Com a introdução das directas na escolha do líder do PSD houve uma mudança significativa dos pressupostos com que se escolhe aquele que inevitavelmente será um candidato a primeiro-ministro. Nos congressos tudo era decidido em cima da hora, os delegados negociavam apoios nos corredores, as listas faziam-se quase em cima do joelho e sem a decoração de comissões de honra.
As directas puseram a nu a lógica do poder no PSD, não foi por acaso que o primeiro incidente verbal entre as duas candidaturas à liderança foi precisamente os gastos da campanha. Tudo começou com o próprio Menezes a escrever ao Procurador-geral por considerar que havia uma omissão na lei que não prevê qualquer controlo das despesas de campanha, com Macário Correia a desafiar o autarca de Gaia a dizer quanto iria gastar ao mesmo tempo que se defendia assegurando que os custos da campanha de Marques Mendes só seriam divulgados depois de recolhidos os donativos.
Entretanto, os dois candidatos recorrem ao apoio de empresas de comunicação e utilizam meios mais ou menos sofisticados. Pelo meio sabe-se de pagamentos em massa de quotas de militantes e de outros pequenos incidentes que denunciam o envolvimento de muito dinheiro na luta pela liderança.
Note-se que este fenómeno não é novo nem está circunscrito à escolha do líder do partido, quando António Preto foi “apanhado” com pagamentos feitos fora do sistema bancário justificou-os com as despesas da campanha para a liderança da distrital de Lisboa.
É, portanto, evidente que ser líder do PSD custa muito dinheiro e isso pressupõe que há quem esteja envolvido no seu financiamento. Tratando-se de o partido que controla o maior número de autarquias e é candidato liderança do próximo governo seria muita ingenuidade pensar que os financiamentos dos candidatos à sua liderança não terão contrapartidas. Quando o líder era escolhido pelos delegados estes apostavam no vencedor e exigiam contrapartidas em troca do seu apoio, contrapartidas que poderiam ir do apoio a um projecto local à escolha de um ministro. Agora que é o dinheiro que influencia a escolha do líder do PSD é de esperar que esse dinheiro tem um preço.
É legítimo perguntar qual o preço a pagar para se ser líder do PSD.
As directas puseram a nu a lógica do poder no PSD, não foi por acaso que o primeiro incidente verbal entre as duas candidaturas à liderança foi precisamente os gastos da campanha. Tudo começou com o próprio Menezes a escrever ao Procurador-geral por considerar que havia uma omissão na lei que não prevê qualquer controlo das despesas de campanha, com Macário Correia a desafiar o autarca de Gaia a dizer quanto iria gastar ao mesmo tempo que se defendia assegurando que os custos da campanha de Marques Mendes só seriam divulgados depois de recolhidos os donativos.
Entretanto, os dois candidatos recorrem ao apoio de empresas de comunicação e utilizam meios mais ou menos sofisticados. Pelo meio sabe-se de pagamentos em massa de quotas de militantes e de outros pequenos incidentes que denunciam o envolvimento de muito dinheiro na luta pela liderança.
Note-se que este fenómeno não é novo nem está circunscrito à escolha do líder do partido, quando António Preto foi “apanhado” com pagamentos feitos fora do sistema bancário justificou-os com as despesas da campanha para a liderança da distrital de Lisboa.
É, portanto, evidente que ser líder do PSD custa muito dinheiro e isso pressupõe que há quem esteja envolvido no seu financiamento. Tratando-se de o partido que controla o maior número de autarquias e é candidato liderança do próximo governo seria muita ingenuidade pensar que os financiamentos dos candidatos à sua liderança não terão contrapartidas. Quando o líder era escolhido pelos delegados estes apostavam no vencedor e exigiam contrapartidas em troca do seu apoio, contrapartidas que poderiam ir do apoio a um projecto local à escolha de um ministro. Agora que é o dinheiro que influencia a escolha do líder do PSD é de esperar que esse dinheiro tem um preço.
É legítimo perguntar qual o preço a pagar para se ser líder do PSD.