FOTO JUMENTO
Óbidos
IMAGEM DO DIA
[Steve Crisp / Reuters]
«Ciudad en las nubes. La niebla matinal sobre una zona de edificios en construcción en Dubai.» [20 Minutos]
JUMENTO DO DIA
As confidências do ministro da Saúde ao "Portugal Socialista"
Depois de ter acusado os oftalmologistas de trabalharem pouco, o ministro da Saúde decidiu acusar os médicos de se baldarem. Talvez seja verdade, mas é um facto que a classe médica não ser conhecida como um bando de gandulos, a existirem, essas situações serão pontuais e devem ser condenadas.
É grave que um ministro da Saúde lance um estigma destes sobre toda uma classe e ainda por cima, o faz numa entrevista ao órgão do seu partido, como se estivesse a fazer queixinhas. Parece que começa a ser moda dos ministros deste governo identificar as classes profissionais como inimigos das políticas governamentais.
MENDES & MENEZES
«Não é que Marques Mendes e Luís Filipe Menezes sejam idênticos. Mendes é mais previsível e Menezes mais irrequieto. Ambos têm ínfimas possibilidades de ganhar eleições legislativas, e a Menezes soma-se o estigma de ser um novo Santana Lopes. Eles não são iguais. Contudo, na medida em que só podem esperar que o Governo tropece, são igualmente irrelevantes.O debate foi espelho disso. Nas curtas mas obrigatórias fantasias sobre o país, oscilaram entre o "não me resigno" e o "quero a economia a crescer a três por cento". Perfilham portanto dessa curiosa doutrina segundo a qual a economia do país é um reflexo dos estados de alma dos "líderes". Muito em voga entre a direita europeia após a eleição de Sarkozy, ela serve sobretudo para baralhar o esgotamento da doutrina ainda dominante, segundo a qual é necessário dar cada vez mais poder às empresas para que o bem- estar económico se difunda, por capilaridade, à sociedade inteira.» [Público assinantes]
Parecer:
o comentário de Rui Tavares àquilo a que alguém se lembrou de chamar pomposamente debate.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
PSD ESQUECEU-SE DE MANDAR A CONTA À SOMAGUE?
«Uma oficial de justiça chegou ontem à sede nacional do PSD, por volta das 08h30, para executar uma penhora num valor próximo dos 2500 euros. O montante reportava-se a uma dívida contraída para a campanha de Fernando Negrão em Setúbal, nas eleições autárquicas de Outubro de 2005. Segundo assegurou ao CM o secretário-geral social-democrata, Miguel Macedo, o PSD pagou o valor em dívida, garantindo que a penhora acabou por não ser executada. O dirigente admitiu que foi a primeira vez que tal aconteceu. O credor era uma empresa ligada ao sector gráfico.» [Correio da Manhã]
Parecer:
Miguel Macedo tem razão, quem pagou uma pequena fortuna também pagaria esta ninharia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Averigua-se»
NOTÁVEIS DO PSD NÃO VIRAM O DEBATE ENTRE MENDES E MENEZES
«Entre a apatia e o desinteresse. Foi assim que diversos nomes sonantes do PSD encararam o debate televisivo da noite de terça-feira, na SIC Notícias, entre Luís Filipe Menezes e Luís Marques Mendes. Nem todo o cortejo de polémicas que antecedeu este frente-a-frente parece ter contribuído para despertar a atenção de muitos sociais-democratas, como ficou bem patente numa ronda de contactos que o DN ontem estabeleceu junto de militantes bem conhecidos do partido. Quando falta pouco mais de uma semana para a eleição directa do líder.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Compreende-se, nem são candidatos nem tinham nada a aprender.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Santana se é mesmo verdade que não viu nem gravou.»
ELECTRICIDADE EM PORTUGAL CUSTA MAIS 8 EUROS QUE EM ESPANHA
«Por outro lado, as restrições que existem ainda em matéria de capacidade de interconexão, não permite que a energia mais barata produzida em Espanha chegue em quantidade suficiente para induzir uma baixa dos preços em Portugal. Nos meses de Julho e Agosto, o Mibel funcionou apenas em 20% das horas, devido a limitações na interligação. Nos outros 80%, as redes estavam saturadas o que não permitiu o funcionamento do mercado integrado. Para lá da gestão comum dos dois mercados, a integração far-se-á ainda ao nível das empresas de transporte e de operação no mercado. Depois da troca de participações entre a REN (Redes Energéticas Nacionais) e a Rede Eléctrica Espanhola, a empresa portuguesa irá cruzar posições com a Enagás (gestora da rede de gás espanhola), revelou o presidente José Penedos na mesma conferência. A REN deverá ficar com até 3% da Enagás que poderá comprar 5% da empresa nacional.» [Diário de Notícias]
Parecer:
Como pode haver um mercado ibérico se as ligações entre as duas redes são insuficientes? Os responsáveis que promoveram o Mibel ou se esqueceram deste pormenor ou estavam a gozar com os consumidores.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Suspenda-se o Mibel até que existam infra-estruturas que o viabilizem.»
MINISTRO DA SAÚDE DIZ QUE MÉDICOS SE BALDAM
«O ministro da Saúde diz numa entrevista publicada esta semana, no "Acção Socialista" que "havia médicos escalados para horas extraordinárias que nem sequer punham os pés no hospital". "E não foram dois, três ou quatro casos. Era algo que se estava a tornar banal", afirmou Correia de Campos. Adiantando que, em todo o país, só 11 médicos deixaram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro diz acreditar que, daqui a dois anos, regressarão. Afirmações logo contestadas, ao JN, por membros da classe.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
A acusação pode ter muito fundamento mas a ser feita deve ser sustentada em provas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministro que seja mais comedido nas palavras.»
REITOR DE COIMBRA PÕE O DEDO NA FERIDA
«O reitor Seabra Santos defendeu ontem, na abertura solene das aulas da Universidade de Coimbra, que o Ensino Superior teria melhores reformas legais, se "quase todos os responsáveis políticos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) "não fossem do Instituto Superior Técnico (IST). "A concentração de quase todas as responsabilidades políticas do Ministério em pessoas provenientes de uma só escola não é uma boa solução", avaliou.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Tem razão, o ministro Mariano Gago não raras vezes deixa de ser ministro das universidades para passa a ser ministro do Técnico.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministro que tenha um mínimo de imparcialidade.»
PORQUE SERÁ?
«Até agora, nenhuma autarquia mostrou interesse em se juntar ao Sistema Nacional de Compras Públicas. Este sistema abrange formalmente apenas a Administração Central e institutos públicos, mas as autarquias podem também utilizá-lo para as suas compras, se assim o desejarem. Na leitura de Francisco Velez Roxo, presidente da Agência que gere aquele sistema, a Administração Local tem feito grandes progressos na gestão de compras, mas tem ainda espaço para poupar mais.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Seria interessante comparar os preços das aquisições da Administração Local com as da Administração Central. independentemente de outras explicações parece evidente que os autarcas prefiram comprar a quem vota neles.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Compare-se.»
O ENSINO NÃO NOS DÁ APENAS DESILUSÕES
«O sonho de estudar Engenharia Automóvel era antigo e, para isso, Rafael Silva sabia que tinha de optar pela Informática. Aos 18 anos, este aluno do colégio Dr. Luís Pereira da Costa, de Monte Redondo (concelho de Leiria), orgulha-se de ter acabado o 12º ano com distinção e de ter realizado um projecto inovador um robô, que pode ser manipulado à distância, através de um computador portátil, e deslocar-se em territórios inacessíveis, como grutas ou locais onde tenham ocorrido sismos, por exemplo. À disciplina de Projecto, Rafael obteve 20 valores, a mesma nota que teve noutras quatro.» [Jornal de Notícias]
Parecer:
Talvez merecesse a pena o ministério estudar estes casos de sucesso, apurando o tipo de relação que ao longo do percurso escolar se estabeleceu com a escola e com os professores. Faria igualmente sentido que a ministra tivesse uma palacra com estes alunos, bem como com os professores envolvidos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»
O NOVO DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS: JOSÉ AZEVEDO PEREIRA
O nome do novo director-geral foi divulgado pelo ministro das Finanças numa entrevista à RTP, dele pouco mais se sabe do que o nome, o curso onde se licenciou, que fez o doutoramento numa universidade vulgar, que está ligado ao ISGB (Instituto Superior de Gestão Bancária) e pouco mais.
Sendo a DCGI uma organização com mais de 13.000 funcionários e centenas de serviços, estes dados são insuficientes para avaliar as suas aptidões para gerir uma "grande empresa" que desconhece. Se em vez de cobrar impostos a DGCI tivesse como funções fazer aplicações financeiras com as receitas fiscais diria que o futuro director-geral teria uma formação razoável, ainda que duvide que a Goldman Sachs perdesse muito tempo a ler o seu currículo. Mas para gerir uma empresa tão grande sem qualquer experiência de gestão teremos que duvidar da escolha.
É evidente que tem o benefício da dúvida só que neste caso a dúvida é grande, diria mesmo que é muito grande. Há um grande risco de José Sócrates ter dado um tiro no pé, em vez de ter escolhido em função da capacidade de gestão foi procurar o mais parecido que havia no mercado com o dr. Macedo, mas a baixo preço.
Os argumentos usados pelo ministro são aquilo a que se poderiam chamar argumentos da treta, aliás, foi visível a sua atrapalhação no momento de justificar a escolha. Consultor qualquer um pode ser, é o que há mais em Portugal. Quanto a gestor até o senhor Moreira da mercearia onde vou pode dizer que é, trata-se de uma empresa do sector alimentar com quatro empregados, o senhor Moreira, uma empregada e as duas filhas, uma a tempo inteiro e a outra nas horas vagas.
Isso significa que nem o ministro das Finanças, nem José Sócrates perceberam o que se passou na DGCI nos últimos três anos. Em vez de procurarem alguém com perfil para director-geral escolheram o que encontram de mais parecido com o dr. Macedo, resta esperar que tenham tido sorte.
Enfim, esperemos que ao menos o futuro director-geral dos Impostos saiba onde fica o seu serviço de Finanças pois para conhecer a DGCI vai levar algum tempo, tempo durante o qual o petroleiro, que já andava a navegar devagar, vai ficar parado.
PS. Um pequeno mau momento naquela que foi uma boa entrevista do ministro das Finanças.
ADITAMENTO: O CURRÍCULO" DO NOVO DG - UM CLONE DO DR. MACEDO?
O mail que anda a circular:
"José Azevedo Pereira, o nome que o Governo escolheu para assumir a pasta de Director-Geral dos Impostos (DGCI) tem um percurso profissional predominantemente ligado à academia e aos mercados financeiros, mas sem ligações directas ao universo da fiscalidade e à administração pública.
José Azevedo Pereira, o nome que o Governo escolheu para assumir a pasta de Director-Geral dos Impostos (DGCI) tem um percurso profissional predominantemente ligado à academia e aos mercados financeiros, mas sem ligações directas ao universo da fiscalidade e à administração pública.
Ribatejano, nasceu em Santarém em 1961, tendo aí completado o ensino básico e secundário. Em 1979 desce a Lisboa, para ingressar no curso de gestão do ISEG/UTL, a escola onde mais tarde viria a desenvolver a actividade profissional principal, a docência. É também nos corredores do ISEG que, entre 1979 e 1984 se cruza pela primeira vez com Paulo Macedo. O mediático ex-director-geral dos impostos era um ou dois anos mais novo, mas quem por lá andou na mesma altura, garante que foi aí que se cimentaram laços que perduram até hoje.
O bom desempenho escolar durante a licenciatura facilita-lhe o ingresso directo na vida académica: José Azevedo Pereira começou por ser assistente estagiário na Universidade dos Açores, um ano depois na Universidade Nova de Lisboa e, finalmente, no ISEG.
Foi ao estrangeiro – Manchester, Inglaterra – fazer o doutoramento, com uma tese sobre instrumentos de dívida e opções. No reingresso na vida lectiva volta a cruzar-se com Paulo Macedo. José Azevedo Pereira enquanto professor dos quadros do Departamento de Gestão, Paulo Macedo enquanto professor convidado.
Consultoria, finanças, mas pouca fiscalidade
Sem ligações directas ao universo da fiscalidade nem à administração pública - lecciona finanças empresarias e matemáticas financeiras e desenvolve investigação na área das finanças imobiliárias - conta, contudo, com algumas experiências empresariais: além de consultor, foi director financeiro de uma empresa importadora e administrador da EPAC, uma empresa pública da área da Agroalimentação e Cereais que foi dissolvida no final de 1999.
Mais recentemente, dirigiu, por encomenda de Paulo Macedo, uma auditoria às dívidas fiscais titularizadas durante o mandato de Manuela Ferreira Leite.
Uma herança pesada A partir de dia 27, Azevedo Pereira receberá do colega de carteira e de Departamento uma herança difícil de gerir. Paulo Macedo deixou a máquina fiscal mais ágil e moderna, o que facilitaria a vida de qualquer sucessor, mas imprimiu-lhe uma marca pessoal muito forte. Por isso, diz-se no meio da fiscalidade, onde José Azevedo Pereira se estreia na próxima semana, que se conseguir fazer um bom trabalho, os méritos tenderão a ser atribuídos ao seu antecessor; se falhar, dará azo a manifestações saudosistas.»
Para além de o novo dg ser muito provavelmente (pelo menos) uma quinta escolha (para além do dr. Macedo que fez tudo para permanecer registaram-se mais três hipóteses) é uma escolha do próprio dr. Macedo, o seu último acto de gestão. O dr. Macedo foi substituído por um clone do próprio dr. Macedo, a clonagem chegou ao fisco.
MONACO YATCH SHOW [Link]
Para quem tem muito, mas mesmo muito dinheiro.
Será que dá para encomendar um emandar a factura para a Somague ou para o ex-cônsul de Portugal no Brasil?
GASTRONOMIA REGIONAL DE PONTE DE LIMA
NOMEADOS PARA OS EMMYS
BODEGA SÉPTIMA
Advertising Agency: delriofont, Buenos Aires, Argentina
Creative Director: Juan Ignacio Ravaioli Font
Art Director: Marcelo Scatamacchia
Copywriter: Dino VelziIllustrator: Lisandro Poncielli
Account Director: Fabiana Del Rio
Account Executive: Nadia Petrone
HP PHOTOSMART
Advertising Agency: Publicis, Bucharest, Roman
iaCreative Director: Razvan Capanescu
Art Director: Catalin Rulea
Copywriter: Andreea Curt
Illustrator: Cristian Buliarca
IPANEMA GISELE BUNDCHEN