quarta-feira, setembro 26, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Alfama

IMAGEM DO DIA

[Jeffrey Arguedas / EFE]

«Exceso de huevos de tortuga. Vecinos de la comunidad de Ostional, Costa Rica, recolectan huevos de tortugas, que cada año se dan cita por miles para desovar en esta zona. El gobierno costarricense lo permite por la excesiva llegada de estos animales; los miles de huevos acaban siendo devorados por buitres, mapaches y perros. El permiso se otorga solo en las primeras 36 horas de la llegada, que deben ser aprovechadas los habitantes de Ostional para llevar tantos huevos como puedan.» [20 Minutos]

ERRO NA PUBLICIDADE

A MENTIRA DO DIA D'O JUMENTO

Perante a evidência de falta de transparência nas directas do PSD, com os cadernos eleitorais a suscitarem dúvidas, Guilherme Silva o responsável pelo Conselho de Jurisdição, decidiu pedir a intervenção da ONU, pretende que a organização envie observadores do acto eleitoral. A situação está tão confusa que serão enviados para as directas do PSD os observadores mais experientes, com passagens por cenários políticos mediáticos como o Congo ou o Zimbabwe.

JUMENTO DO DIA

Eleições à Mugabe

Se Marques Mendes queria ser eleito através de directas para dessa forma seguir as pisadas de Sócrates o mínimo que deveria ter feito era assegurar que as mesmas decorreriam com normalidade. Só que num partido onde qualquer quer pode ser "sócio" a margem de rico era grande, com dezenas de milhares de supostos militantes que não tinham as quotas em dia o risco era grande.

Marques Mendes teve medo de perder a corrida e tudo tem feito para assegurar a sobrevivência, o Conselho de Jurisdição Nacional fez-lhe o frete, os militantes açorianos podem pagar mais tarde. O mesmo Marques Mendes que se opôs a um prazo mais alargado do pagamento das quotas vem agora abrir excepções porque precisa delas para se sentir tranquilo.

HORÁRIOS ESCOLARES

Quando aqui se criticaram os métodos seguidos em muitas escolas na formação das turmas e na elaboração de horários escolares não faltaram comentários a assegurar que isso era coisa de antigamente, que já não sucedia, não faltaram também os que pensando que defendendo os podres se chegará mais depressa ao paraíso na terra recorreram ao comentário ofensivo. Desde então já foi publicado um estudo a comprovar o fenómeno e agora foi a Inspecção-Geral do ensino a concluí-lo.
É verdade sim senhor, há escola onde os horários são feitos com oportunismo, prejudicando não só os alunos mas também muitos professores que não contam com amigos nos conselhos directivos. Há horários sem o mínimo de respeito pelos alunos para que os horários dos professores não tenham furos, proporcionem um dia adicional de descanso e, nalguns casos, lhes permita exercer uma segunda actividade como, por exemplo, dar explicações.

É verdade sim senhor, há turmas onde se metem os "burros" e turmas onde ficam os "meninos bem", os filhos das boas famílias, os filhos dos professores e alguns bem comportados que favorecem a qualidade destas turmas. Estas turmas são em regra entregues ao cuidado dos professores mais antigos, que por serem mais experientes deveriam apoiar os alunos com maiores dificuldades. Para os professores mais jovens, inexperiente e menos conhecedores do meio ficam as turmas problemáticas, com maiores índices de insucesso e abandono.

Mas enquanto os senhores das escolas se mantiverem em silêncio enquanto os professores mais jovens assumem a defesa do sistema como forma de defenderem o seu lugar dificilmente se conseguirão combater tais desvios. Talvez seja tempo de, à semelhança do que sucede nos hospitais, ser criada uma carreira de administrador escolar.

AS DIRECTAS DA VERGONHA

Começa a perceber-se porque razão Marques Mendes partiu para as directas de peito aberto, quando aquilo que fez na CM de Lisboa apontava para a demissão e a consequente reforma, Marques Mendes jogou pelo seguro, com menos de metade dos inscritos no PSD, o apoio dos poderes instalados e os mais de dez mil votos das regiões autónomas a vitória dificilmente lhe escapava.

Mas Marques Mendes revelou ser tão incompetente nas directas como tem sido na liderança do PSD e teve alguns percalços, perdeu algumas figuras de peso, fez uma figura triste ao longo da campanha, o curto espaço de tempo que deu para os militantes pagarem as quotas foi suficiente e esqueceu-se de que muitos dos tinha como votos certos estavam habituados a votar sem quotas.

As directas, com que Marques Mendes esperava uma legitimação como alternativa a Sócrates, acabaram por ser um processo pouco digno, que dificilmente se poderiam ser consideradas eleições por uma instituição independente. Desde logo porque é a sua direcção que controla o processo e o Conselho de Jurisdição, de que se esperava independência, não passa de uma fantochada terceiro-mundista com tiques madeirenses.

Seja qual for o resultado das directas Marques Mendes já perdeu, não o legitima como um líder à altura de ser candidato a primeiro-ministro e ganha-as à custa do desprestígio do seu próprio partido, revelando um grande desprezo pelo partido em favor de da sua ambição ou sobrevivência por mais dois anos.

Há muitos anos que Portugal não assistia a um espectáculo destes.

QUEM JÁ NÃO ATURA ELOGIOS AO RÂGUEBI LEVANTE A MÃO

«Agradecia que os admiradores do râguebi não me imaginassem já a ser violentamente placado contra um muro de cimento. Juro por todos os santinhos que nada tenho contra a modalidade. Gosto muito de ver os jogos e quase me comovo com a haka neozelandesa. Mas para tudo existe uma medida certa. Sim, os rapazes portugueses são esforçados. Têm o seu mérito. Parecem simpáticos na televisão. Não são dados a peneiras como os tipos do futebol. E cantam o hino nacional com um tal entusiasmo que se Louis Pasteur fosse vivo ainda os vacinava. Mas daí a transformá-los nos maiores heróis da Nação só porque andam num campeonato do mundo a perder os jogos todos (e por muitos) é capaz - digo eu - de ser um bocadinho exagerado.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Apetece-me levantar a mão com o João Tavares.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

OS CAPELÕES

«Trinta anos depois da Constituição e seis anos depois da Lei da Liberdade Religiosa, continua por regular, em termos conformes com ambas, a assistência religiosa nas instituições públicas que acolhem pessoas, como são os estabelecimentos militares, os hospitais, as prisões, os asilos, etc. No fundamental, a Igreja Católica mantém os favores que vêm desde o Estado Novo, aliás escandalosamente reforçados por pios governantes já depois de 1976, à margem da Constituição e da própria Concordata. As demais igrejas continuam sem ver garantido o direito à assistência religiosa dos seus crentes. Esta situação não pode continuar.

Comecemos pelos princípios constitucionais e legais. Por um lado, os crentes e as respectivas igrejas gozam da liberdade religiosa e do direito a assistência religiosa nos estabelecimentos públicos, tendo por únicos limites a missão das instituições e a liberdade religiosa das demais pessoas. Por outro lado, devendo facilitar o direito à assistência religiosa, o Estado tem de observar uma posição de estrita imparcialidade, sem favorecimentos nem discriminações.

Antes de mais, a garantia da liberdade religiosa nos estabelecimentos públicos impõe ao Estado obrigações específicas, devendo assegurar as condições para que ela possa ser exercida pelos interessados. Concretamente, incumbe aos estabelecimentos públicos facultar o acesso dos ministros do culto, disponibilizar espaços próprios para o efeito e informar as pessoas sobre as facilidades existentes.

No entanto, a assistência religiosa incumbe em exclusivo às igrejas e aos seus ministros. Não cabe ao Estado promover nem patrocinar actos religiosos. Nos estabelecimentos públicos, tal como fora deles, o Estado não tem religião. E também não têm religião os agentes e funcionários públicos, nessa qualidade e no exercício de funções. As instituições públicas em causa não gozam de imunidade perante o princípio da separação entre o Estado e as igrejas.

No exercício das suas funções, os encarregados da assistência religiosa continuam a ser apenas ministros do culto e não agentes públicos. Devem ser livremente nomeados e credenciados pelas respectivas igrejas. Não cabe ao Estado nomeá-los nem sustentá-los, mas somente reconhecê-los e respeitá-los. Deve terminar de uma vez por todas a bizarra figura dos capelães designados e remunerados pelo Estado, como funcionários públicos. No caso das forças armadas, o responsável católico pela assistência religiosa tem mesmo uma patente de oficial, o que consubstancia a mais inadmissível promiscuidade entre o Estado e a religião. A assistência religiosa não constitui uma tarefa própria do Estado.

A assistência religiosa só é naturalmente devida a quem a solicite explicitamente. É o que resulta da Constituição, da lei e da Concordata. Nem no Estado Novo era diferente. Está naturalmente excluída qualquer actividade de proselitismo ou de assédio religioso nos estabelecimentos públicos É inaceitável que um ministro de uma religião entre, por exemplo, numa enfermaria de um hospital e se dirija a todos os pacientes como se todos fossem crentes e precisassem de assistência religiosa. A crença religiosa não se presume, muito menos a necessidade de assistência religiosa. A reacção da Igreja Católica ao projecto de regulamento da assistência religiosa nos hospitais, que requer pedido dos interessados (aliás de acordo com a lei), mostra como a liberdade religiosa como direito individual ainda não entrou na cultura da Igreja dominante entre nós.

Em princípio, salvo quanto tal seja impossível (por exemplo, doentes incapazes de se moverem), a assistência religiosa deve decorrer nos espaços a isso dedicados pelos estabelecimentos públicos, evitando impor a outras pessoas - crentes de outras confissões ou não crentes - a participação ou assistência forçada em actos religiosos. A liberdade religiosa também inclui o direito de não ter religião e de não ser importunado com cerimónias religiosas não solicitadas.

Quando não seja possível disponibilizar espaços de culto privativos para cada religião (até pelos encargos que isso implicaria), devem os mesmos ser de utilização comum, pluri-religiosa, não sendo então lícita a sua apropriação exclusiva por uma igreja, como sucede tradicionalmente com a Igreja Católica. Decididamente, ninguém goza do monopólio oficial da religião entre nós, nem do direito de expropriação ou de servidão sobre espaços públicos.

Sem prejuízo da liberdade religiosa e do bem-estar espiritual das pessoas a cargo das instituições (doentes, reclusos, etc.), os estabelecimentos devem observar a mais estrita neutralidade em matéria religiosa e o mais escrupuloso respeito pela autonomia das igrejas. Desnecessário será dizer que são absolutamente interditos os sinais e símbolos religiosos nos estabelecimentos públicos, fora dos espaços dedicados ao culto. A exibição de crucifixos, ou outros símbolos de identificação religiosa, em hospitais, prisões e outras instituições não constitui somente uma violação do princípio da separação mas também, e sobretudo, uma falta de respeito para com os crentes de outras religiões e os não crentes.

Um Estado laico num país religiosamente plural não pode comportar-se como se fosse um Estado confessional nem como se houvesse uma igreja oficial ou oficiosa. É tempo de levar a sério a laicidade do Estado e de encerrar definitivamente as relações iníquas que o Estado estabeleceu com a Igreja Católica, conferindo-lhe privilégios inadmissíveis à luz da Constituição e da própria Concordata. O compromisso do Estado só pode ser com a liberdade religiosa de crentes e não crentes, sem privilégios nem discriminações.» [Público assinantes]

Parecer:

Concordo com Vital Moreira, a existência de capelões há muito tempo que deixou de fazer sentido.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

POLÍCIA VAI PODER FILMAR SEM AUTORIZAÇÃO DE UM JUIZ

«Segundo o projecto de diploma a que o DN teve acesso, uma das medidas especiais que as forças e serviços de segurança podem aplicar, sem a autorização prévia de uma autoridade judiciária, será a "inibição da difusão a partir de sistemas de radiocomunicações, públicos e privados, e o isolamento electromagnético ou barramento do serviço em determinados espaços". Outra novidade é a possibilidade de a vigilância policial de pessoas, edifícios e instalações passar a ser feita com recurso a sistemas de vigilância por câmara de vídeo", refere o artigo 22.º .» [Diário de Notícias]

Parecer:

Ainda que a experiência portuguesa mostre que a autorização de muitos juízes não passa de uma mera formalidade, esta medida pressupõe que alguém vigie o uso que a polícia faz desta nova norma.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Governo que está previsto algum procedimento que permita controlar e evitar abusos policiais.»

PSD DOS AÇORES QUER ESCOLHER LÍDER SEM PAGAR QUOTAS

«O "quartel-general" do PSD/Açores vai reunir de emergência hoje na sequência da decisão do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD. O líder dos sociais-democratas açorianos Costa Neves não abdica do "direito" dos 8218 militantes nas ilhas votarem para o líder nacional, com ou sem quotas pagas. Como, de resto, garante sempre ter acontecido.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Isto é a autonomia regional no seu melhor.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao líder do PSD dos Açores se também querem escolher o primeiro-ministro sem pagarem impostos.»

BCP REGRESSA À "NORMALIDADE"

«Jardim Gonçalves averbou ontem mais uma vitória na definição do futuro do Banco Comercial Português (BCP). O projecto de mudança do modelo de governação negociado nas últimas semanas por Pedro Teixeira Duarte, um dos principais accionistas do banco, foi definitivamente abandonado. A partir de agora, a negociação das eventuais mudanças a introduzir nos órgãos sociais, que irão governar o BCP, serão definidos dentro do próprio banco. Uma medida já esperada, face aos desenvolvimentos dos últimos tempos.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Quem apostou na derrota de Jardim Gonçalves perdeu.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao dr. Macedo em quem apostou.»

HORÁRIOS FEITOS A PENSAR NOS PROFESSORES

«Entrar na escola às 8,25 horas e sair às 18,30 horas é, para milhares de alunos dos 2.º e 3º.º ciclos do Ensino Básico, uma realidade violenta, quando não anti-pedagógica. Apesar das orientações dadas pelo Ministério da Educação às escolas no sentido da elaboração de horários com uma carga semanal distribuída de forma equilibrada, a inspecção-geral da Educação identificou, no seu último relatório, centenas de casos irregulares. Desde turmas com excesso de carga horária, às que nem o intervalo para almoço é respeitado (ver caixa ao lado).» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Não é nada que não se soubesse.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se penalizações para os conselhos directivos que gerem as escolas com oportunismo.»

MACÁRIO RESSUSCITOU PARA DIZER QUE MENEZES CRIOU UM ESCÂNDALO

«A candidatura de Marques Mendes acusou esta terça-feira os apoiantes de Luís Filipe Menezes de criarem «um escândalo» por causa do pagamento excepcional de quotas nos Açores para disfarçar a «falta de ideias» e justificar uma eventual derrota.

«Estão a criar um escândalo em torno de questões menores e a lançar suspeições e insinuações sobre um processo transparente e limpo para criar álibis para a falta de ideias e justificar os resultados», disse à agência Lusa o porta-voz da candidatura de Marques Mendes, Macário Correia. » [Portugal Diário]

Parecer:

Parece que denunciar irregularidades é criar um escândalo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Macário se tem passado bem.»

SÓCRATES FOI ESCUTADO

«Numa carta enviada à juíza do TIC, de acordo com os autos do processo - consultado durante a semana passada pelo PÚBLICO -, Cândida Almeida argumenta que a sua decisão é tanto mais incompreensível quanto as três intercepções telefónicas que pretendia ver transcritas permitiam "reforçar" a opção de arquivamento do processo, demonstrando a "total boa-fé de José Sócrates na tramitação da obtenção da sua licenciatura".» [Público]

Parecer:

Parece que em Portugal um cidadão tem que ser escutado para se certificar a sua honestidade, é o que se conclui da afirmação da magistrada.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à magistrada se acha que as escutas servem para certificar a honestidade dos cidadãos.»

EUA: ANTIGA BASE DE MÍSSEIS À VENDA NO E-BAY

«Uma antiga base de lançamento de mísseis situada em uma área remota do Estado de Washington, no noroeste dos Estados Unidos, está à venda no site de leilões eBay por US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,8 milhões).

O local é a residência perfeita para um aspirante a vilão dos filmes de James Bond ou alguém que busca um refúgio seguro onde possa sobreviver à explosão de uma bomba nuclear.» [BBC Brasil]

ASSIM ATÉ GOSTAVA DE IR À OTA

«El tren de levitación magnética , conocido como 'maglev' o 'tren bala', va a llegar a Europa de la mano de sus padres alemanes. El estado de Bavaria va a construir una línea específica para este tipo de trenes, que unirá la ciudad de Múnich con su aeropuerto en apenas unos minutos.

Este tipo de trenes funciona con un sistema de imanes, siendo de signo contrario los que lleva el tren y los que hay en las vías, lo que hace que se cree un campo magenético que repele al vagón del suelo. Esto genera que haya un menor rozamiento, por tanto también hay menos ruido y menos resistencia a la hora de coger velocidad.» [20 Minutos]

OS LISBOETAS VÃO PAGAR MAIS IMPOSTOS

«Contrair um empréstimo de 500 milhões de euros junto da banca e aumentar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que nas casas devolutas passará para o dobro, são duas das medidas de saneamento financeiro da Câmara de Lisboa anunciadas ontem pelo presidente da autarquia, António Costa.» [Público assinantes]

Parecer:

António Costa foi um bom aluno de Sócrates, revela a mesma imaginação na hora de arranjar dinheiro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Costa se os que vão pagar mais impostos beneficiaram do esbanjamento de recursos na autarquia.»

"O CABRÃO DO CÓDIGO PENAL"

Na perspectiva do "Memórias do Cárcere", isto é, na perspectiva de quem vê o código lido por "dentro":

«“Quem esteja actualmente a cumprir prisão preventiva - por um crime cuja pena máxima se situe entre os três e os cinco anos - será libertado a partir de 15 de Setembro.” (DN)

Como é habitual, um gajo aqui levanta-se cedo. Mas hoje, particularmente, levantei-me com uma disposição incrível face à entrada em vigor do Novo Código Penal.

Estranhei já a presença, ou a falta dela, de três tipos com barba de três dias no pequeno-almoço desta manhã onde era habitual cruzar-me; disseram-me que ao abrigo da nova legislação do cabrão do Código tinham saído no sábado à noite. Fiquei em pulgas. E porquê? Porque o sacana do legislador escolheu uma data filha-da-puta para a abençoada lei ser homologada. É que o meu advogado está de férias (também tem direito a um descanso merecido, claro) e só hoje é que os meus cordelinhos exteriores lhe fizeram saber “quando é que eu saio?”.

Como tenho pendente alguns recursos no meu processo com efeitos retroactivos, estou perfeitamente aplicável se não “houver fortes indícios de crime doloso punível com pena superior a cinco anos”, como diz a nova lei.

Mas o estatuto social que tenho vincado na educação que trouxe lá de fora, adicionado à experiência prisional que aprendi cá dentro, qualquer coisa me diz que as coisas não estão bem feitas. E nessas merdas, sou um mariconço do caralho porque duvido que estes gajos não voltem cedo demais ao convívio do nosso Núcleo Duro. Ou por deficiência de trajecto, ou por anomalias de projectos aplicáveis. E se optarmos por uma análise mais elaborada dos tipos que ganham mil euros num programa de televisão para dar palpites, sabemos que a maior parte da malta está a esfregar as mãos de contentamento apenas por conveniência do sistema.

E provavelmente, o ministro também não dá por isso.

Mas que acompanhamento vão ter os tipos que já estão aqui há dois anos e tal que são lançados à rua pela directriz governamental saída e aprovada pelo Diário da República e Presidência incluída? Alguns deles sem família estável. Muitos deles “agarrados”. Outros sem final contabilizado quanto a perspectivas de trabalho. De reintegração adequada. De aceitação. Sem falar nos gajos que violaram crianças. Pedófilos. Matadores incorrigíveis. Traficantes por excelência que encurtam a vida de muitos filhos da malta que sabemos pelos jornais. Desculpem lá, mas não era assim que eu fazia as coisas.

Nestes tempos que correm, qualquer doença do foro comportamental tem cura. Pode é levar mais algum tempo dos quinze dias que o MP achou curto para a aprovação.

A lei que impera no Palacete é “cada um por si”. Lá fora, vou adoptar a do Benfica: -“et pluribus unum” – e tentar esquecer que passei por cá. O meu 'ad vocatus', com a ajuda do Santo Ivo, há-de me ajudar a sair desta, já que a legislação mo permite. Depois é só comprar um computador que o eng.º Sócrates e a TMN de mãos dadas andam a proporcionar a custo apetecível, para me manter no activo e em contacto. E talvez uma pistola. Preferencialmente portáteis.

Bye, bye!»

GRAFFITI

ARMANDS GRUNDMANIS

ALEXANDER STOYANOVZ

KALOYAN PETROV

ELEONORA ORLOVA

NACHO KAMENOV

NOS CONCURSOS DE BELEZA JÁ HÁ A ESCOLHA DA MISS LADO B (?)

«Miss Lado B. Federica Di Bartolo, romana de 23 años, durante el concurso de belleza Miss Italia 2007. Di Bartolo fue elegida Miss Lado B por el miembro del jurado, el estilista Guillermo Mariotto, en una decisión polémica. Mariotto había pedido que las cámaras enfocaran los traseros de las concursantes, lo que no fue consentido por la organización. "Si me falta esa parte (el trasero) no puedo juzgar", se justificó el diseñador argentino.» [20 Minutos]

ELECTROLUX

[2][3]

Advertising Agency: Fischer America Communications Total, Sao Paulo, Brazil
Creative Directors: Jader Rossetto, Flavio Casarotti
Copywriters: Ricardo Big Passos, Gustavo Diehl
Photographer: Lucio Cunha

ADMIRAL AIR CONDITIONERS

Advertising Agency: The Classic Partnership Advertising, Riyadh, Saudi Arabia
Art
Director / Copywriter: Justus Luke
Additional credits: Aftab Ahmed, Muhammed Ghazal

KEDAULATAN RAKYAT (JORNAL)

[2][3]

Advertising Agency: Petakumpet, Jogjakarta, Indonesia
Creative Director: Ekko Edisucipto
Art Director: dedi a.k.a rokkinvisual
Copywriter: Erwan Sudiwijaya feat Husni mu'Arif
Illustrator: Yudi Sulistyo
Photographer: Wonderland Studio