sexta-feira, agosto 03, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Palácio da Pena, Sintra

IMAGEM DO DIA

[Abedin Taherkenareh / EFE]

«Ejecución en directo. Policías iraníes preparan la ejecución pública del asesino iraní convicto Majid Kavousi en Teherán, Irán. Dos asesinos convictos han sido ahorcados públicamente en Teherán en las últimas de la ola de ejecuciones públicas que sacude el país. Majid K y su sobrino Hossein, que ha sido declarado culpable de asesinar al ayudante del fiscal general Massoud Moqadass en agosto del 2005 fueron ejecutados con cuerdas atadas a una grúa montada en la parte trasera de un camión. Cientos de personas asistieron a los ahorcamientos en la zona norte de Teherán. Los convictos son ejecutados en la misma ciudad y en el mismo distrito en el que fueron declarados culpables.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA




Eu dava-lhe um jarro de água de malvas

Era mais do que evidente que Helena Roseta não aceitaria qualquer acordo, a busca do protagonismo e a sua própria ambição agora que se julga alguém na política a impediriam de assinar o que quer que fosse. Portanto, também não faz sentido ter qualquer pelouro fora do âmbito de qualquer acordo, se assim fosse nem faria sentido haver eleições.

Eu oferecia-lhe um jarro a de água de malvas.

GAGO A ACTUAR

«1.As virtudes do cientista, que renega dogmas na procura da verdade, não resistiram ao político actual, que se convenceu poder ser ele, e só ele, o salvador das universidades. Contra os professores universitários, que não ouviu. Contra os reitores, a quem, displicentemente, deu escassa meia dúzia de dias para se pronunciarem sobre um diploma de cem páginas. E com olímpico desprezo pela própria Assembleia da República que, do alto da maioria do Governo e do baixo da lógica do sistema, condicionou, impondo-lhe o seu ritmo. Bastou ouvi-lo na entrevista de sábado passado, na RTP2, para ficarmos esclarecidos sobre o modo como encara o papel dos deputados. O poder modificou Mariano Gago. O convívio com a arrogância de Sócrates contaminou-o.

2.A reforma que Mariano Gago quer impor tem uma meta: melhorar o desempenho económico da universidade, aceitando, preconceituosamente, que alguns eleitos adivinham em que tipo de conhecimento se deve investir em cada momento para que os lucros subam. Ora nem as coisas se passam assim, nem esta visão é mais que a antítese da universidade. A universidade subjugada à mera lógica utilitarista perde o que a justifica: o homem integral, a produção de conhecimento e cultura. E são muitas das ciências que o sentido utilitarista desta reforma acabaria por reduzir a pouco que alicerçaram sempre as iniciativas geradoras de riqueza. Não entenderão isto os que querem facturar rápido. Mas concordarão com isto os que estudam História, Filosofia e Sociologia.

Mariano Gago acabou por se alistar na turma dos iluminados saloios: desprezou os seus e chamou a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) e o MIT (Massachusetts Institute of Tecnology), numa versão recauchutada da tradicional subserviência portuguesa à estranja. Substituiu a autonomia e a responsabilização, de que carecíamos, pela regulamentação monstra e pela subjugação da universidade ao Governo e à burocracia. Tirou da cartola a ideia das fundações e meia dúzia de lugares-comuns sobre avaliação e decretou que não se resigna à mediocridade do ensino superior. Esqueceu-se foi de dizer o que é que já fez para a combater. Concedo que é fluente a falar e propagandear. Mas é gago a actuar.

3.Enquanto o primeiro-ministro e a ministra da Educação se prestaram a protagonizar aquela farsa televisionada dos quadros interactivos, com falsos alunos e falsos professores numa escola de faz de conta, verdadeiros candidatos ao ensino superior tiveram tratamento de Terceiro Mundo. As candidaturas on-line foram anunciadas em Fevereiro, como grande inovação tecnológica. Mas chegada a hora, nem pio. Nem do sofisticado processo nem da bazófia incompetente dos responsáveis. Noites na bicha, horas intermináveis de espera foi a alternativa. Os candidatos eram mais de cem mil. Cada impresso custou dez euros. Belo negócio. Simplex.

4.Uma das perversidades dos mecanismos de gestão do ensino superior reside nos processos de financiamento, que não servem a qualidade do ensino. Por exemplo, a tentação para admitir um ignorante que paga propinas é grande face à alternativa de ter um lugar vago sem gerar receita. Estará Mariano Gago a fiscalizar as processos que permitem a entrada no ensino superior aos maiores de 23 anos, independentemente das habilitações que possuam? Sendo dele a generosa lei, lembrando as referências que lhe ouvi sobre a Independente, quando toda a bagunça era gritante e o ministro lia relatórios de normalidade e excelência, temos razões para intranquilidade. Que mais não seja por solidariedade para com o ministro, que não se resigna à mediocridade do ensino superior.

5.Passou-me pelas mãos, o outro dia, um escrito encomiástico. O autor é investigador do MIT e agradecia um generoso financiamento concedido pelo Governo português a uma linha de investigação por ele coordenada naquela prestigiada instituição americana. Sem que isto seja má vontade ou rasgo chauvinista, não consegui disciplinar a minha mente: voou, maledicente, para as bolsas de investigação científica em Portugal, que se mantêm sem actualização desde 2002.» [Público assinantes]

Parecer:

Santana Castilho escreve um artigo demolidor para Mariano Gago.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ANTÓNIO COSTA: À PRIMEIRA CAVADELA MINOCA?

«Do acordo entre PS e Bloco de Esquerda consta a obrigatoriedade de uma quota mínima de 25 por cento para a habitação a custos controlados em “novos projectos de construção e em grandes operações de reabilitação”. Ora, a Federação da Construção e Obras Públicas insurgiu-se contra esta medida e Joaquim Carlos Fortunato, da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas, acrescentou que é uma política que “só faz sentido no regime de Cuba”, citado pela TSF. Mais, os construtores civis ameaçam avançar para os tribunais e não têm dúvidas de que a medida é ilegal.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Estou a imaginar uma urbanização na Lapa com 20% das habitações a preços controlados. Concordo com essa percenbtagem em termos globais desde que esses preçºos não sejam suportados pelos impostos de pagos pois já começa a estar farto de pagar tanta solidariedade, mas cho ridículo que cada urbanização a tenha que contemplar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se para ver.»

PAULO TEIXEIRA PINTO APOSTOU E PERDEU

«Paulo Teixeira Pinto está "confiante de que possa haver um acordo entre as duas partes para que todas as propostas sejam retiradas antes da Assembleia Geral (AG)" do próximo dia 6. Esta convicção foi partilhada pelo presidente do BCP com os jornalistas, à saída de uma entrevista ontem à noite na SIC Notícias. E culmina um intenso dia de negociações entre representantes dos dois grupos de accionistas que se opõem no apoio a Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves. No entanto, até ao fecho deste edição ninguém se havia mostrado disposto para ceder.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Não aprecio o eng. Jardim Gonçalves mas este Paulo Teixeira Pinto, um velho participante nas manifestações da Falange espanhola em Madrid, deixa-me os cabelos em pé.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se o desfecho da tentativa de golpe do benjamim pobre e mal agradecido.»

O SENTIDO DO DEVER SEGUNDO HELENA ROSETA

«A arquitecta Helena Roseta renunciou à presidência da Ordem dos Arquitectos na sequência da sua eleição como vereadora na Câmara de Lisboa, tendo sido substituída pelo até agora vice-presidente Manuel Vicente, disse a própria à agência Lusa. » [Portugal Diário]

Parecer:

O estranho é Roseta justificar-se com os estatutos da Ordem dos Arquitectos de que era bastonária.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Helena Roseta se mandou o exercício da cidadania à fava.»

CARLOS BORREGO NA COMISSÃO DE HONRA DE MARQUES MENDES

«Os ex-ministros de Cavaco Silva Carlos Borrego e Álvaro Barreto vão integrar a comissão de honra de Marques Mendes, tal como o ex-presidente do Parlamento Barbosa de Melo, disse fonte da candidatura, citada pela Lusa. » [Portugal Diário]

Parecer:

Deve ser para contar anedotas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte a Carlos Borrego se já sabe umas anedotas novas.»

RIDÍCULO

«Luis Filipe Menezes esteve hoje no bairro da Cova da Moura, na Amadora. Numa visita a convite de alguns apoiantes, a tarde não era oficialmente de campanha, mas o dirigente social-democrata acabou por deixar algumas críticas ao líder do PSD, Marques Mendes, e ao Governo. Num dos bairros mais mediáticos da periferia lisboeta, pela sua complexidade social, pronunciou uma intenção: «Não queremos deixar o monopólio da rua à esquerda».» [Portugal Diário]

Parecer:

Será que a Cova da Moura é um bastião do PSD?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes se também tenciona ir fazer campanha a Badajoz.»

MAIS VALE SER RAÍNHA POR UM DIA

«Na cerimónia, que decorreu no Ministério das Finanças, estiveram presentes o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Amaral Tomás (ao centro), e o ex-director-geral, Paulo Macedo. Este último enviou uma mensagem de agradecimento a todos os funcionários da Administração Fiscal.» [Correio da Manhã]

Parecer:

A passagem pelo cargo de director-geral dos Impostos, ainda que interinamente, é um momento de justiça na carreira do dr. João Durão, uma carreira feita de rigor, lealdade, coragem, competência e honestidade. Recorde-se que quando Ferreira Leite era ministra das Finanças o agora director-geral foi substituído no cargo de subdirector-geral, um preço que teve que pagar por ter sido fiel aos seus princípios e amizades, algo imperdoável para o gangue de oportunistas do PSD do fisco, alguns dos quais nunca tiveram o poder que agora têm, Amaral Tomaz deu-lhes o que nem o PSD teve coragem de dar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a escolha.»

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. "As Vicentinas de Bragança" deu destaque à semanada do passado domingo.
  2. "O Macroscópio" gostou de saber que o Charrua ia receber a Ordem da Liberdade por ter chamado filho da puta ao primeiro-ministro.
  3. "O Ponto por Ponto" cita O Jumento a propósito do Alberto.
  4. "A Avenida Central" apreciou o despacho do director-geral d'O Jumento proferido a propósito de um artigo de César das Neves.
  5. O "Macroscópio" destaca a petição para que se realize um referendo para declarar a independência de Portugal em relação à Madeira.
  6. O "Condomínio Privado" gostou de saber que o professor Charrua vai receber a Ordem da Liberdade.
  7. O "Macroscópio" dá destaque ao elogio d'O Jumento ao novo director-geral (interino) dos Impostos.

ANTHONY ASAEL

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[2][3][4]

Advertising Agency: JWT, India
Creative Directors: Senthil Kumar, Joono Simon
Art Directors: Dippak Khanna, Charles Kollanoor

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Advertising Agency: Leg, Paris, France
Creative Director: Gabriel Gaultier
Art Director: Clement Langlais
Copywriter: Clemence CousteauPhotographer: Thomas paquet
Account Director: Alain Caze

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[2][3]

Advertising Agency: Naga DDB, Malaysia
Executive Creative Director: Ted LIm
Art Director: Chow Kok Keong
Copywriters: Raymond Ng, Ted Lim
Photographer: Steve Koh / Studio Rom
Retouching: Tuck Mun