sábado, maio 12, 2007

O espectáculo triste da CML


Temos assistido a um espectáculo triste na CML, um espectáculo iniciado com as eleições, enquanto a liderança da autarquia sobreviveu e pelo que se vai sabendo o espectáculo vai prosseguir. A verdade é que nenhum partido concorreu à autarquia para a gerir em função dos interesses dos munícipes, para os partidos a autarquia da capital não é uma autarquia, é um mini governo.

Para o PSD a CML foi a solução par a falta de empregos, os dinheiros da autarquia serviram para empregar a tropa de choque de António Preto e Marques Mendes, para fazer alguns negócios agora que o partido estava afastado das receitas extraordinárias provenientes dos negócios governamentais.

O comportamento do PS foi vergonhoso, com um “líder da oposição” que se desinteressou ela representação dos que os elegeram, Carrilho candidatou-se para presidir e como não o conseguiu desprezou aqueles que depositaram nele a sua confiança. O resto foi o que se viu, a estrutura concelhia do PS revelou que não estava à altura de gerir uma junta de freguesia quanto mais a autarquia da capital.

O CDS tentou usar os seus votos para partilhar alguns negócios camarários para o PCP e BE a presença na CML visa unicamente o acesso privilegiado à comunicação social.

Por aquilo a que se tem assistido nestes dias o espectáculo vai prosseguir, com mais algumas personagens em busca de protagonismo ou da sobrevivência, os partidos a tratar as eleições como uma corrida de galgos e nem falta a mistura do mundo do futebol com o da política, um dos maiores indicadores do envolvimento de esquemas mafiosos na gestão das autarquias.

Em quem votar? Não sei, apesar de tudo e até saber qual o candidato e o programa do PS é Sá Fernandes, o único que estee na autarquia preocupado com a cidade, que está a ganhar a corrida no microcosmo da minha opção. Isto significa que se o PS apresentar um candidato mais preocupado com o projecto pessoal de Sócrates do que com a cidade a minha decisão está tomada.