FOTO JUMENTO
Concha na Praia dos Três Pauzinhos, Vila Real de Santo António
IMAGEM DO DIA
[Alejandro Ernesto / EFE]
«Cumpleaños de Castro. Un taxista particular espera la llegada de clientes en La Habana (Cuba) el día en que Fidel Castro cumple 81 años.» [20 Minutos]
JUMENTO DO DIA
A ministra ausente
Miguel Torga merecia mais consideração por parte da ministra da Agricultura do que a que teve na homenagem que lhe foi prestada em Coimbra, nada justifica a ausência do Governo nesta iniciativa. Nem mesmo um eventual erro protocolar justifica o desprezo do Governo por Torga, mesmo que não tivesse sido convidada a ministra deveria ter imposto a sua presença porque Torga tem uma dimensão que impede homenagens privativas.
Esta ministra é cada vez mais candidata a uma demissão que já tarda.
O FIM DO CRÉDITO FÁCIL
«O lamentável folhetim da guerra no BCP não permitiu, entre nós, dar grande atenção ao que desde há meses se passa no mercado de crédito dos Estados Unidos. Aí, o tempo de dinheiro fácil e barato acabou, o que tem reflexos mundiais. Incluindo em Portugal, onde os particulares, as empresas e o Estado estão altamente endividados. E a banca nacional endividou-se ao estrangeiro para emprestar aos portugueses.
Nos Estados Unidos o crédito encareceu por iniciativa de quem empresta e não por decisão da Reserva Federal (a haver mudança próxima na sua taxa de referência, será de baixa). Como se previa, o sarilho começou na habitação. Quando os preços das casas americanas iniciaram a descida, depois de terem subido muitíssimo, alguns empréstimos deixaram de ser pagos, sobretudo no crédito hipotecário de alto risco (empréstimos a quem não dá garantias de solvabilidade). A garantia da hipoteca deixou de funcionar em pleno, uma vez que as casas se desvalorizaram. Seguiu-se a falência de vários promotores imobiliários e empresas de financiamento nos EUA.
Com muitos negócios assentes no crédito, nos últimos anos generalizou-se a emissão de títulos de dívida. Quem concede o empréstimo afasta, assim, o risco de não ser pago. Mas essa dispersão de credores disfarça o risco, separando o credor inicial do destino final da dívida. Ao titularizar e vender a dívida, quem primeiro empresta o dinheiro desinteressa-se do comportamento a longo prazo do devedor. O que, naturalmente, não favorece o rigor na concessão de crédito.
A crise imobiliária funcionou como um alerta geral para os bancos, que apertaram as condições dos empréstimos, tornando-os mais caros e mais difíceis. A Euribor está ao nível mais alto desde 2001. Houve problemas num banco alemão, interrompendo as férias do ministro das Finanças da RFA. Em França, o BNP Paribas suspendeu os resgates em três dos seus fundos. E o BCE emprestou agora aos bancos da zona euro muito mais dinheiro do que havia feito após o 11 de Setembro de 2001. Outros bancos centrais seguiram-lhe o exemplo.
Com a contracção do crédito, muitas operações deixaram de se concretizar, pois baseavam-se no dinheiro fácil. Entre elas, fusões e compras de empresas, em particular pelas célebres private equities. Investimentos de fundos de risco, também. As bolsas assustaram-se. Contra o que alguns pretendiam, a Reserva Federal não baixou a taxa de juro na passada terça-feira. O seu actual governador, Bernanke, tem uma atitude menos acomodatícia face ao mercado do que o antecessor, Greenspan. Este baixava os juros quando fraquejava a confiança nas bolsas. Uma atitude que de alguma forma desresponsabilizava os operadores financeiros, convictos de que, fizessem o que fizessem, havendo problemas Greenspan lá estaria para os resolver. O que conduziu a altas exageradas nas cotações, com a inevitável queda subsequente.
Tal como na bolha especulativa das acções tecnológicas, há dez anos, a valorização dos activos dos americanos - desta vez, casas e já não acções - deu-lhes uma sensação de maior riqueza, estimulando o consumo das famílias, frequentemente a crédito. Agora, o movimento é inverso e o consumo já se ressente. Ora o motor da economia dos EUA tem sido o consumo, responsável por mais de 90 por cento do crescimento do PIB americano na última década.
É um consumo largamente financiado por poupanças externas, que afluem ao mercado americano porque o consideram seguro. Os EUA absorvem 70 por cento dos excedentes de liquidez existentes no mundo. Mas a inexorável queda do dólar ameaça travar o financiamento estrangeiro dos consumidores americanos.
Claro que alguma contracção do crédito pode ser saudável, ao pôr termo a loucuras permitidas pela facilidade dos financiamentos. No entanto, é ténue a fronteira entre a actual crise no crédito e uma travagem no crescimento económico americano, com repercussões globais. Mesmo tendo em conta que a Europa e o Japão estão hoje a crescer razoavelmente, compensando uma quebra nos EUA, e que muitas empresas americanas não dependem do crédito, as perspectivas não são optimistas. A crise imobiliária ainda não parou e a economia é cada vez mais global. Em Portugal, país de devedores e muito dependente da conjuntura económica internacional, não ficaremos imunes.» [Público assinantes]
Parecer:
Sarsfield Cabral explica a crise no crédito imobiliário nos Estados Unidos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
MAIS 25% DE ABORTOS DO QUE OS PREVISTOS
«“Ainda é cedo para se fazer balanços, mas a verdade é que o número de consultas tem superado as previsões em cerca de 25 por cento”, disse ao Correio da Manhã fonte da ARS Norte, sublinhando que “essa situação se verifica nos principais hospitais do País”.
No Hospital de S. Marcos, em Braga, por exemplo, onde as previsões apontavam para 20 consultas por semana (960 por ano), os obstetras contam mais de 25 consultas semanais realizadas, um aumento de 25 por cento já referido.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Seria pouco provável que as previsões fossem fiáveis sendo de prever que o erro seria por defeito.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Corrijam-se as previsões»
FAZ O QUE EU DIGO, NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO
«De acordo com o novo diploma, que, segundo uma fonte governamental, é “a maior reforma feita nos últimos 30 anos no sector imobiliário”, o Estado “pode denunciar os contratos de arrendamento antes do termo do prazo ou da sua renovação sem dependência de acção judicial, por motivos de interesse público”. Ou seja, o processo correrá apenas a nível administrativo. » [Correio da Manhã]
Parecer:
Parece que o Estado salvaguarda os seus interesses ao mesmo que despreza o dos senhorios privados.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apliquem-se ao Estado as mesmas regras do sector privado.»
GOVERNO AUSENTE NA HOMENAGEM A TORGA
«Um século de Torga, sem honras de um representante do Governo português. Coimbra, entre o Mondego e o mundo, rendeu ontem sentida homenagem à pele de escritor de quem Miguel Torga vestira Adolfo Correia da Rocha, mas as comemorações do centenário do seu nascimento, na Coimbra que o acolheu já na fase adulta, ficaram pois marcadas pela polémica falha protocolar. O Presidente da República, que não foi convidado, enviou mensagem de apreço, recordando até palavras de Torga que evocou no discurso da sua tomada de posse. O escritor sempre teve um símbolo do PS em casa, reconhece a filha Clara Rocha, que, ao DN, não quis comentar esta polémica.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Se o Governo foi convidado estamos perante um erro imperdoável da ministra da Cultura.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se à ministra da Cultura uma justificação da sua ausência.»
MAIS UMA ORGANIZAÇÃO DE FACHADA DO PCP
«"A Constituição da República não está a ser cumprida." Com esta convicção, a advogada e ex-deputada comunista Odete Santos integra a comissão organizadora de uma associação que visa "denunciar os ataques aos direitos fundamentais e à democracia". Esta associação vai chamar- -se Fronteiras e terá, entre os seus membros, o juiz conselheiro jubilado Guilherme da Fonseca, que integrou o Tribunal Constitucional, e as juristas Inês Carvalho e Lúcia Gomes, ligadas ao PCP. A Fronteiras é rigorosamente apartidária - esclarece Odete Santos - e pretende congregar personalidades das ciências, das letras e do ensino pela defesa das liberdades constitucionais.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Este PCP é um especialista em mutantes políticos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se a Odete Santos que explique o seu conceito de 'apartidário'.»
LAVAR AS MÃOS REDUZ AS INFECÇÕES HOSPITALARES
«Afinal, ter as mãos desinfectadas pode fazer a diferença com uma simples operação "mãos limpas", o Hospital de S. João (HSJ), no Porto, conseguiu reduzir as infecções hospitalares de 19% em 2005 para 12,5% este ano. E para isso bastou-lhe avançar com uma medida já aplicada em várias unidades pelo mundo fora. Colocou dispensadores de solução alcoólica desinfectante ao pé de cada cama e deu formação aos funcionários. Tudo por um preço que, este ano, rondará os 37 mil euros. Uma ninharia quando comparado, por exemplo, com o gasto em medicamentos da unidade - 71 milhões de euros por ano, num orçamento total de 294 milhões.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Esta medida tem vindo a ser adoptada em muitos países do mundo, havendo mesmo campanhas publicitárias nesse sentido. Por cá já houve notícia de protestos por parte de pessoal hospitalar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se o pessoal clínico e a direcção clínica do Hospital de São João.»
UM REFERENDO AO AEROPORTO E AO TGV?
«Um grupo de cidadãos da região norte do país enviou esta segunda-feira uma carta aos líderes dos partidos com assento parlamentar apelando à realização de um referendo sobre o novo aeroporto de Lisboa e o comboio de alta velocidade.
«O referendo justifica-se porque o debate sobre o novo aeroporto de Lisboa não conduzirá a nenhum consenso técnico ou político e, em relação ao TGV, nem sequer existe qualquer debate», salientou à Lusa o ex-vice-presidente da Câmara do Porto, Paulo Morais, que encabeça a lista de signatários da carta. » [Portugal Diário]
Parecer:
Por este andar ainda alguém se lembra de propor que o país seja governado por referendo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos signatários se sabem para que servem as eleições legislativas e as maiorias parlamentares.»
CHINJA: RESGATADOS 1.300 ESCRAVOS
«Un total de 1.340 personas, entre ellas 367 con discapacidades psíquicas, han sido rescatadas de los hornos de ladrillos del norte de China donde trabajaban en condiciones de esclavitud, según fuentes oficiales citadas el lunes por la agencia estatal, Xinhua. No precisaron, sin embargo, cuántos niños se encuentran entre los liberados, aunque según informaciones oficiales anteriores decenas de menores eran utilizados como esclavos en las provincias de Shanxi y Henan.» [20 Minutos]
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