Se Portugal pretende responder aos desafios do futuro terá não só de fazer uma grande aposta no ensino, mas também fazer apostas em relação ao futuro. Os últimos vintes anos foram duas décadas de fortes investimentos no ensino, mas esses investimentos visaram mais os aspectos quantitativos do que a qualidade do ensino. Mais do que virar o ensino para o futuro, as políticas educativas andaram a reboque da massificação do ensino.
Neste momento Portugal deveria estar a discutir o futuro do ensino, a modernização das escolas e a preparação dos professores. Deveria estar a equacionar a necessidade de adaptar os programas de ensino às exigências do futuro e a preparar o corpo docente para que os recursos humanos das escolas estivessem empenhados na mudança.
Em vez disso estamos com taxas de abandono elevadas e com índices de reprovação vergonhosos, quando deveríamos estar a discutir como melhorar o ensino andamos em busca de soluções para que as escolas tenham um mínimo de qualidade.
As escolas do futuro serão os pequenos campos de concentração de hoje com mais duas de mão de tinta? Os professores dessas escolas serão os proletários da Administração Pública em que os governos querem transformar os professores?
O que vamos ensinar nas escolas?
Os últimos anos têm sido desastrosos, as escolas servem para proporcionar a escolaridade mínima a qualquer custo, sem mínimos de exigências. Em desespero as políticas educativas estão sendo transformadas em escolas profissionais de má qualidade. Não só não proporcionam uma adequada preparação dos jovens para a vida profissional, como estão a perder dimensão cultural. Uma prova deste fenómeno reside no facto de se ter banido a filosofia, outro é a desvalorização da importância da língua portuguesa nas disciplinas técnicas.
Se o ensino está mal, a projecção da situação para num horizonte de vinte anos faz-nos recear o pior. Para modernizar o ensino não bastas instalar uns quadros electrónicos, distribuir portáteis a com desconto e ligar as escolas à internet, uma boa parte dos alunos já conta com esses recursos e os resultados não se fazem sentir.
A escola é um todo dinâmico cujo sucesso depende de todos os intervenientes e dos recursos com que contam, para modernizar a escola não basta distribuir equipamentos, isso terá pouco mais resultados do que pintar uma escola. Uma política educativa a pensar no futuro não é apenas umas medidas soltas que pouco mais significam do que uma visita do primeiro-ministro que, como se viu, foi a barraca a que todos assistimos.
Neste momento Portugal deveria estar a discutir o futuro do ensino, a modernização das escolas e a preparação dos professores. Deveria estar a equacionar a necessidade de adaptar os programas de ensino às exigências do futuro e a preparar o corpo docente para que os recursos humanos das escolas estivessem empenhados na mudança.
Em vez disso estamos com taxas de abandono elevadas e com índices de reprovação vergonhosos, quando deveríamos estar a discutir como melhorar o ensino andamos em busca de soluções para que as escolas tenham um mínimo de qualidade.
As escolas do futuro serão os pequenos campos de concentração de hoje com mais duas de mão de tinta? Os professores dessas escolas serão os proletários da Administração Pública em que os governos querem transformar os professores?
O que vamos ensinar nas escolas?
Os últimos anos têm sido desastrosos, as escolas servem para proporcionar a escolaridade mínima a qualquer custo, sem mínimos de exigências. Em desespero as políticas educativas estão sendo transformadas em escolas profissionais de má qualidade. Não só não proporcionam uma adequada preparação dos jovens para a vida profissional, como estão a perder dimensão cultural. Uma prova deste fenómeno reside no facto de se ter banido a filosofia, outro é a desvalorização da importância da língua portuguesa nas disciplinas técnicas.
Se o ensino está mal, a projecção da situação para num horizonte de vinte anos faz-nos recear o pior. Para modernizar o ensino não bastas instalar uns quadros electrónicos, distribuir portáteis a com desconto e ligar as escolas à internet, uma boa parte dos alunos já conta com esses recursos e os resultados não se fazem sentir.
A escola é um todo dinâmico cujo sucesso depende de todos os intervenientes e dos recursos com que contam, para modernizar a escola não basta distribuir equipamentos, isso terá pouco mais resultados do que pintar uma escola. Uma política educativa a pensar no futuro não é apenas umas medidas soltas que pouco mais significam do que uma visita do primeiro-ministro que, como se viu, foi a barraca a que todos assistimos.