim poderiam medir a eficácia a partir dos montantes que ficaram por cobrar.

Seria também interessante quais os investimentos em informática e em contratação de novos funcionários nas três instituições envolvidas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se uma análise séria so secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, séria e digna de um governante.»

PEKTHONG

LIA G

FREQUENCE BANANA


[2][3][4]

Advertising Agency: McCann Erickson, Geneva, Switzerland
Creative Director: Timo Kirez
Art Directors: Olivier Renaud, Angelo Sciullo, Jesus Gonzales
Copywriter: David von Ritter
Photographer: Jesus Gonzales

PEUGEOT


Advertising Agency: The Alchemy Partnership, Singapore
Creative Director / Copywriter: Alvin Wong Twei
Art Director: Ceres ChungPhotography: Ben, Beacon Pictures
Digital Imaging: Procolor

AXE


Art: Juan Arata
Copywriter: Sebastián Tarazaga
Country: Argentina