Ao contrário do que seria de esperar não foi a disputa da liderança do PSD que marcou a semana, aliás, se nada mais tivesse acontecido é pouco provável esta disputa tivesse merecido alguma atenção, a qualidade dos dois candidatos é tão má que desde que anunciaram as suas candidaturas ainda não disseram nada que merecesse a mais pequena atenção. Se não fossem as comissões de honra e o envolvimento de alguns mortos vivos do cavaquismo até poderíamos pensar que estaria em causa a disputa a liderança de uma secção de província.
A semana foi marcada pelas investigações sobre o que poderá ter acontecido a Madeleine McCann. Pela primeira vez a polícia assumiu uma hipótese que deveria ter estado presente desde o primeiro dia, a possibilidade de a criança ter sido morta. Como seria de esperar os pais reagiram da forma que têm feito desde o primeiro momento usaram a comunicação social para
pressionarem a polícia portuguesa.
Seja qual for a conclusão das investigações este caso vai tornar-se um case studie, tantas são as pressões que a investigação tem sofrido. Uma criança tão bonita teria que ser raptada por pedófilos, católicos britânicos que foram abençoados pelo Papa teriam que estar acima de qualquer suspeita, os amigos teriam que ser tão inocentes como os pais. Nunca um crime envolveu ministros dos negócios estrangeiros de vários países, uma manifestação do Papa (ainda que muito cuidadosa), milhões de euros para campanhas, dezenas de primeiras páginas de jornais.
Os McCann não só conseguiram orientar as investigações no sentido do rapto como usaram todos os meios ao seu alcance quando a comunicação social portuguesa colocou a hipótese de homicídio ou morte acidental. Em resposta às novas investigações os McCann conseguiram entrevistas na BBC e pela primeira vez lembraram-se que em Portugal até há televisão.
Talvez seja tempo de repor a normalidade nesta investigação e dizer aos ingleses que antes de criticarem e condicionarem a actuação da polícia portuguesa se preocupem com os muitos casos de desaparecimento de crianças britânicas que estão por resolver.
A semana foi marcada pelas investigações sobre o que poderá ter acontecido a Madeleine McCann. Pela primeira vez a polícia assumiu uma hipótese que deveria ter estado presente desde o primeiro dia, a possibilidade de a criança ter sido morta. Como seria de esperar os pais reagiram da forma que têm feito desde o primeiro momento usaram a comunicação social para
pressionarem a polícia portuguesa.
Seja qual for a conclusão das investigações este caso vai tornar-se um case studie, tantas são as pressões que a investigação tem sofrido. Uma criança tão bonita teria que ser raptada por pedófilos, católicos britânicos que foram abençoados pelo Papa teriam que estar acima de qualquer suspeita, os amigos teriam que ser tão inocentes como os pais. Nunca um crime envolveu ministros dos negócios estrangeiros de vários países, uma manifestação do Papa (ainda que muito cuidadosa), milhões de euros para campanhas, dezenas de primeiras páginas de jornais.
Os McCann não só conseguiram orientar as investigações no sentido do rapto como usaram todos os meios ao seu alcance quando a comunicação social portuguesa colocou a hipótese de homicídio ou morte acidental. Em resposta às novas investigações os McCann conseguiram entrevistas na BBC e pela primeira vez lembraram-se que em Portugal até há televisão.
Talvez seja tempo de repor a normalidade nesta investigação e dizer aos ingleses que antes de criticarem e condicionarem a actuação da polícia portuguesa se preocupem com os muitos casos de desaparecimento de crianças britânicas que estão por resolver.
