quarta-feira, setembro 12, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Monsaraz

IMAGEM DO DIA

[Justin Lane / Reuters]

«Dolor por el 11-S. Una mujer llora en el hombro de un bombero de Nueva York durante la ceremonia en la zona cero por el sexto aniversario del 11-S.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

Dêem uma praia na Messejana ao professor Charrua!

Este professor Charrua lembra-me a anedota da Praia da Messejana, no pós 25 de Abril os soldados do quartel de Beja reuniram-se para elaborar um caderno reivindicativo que de seguida apresentaram ao Capitão. Este respondeu prontamente; está bem, levam isso tudo e ainda lhes monto uma praia na Messejana. Desta forma a Praia da Messejana, vila do concelho de Aljustrel, ficou famosa.

O professor Charrua ficou animado com a condenação pública dos excessos da directora da DREN, senhora de métodos de gestão pouco recomendáveis, armou-se em vítima da luta pela liberdade e agora exige voltar ao cargo e até pede uma indemnização, uma bagatela de 40 mil euros.

Digamos que pelo seu comportamento, muito próprio para um ex-deputado e homem da pedagogia, o professor Charrua merece mais que o tacho que o seu partido lhe deu e os quarenta mil euros, ele merece isso tudo e mais um apartamento com vista para a afamada Praia da Messejana.

PS: Que me perdoem os amigos da Messejana que nunca puderam dar um mergulho na sua praia.

EU GOSTAVA MUITO DE SER AMIGO DO SR. CARLOS SARAIVA

«Na semana passada dei por mim a suspirar: "Meu Deus, como seria bom eu ter o sr. Carlos Saraiva como amigo." Quando se tem gente do peito como esta, a vida torna-se mais suportável e passamos a acreditar que ainda há esperança para a humanidade. Como? O caro leitor está a perguntar quem é o sr. Carlos Saraiva? Ó caro leitor, que desatento tem andado - nomes com este arcaboiço convém fixar, porque não cruzam as notícias todos os dias. Pois bem: o sr. Carlos Saraiva é o amigo do sr. Luís Filipe Menezes. Um daqueles amigos como já não se fazem, que lhe emprestou um avião a jacto para andar a viajar nos Açores de ilha em ilha, por pura, simples, cristalina, impoluta e desinteressada amizade. Um homem quase santo, diria eu, já com os dedinhos do pé direito a pisarem a parte debaixo do altar.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Quem não gostava João Miguel Tavares?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

IR À LÃ E SAIR TOSQUIADO

«Mesmo que Francisco Teixeira da Mota (PÚBLICO de sábado passado) entenda encerrar a polémica comigo sobre o novo Estatuto do Jornalista, que ele iniciou, não pode ficar sem a devida resposta a sua tentativa de me associar a uma pretensa "ofensiva socialista contra a liberdade de informação". Não sei de onde lhe vem a autoridade para tal, mas razão não tem nenhuma. E mesmo numa polémica há limites para o "terrorismo retórico"!

Para começar, falar de "trelas, mordaças e canga" - título do seu artigo -, a propósito da institucionalização da responsabilidade deontológica dos jornalistas, não é somente descabido. É também uma mistificação, visto que não foi minimamente contestada a distinção essencial, de resto óbvia, entre obrigações deontológicas e limites à liberdade de imprensa. A responsabilidade por infracções profissionais não afecta a liberdade de informação nem de opinião dos jornalistas, apenas pune práticas jornalísticas ilícitas. Como é que se pode considerar como "trela, mordaça ou canga" a punição de um jornalista que, por exemplo, publique uma história favorável a alguma instituição, a troco de alguma vantagem pessoal? Haja decência!

Em segundo lugar, trazer a uma discussão sobre a responsabilidade deontológica dos jornalistas outras questões que nada têm a ver com ela, incluindo decisões judiciais restritivas da liberdade de imprensa, só pode considerar-se uma tentativa de atirar areia para os olhos. Só faltava acusar a tal nefanda "troika socialista" (na qual fui incluído) de ser também responsável pelas referidas orientações jurisprudenciais (que, aliás, tenho criticado).

Dando por perdida a impossível defesa da irresponsabilidade e da impunidade profissional dos jornalistas, os seus opositores concentram-se na luta contra a atribuição da competência sancionatória à Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas. Preconizando eu essa solução desde há muitos anos, sem escândalo para ninguém, continuo a considerá-la não só acertada mas também a mais óbvia (além de ser a mais económica em termos institucional e financeiros). Basta ampliar as suas funções. De facto, essa comissão já existe entre nós há muito tempo, exercendo poderes de regulação da profissão, sem nunca ter sido considerada uma solução exótica ou "aberrante".

Contra esta solução não basta dizer que não tem equivalente lá fora, pois tal argumento de pouco ou nada vale em si mesmo, dada a grande variedade dos formatos de regulação profissional (e mesmo de auto-regulação) admissíveis. O que é preciso é demonstrar que ela é má e que há uma alternativa melhor. Todavia, nem uma coisa nem outra foram demonstradas.

Quanto à CCPJ, ninguém conseguiu argumentar convincentemente que um organismo independente - que segundo a nova lei será composto exclusivamente por jornalistas designados paritariamente pela profissão e pelos operadores (mais o presidente, por eles cooptado), e que já tem poderes de regulação da profissão, incluindo a verificação das incompatibilidades profissionais - não é uma solução adequada para verificar e sancionar as infracções a outros deveres profissionais, como genuína modalidade de autodisciplina profissional. Quanto à alternativa, os opositores limitam-se a apontar para vagas formas de "auto-regulação", não especificadas, o que é uma não-resposta, pois não se vê como é que pode haver jurisdição sobre toda a profissão se não tiver força de lei.

É claro que havia hipoteticamente a solução da ordem profissional - que existe na Itália e em diversos países da América Latina -, que alguns jornalistas acarinham desde há muito entre nós, porém sem convencer a generalidade da classe. Ora, mesmo que o Estado devesse favorecer essa solução - e, a meu ver, não deve, dada a "pulsão corporativista" das ordens, que no caso do jornalismo poderia ser um risco para a autonomia profissional -, a verdade é que sempre se teria de considerar politicamente inaceitável impor unilateralmente uma associação pública obrigatória a uma classe profissional que a não pediu.

Seja como for, a oposição ao Estatuto do Jornalista irmanou oportunisticamente tanto aqueles que são contrários a qualquer institucionalização de uma responsabilidade deontológica, que consideram uma ingerência intolerável na liberdade profissional (sendo a questão da CCPJ um simples pretexto), como os que são partidários de uma ordem dos jornalistas, obviamente favoráveis à disciplina deontológica (divergindo só no modo de a efectivar).

Ambas perderam, porém, a grande operação de contestação em que se envolveram, que passou por um bombástico abaixo-assinado e uma insólita manifestação em frente ao Palácio de Belém para exigir o veto presidencial ao estatuto. O veto veio e foi festejado. Mas logo chegou a decepção. O Presidente não questionou nem a punição disciplinar das infracções profissionais nem a competência da CCPJ; pelo contrário, considerou que o regime sancionatório proposto podia saldar-se em sanções demasiado leves para as infracções muito graves. Por isso, a reapreciação parlamentar do diploma vai seguramente corrigir essa inconsistência.

É caso para dizer que a contestação "foi à lã e saiu tosquiada" (tornando-se o Presidente cúmplice da cavilosa conspiração contra a liberdade de informação...). Mas não foi vencida somente no plano legislativo (que, aliás, neste ponto não se limitou ao voto do PS) mas também no plano de debate público, porque os seus partidários não conseguiriam convencer ninguém, para além deles próprios, das insondáveis razões para a irresponsabilidade deontológica e a impunidade disciplinar dos jornalistas. E quando uma causa não tem mérito, não há patrocínio que lhe valha, por mais qualificado que seja...» [Público assinantes]

Parecer:

Vital Moreira decidiu "tosquiar" Francisco Teixeira da Mota.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

BASTA DE PROPAGANDA E DEMAGOGIA, SENHORA MINISTRA

«No passado dia 3, num dos telejornais, a ministra da Educação afirmou que no nosso sistema de ensino havia uma relação de um professor para cada 9 alunos, ou mesmo 7, nalguns casos. Dizer isto, na altura em que a interrogavam sobre a dramática realidade de termos 45.000 professores desempregados, não é inocente. E é demagógico. Não é inocente porque a ministra sabe, perfeitamente, que na esmagadora maioria das salas de aula do país não temos 9 ou 7 alunos sentados frente a um professor. Temos vinte e muitos, nalguns casos mais que 30. É demagógico porque, se pais que têm filhos em idade escolar e professores deste país sabem que não minto, os portugueses que não pertencem nem a um nem a outro destes universos tiveram mais uma maliciosa achega para os levar a pensar que os docentes são uns bafejados pela sorte e vivem no melhor dos ambientes de trabalho. É ainda demagógico porque, mesmo em relação a alguns pais e professores, os pode ter confundido completamente e levado a pensar que, não sendo essa a situação que vivem, os privilegiados são os outros. Maldito paradigma este que esta senhora persiste em associar a uma profissão que devia respeitar! Fale claro uma vez e venha desmentir-me, levando-me em peregrinação, televisões atrás, às escolas onde tenha turmas com 9 ou 7 alunos!

Não sei como a ministra chega aos números com que pretendeu confundir a opinião pública. Contabilizando os professores com horários a tempo parcial? Os que apoiam deficientes? Contando os que mandou arregimentar em trabalho precário, 4 euros à hora, para ensinar Inglês? Os que suportam a rede imensa da burocracia bafienta em que se move? Sei que, no contexto em apreço, o que é relevante é falar do "professor de sala de aula", a tempo inteiro. O indicador sério e que importa é a dimensão das classes normais. O resto são tretas administrativas e manipulações estatísticas, de que estamos cansados.

O discurso oficial deste início de ano escolar trouxe-nos também uma boa dose de propaganda pífia, verdadeiramente reles, que culminou com a conferência de imprensa onde a ministra divulgou as "10 novidades", anunciadas anteriormente como "com bastante impacto" no sistema. Desta montanha propagandística saiu mais um ratito: tudo material requentado, velho, tísico. Nem sequer o despudor é novo, embora mereça algumas notas, a saber:

1. Repugnou-me ouvir a ministra da Educação falar de ter estabilizado o corpo docente. Em dois anos de funções, encurralou no desemprego 10.000 professores, obrigou centenas que integravam quadros a mudar de casa, tem ainda milhares por colocar, e tem o desplante de falar de estabilização? Com esta lógica, os trastes responsáveis pelos deslocados do Darfur podem subir às dunas do deserto e apontar os campos de inanição como locais de estabilização.

2. É urgente fazer uma discussão pública séria sobre os professores de que o país necessita. É calamitoso termos investido qualquer coisa como 1125 milhões de euros (só custos directos do Estado, sem falar nos que os próprios suportaram) na formação de pessoas a quem, agora, pagamos subsídio de desemprego. O país sério não pode seguir o discurso da ministra e dizer levianamente a esta gente: mudem de vida. Sobretudo enquanto o primeiro-ministro anda para aí, rosto de cera, a distribuir computadores a eito e a apregoar a necessidade de formação e o regresso à escola. Ou o "Valter qualquer coisa", aparentemente sem ler a ministra na imprensa, a criar mais cursos de professores generalistas, com selo serôdio de Bolonha, para formar ainda mais gente que terá como futuro... mudar de vida ou vender pirolitos.

3. A ministra na TVI e um seu assessor na imprensa escrita vieram dizer-nos que, feito dos feitos, o abandono escolar se situa agora nos 36 por cento, tendo caído graças à recauchutagem dos famigerados "currículos alternativos" em flamejantes "cursos técnico-profissionais". Não é preciso ser bruxo para antecipar que toda esta cosmética atingirá o apogeu quando o sucesso dos alunos se reflectir na classificação profissional dos professores, como previsto no genial estatuto.» [Público assinantes]

Parecer:

Santana Castilho "desanca" a torto direito na ministra da Educação.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O FINANCIAMENTO INDIRECTO DOS PARTIDOS ESTÁ GENERALIZADO

«Assim, o presidente da ECFP defende que devem ser feitas contabilizações diferentes para actividades partidárias correntes e para campanhas eleitorais. “Enquanto não tivermos esse tipo de detalhe não podemos dizer que temos base de transparência” , acredita. Miguel Fernandes vai mais longe ao considerar que enquanto “toda a sociedade não se construir em torno de organizações transparentes, é muito difícil querer que os partidos sejam organizações transparentes”.» [Correio da Manhã]

Parecer:

É evidente que são necessárias medidas, como, por exemplo, obrigar a que toa a publicidade política contenham dados que permitam identificar o financiamento.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «.Adoptem-se medidas.»

O CHARRUA TAMBÉM QUERERÁ UMA PRAIA NA MESSEJANA?

«Fernando Charrua, o professor afastado da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) após ter proferido um comentário sobre José Sócrates considerado "insultuoso" pe- los seus superiores, exige o regresso à administração e uma indemnização de 40 mil euros por danos morais. Em causa, explica, está o facto de não ter cumprido o tempo integral da sua requisição anual até 31 de Agosto.» [Diário de Notícias]

Parecer:

É verdade que a directora da DREN fez a figura que todos viram, mas parece-me que este Charrua não passa de farinha do mesmo saco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se uma mão cheia de figos secos ao professor Charrua»

PARECE QUE A DROGA JÁ VIAJA SEM ACOMPANHANTE

«As autoridades da Venezuela estão a interrogar dez pessoas, entre elas cidadãos portugueses, na sequência da detecção de duas malas com droga, ontem, no aeroporto internacional de Maiquetia, em Caracas. Segundo disse uma fonte da polícia anti-droga venezuelana, ao PortugalDiário, as bagagens tinham 61 quilos de cocaína e tinham como destino o Porto, através de um avião da TAP, em que não chegaram a entrar. » [Portugal Diário]

Parecer:

É evidente que não é difícil meter uma mala num avião que depois acaba por ser dada por perdida no aeroporto de destino, se é que chegam mesmo a ser dadas por perdidas. Entenderam ou é necessário explicar mais e melhor?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se o circuito das malas e, em particular, das malas perdidas.»

MENDES-MENEZES, CAMPANHA SEM REGRAS E SEM ÉTICA

«De acordo com o estudo de opinião divulgado hoje pela candidatura de Marques Mendes, entre os «simpatizantes» do PSD entrevistados 55,7 por cento preferem que o actual líder social-democrata vença as eleições directas para a liderança do partido de 28 de Setembro, contra 36 por cento que escolheram Luís Filipe Menezes. Dos entrevistados, 8,3 por cento disseram que não sabiam. » [Portugal Diário]

Parecer:

Um belo exemplo de isenção, a candidatura de Marques Mendes faz estudos de opinião e revela os resultados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deus nos livre deste Marques Mendes, que ao fim de tantos anos ainda não tem valores democráticos.»

WEB SOCIAL PODE ESTAR A DAR UM PREJUÍZO DE 260 MILHÕES DE DÓLARES NO RU

«Trabalhadores que visitam sites de relacionamento como Orkut, MySpace ou Facebook durante o trabalho podem estar dando um prejuízo de mais de US$ 260 milhões (cerca de R$ 520 milhões) por dia às empresas da Grã-Bretanha, segundo um estudo feito no país.» [BBC Brasil]

O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES

  1. O BiMarketing também não gostou do mapa de Portugal segundo a Nike.

PREMONIÇÕES DO 11 DE SETEMBRO [Link]

SKATE


11 DE SETEMBRO [Imagens]

ADÃO E EVA [10 imagens]

...WHY DON'T WE?

ARE YOU GONNA BE MY GIRL?

TIA DANKO

DMITRY VINOGRADOV

NIKOLAI SHELUSHENKOV

NISAN KANAS

SERGEY NIKOLAEV

MODELS HOTEL

Um rede social reservado a modelos:

«Models Hotel es una red social reservada a las modelos, un lugar donde quienes tienen su belleza por profesión pueden relacionarse entre ellos, colgar sus fotos y vídeos o participar en foros sin temer ser molestados por la gente normal. Una comunidad exclusiva a la que sólo se puede acceder por invitación.» [20 Minutos]

PUBLICIDADE DO VIAGRA

BC SCOTTISH HIGHLAND GAMES

Advertising Agency: Hangar 18 Creative Group, Vancouver, Canada
Creative Directors: Todd Chapman, Nigel Yonge
Art Director: Joan Hunter
Copywriter: Pierre Chan

BUXAWAY

[2][3]

Advertising Agency: M&C Saatchi, Bangkok, Thailand
Creative Director: Veradis Vinyaratn
Art Director: Tiratus Phaesuwan
Copywriter: Visa Amranand
Photographer: Chub Nokkaew
Producer: Vorawit Prakornkeaw

CARACOL RADIO

[2]

Advertising Agency: Ade, Bogota, Colombia
Creative Director: Nacho Martinez
Art Directors: Giovanny Saavedra, Norman Tirano
Copywriter: Natalia Berrio
Illustrator: Naranja Cine Y Tv