terça-feira, setembro 25, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Nazaré

IMAGEM DO DIA

[Carlos Barria / Reuters]

«Hawai-Bagdad. Un soldado estadounidense disfrazado de bailarina durante una fiesta hawaiana en una base militar de Bagdad.» [20 Minutos]

ERRO DE CASTING PUBLICITÁRIO

JUMENTO DO DIA

Critérios presidenciais

Para comemorar a adesão de Portugal à CEE Cavaco Silva inventou um critério com base no qual explicou a razão porque Soares foi um dos poucos portugueses excluídos. Agora que estão em causa os interesses do dinheiro do crude recebe Soares e aceita presidir ao encerramento de uma conferência promovida pela GALP e pela Fundação Mário Soares.

Enfim, critérios presidenciais...

AS DIRECTAS NO PSD

Seja qual for o resultado das directas no PSD já é evidente que o próximo líder terá menos credibilidade eleitoral do que Robert Mugabe, a directas naquele partido estão a ser tudo menos transparentes. Votos comprados, votos obedientes a Alberto João, votos de milhares de militantes dos Açores que só lá devem ter o nome para votar pois estão dispensados de pagar quotas, de tudo vale nestas directas. Nem sequer o discurso político de Mendes ou Menezes merece maior pontuação do que o discurso de Mugabe.

Enfim, um triste espectáculo do partido que durante mais tempo governou Portugal.

A IMPLOSÃO PARTIDÁRIA

«É certo que é fácil criticar os partidos - mas é imperioso reconhecer que isso acontece porque eles estão mesmo mal! Com uma indiferença que talvez encontre justificação no lastro salazarista que fez dos partidos uma variante do "mal absoluto", temos assistido quase sem reagir à sua contínua degradação, processo de que as intercalares de Lisboa foram uma triste confirmação.» [Diário de Notícias]

Parecer:

José Maria Carrilho esqueceu-se da figura que fez quando se candidatou a Lisboa, para não falar dos seus ataques a Guterres, e agora está muito preocupado com os partidos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»

OS JUROS E O POPULISMO

«Na terça-feira, a Reserva Federal desceu a sua principal taxa directora. Antes, o Banco Central Europeu adiara a subida dos juros, prevista até eclodir a crise do crédito. O motivo é óbvio: esta crise afecta o crescimento económico.

Era inevitável que afectasse. Não há cura sem dor. O entusiasmo dos mercados financeiros, sobretudo na concessão de crédito, tinha ido longe de mais. Em parte, porque os juros nos Estados Unidos permaneceram baixos demasiado tempo - o que estimulou bolhas especulativas, primeiro nas acções tecnológicas e depois na habitação.

As decisões dos bancos centrais não evitam, apenas moderam, a subida dos juros. Assustados com as consequências do crédito fácil, os bancos têm agora outra percepção do risco. Por isso entraram numa fase de contracção e encarecimento do crédito.

A situação é propícia ao populismo. Ouvem-se críticas ao "monetarismo", ignorando que o dito está morto e enterrado há 20 anos (a diversificação e sofisticação dos novos instrumentos financeiros tornou praticamente impossível medir a quantidade de moeda em circulação). E multiplicam-se os protestos contra os juros altos.

Nada de novo. No fim do séc. XIX surgiu nos EUA um "Partido Populista", para promover a luta dos agricultores contra o crédito difícil e contra os bancos. E Hitler, antes de se tornar chanceler da Alemanha em 1933, prometeu em centenas de comícios "acabar com a escravatura dos altos juros".

Agora temos os ataques de Sarkozy ao BCE e à sua independência. O hiperactivo Presidente francês é inovador em vários domínios, mas não certamente quando insiste na mais retrógrada tradição dirigista da França. Sarkozy não aprecia o mercado e a concorrência. Ele é pela intervenção do Estado na economia, seja na promoção de esquemas para impedir a compra de empresas francesas por estrangeiros, seja tentando influenciar as taxas de juro e o câmbio do euro.

Por cá, o paternalismo de Estado em matéria de juros é defendido por Paulo Portas e Francisco Louçã. Este último quer que o Estado proteja as famílias portuguesas da "violência dos juros". E Portas questionou o Governo sobre as medidas que iria tomar para travar a escalada dos juros.

Convém lembrar que os juros ainda não atingiram níveis que se possam considerar historicamente elevados. Eles estiveram, isso sim, a níveis baixíssimos entre 2001 e 2006. Curiosamente, a fase dos juros negativos (inferiores à inflação) coincidiu com a quase estagnação da economia portuguesa. E o investimento empresarial só agora, já com os juros a subir, dá tímidos sinais de animação, ou seja, a importância dos juros para o crescimento económico é sobrestimada.

Claro que há inúmeras famílias portuguesas endividadas e aflitas com o pagamento dos juros. É um problema real, mas não se pode falar aí de qualquer surpresa. Só um louco esperaria que as taxas de juro se mantivessem a pouco mais de 2 por cento, como esteve a Euribor durante quase três anos. Aliás, há muito que o Banco de Portugal obriga os bancos a apresentar simulações de subidas de juros a quem pede um empréstimo.

Não poderia o Governo ter feito alguma coisa para evitar os actuais apertos das famílias endividadas? Claro que sim - este Governo e os anteriores. Não se trata de bramar contra a independência dos bancos centrais ou de dar dinheiro dos contribuintes a quem se endividou e hoje está atrapalhado. O que não se fez, e devia ter feito, foi relançar o mercado de arrendamento.

Mais de três quartos do endividamento dos particulares, em Portugal, têm a ver com crédito para compra de casa. Pela simples razão de que, com as rendas congeladas ou quase, há muito deixou de haver casas para alugar. Para a maioria dos portugueses, a única hipótese de ter casa é, assim, comprá-la a crédito. Por isso o crédito à habitação continua a crescer. Algo economicamente absurdo, pois muitas famílias não são "solventes" - em condições normais de crédito não têm rendimentos para pagar os juros a as amortizações dos empréstimos. Os juros de há anos eram excepcionais.

O Governo espanhol já anunciou incentivos para estimular o aluguer de habitações, e a lei do arrendamento em Espanha nem por sombras é tão bloqueadora como a nossa. Mas, entre nós, a falta de coragem ainda não permitiu atacar o problema nas suas causas. Agora, aí está a factura. A pagar por muitas famílias.» [Público assinantes]

Parecer:

De Sarsfield Cabral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O PSD NO SEU PIOR

«Quatro sociais-democratas terão pago largas centenas de quotas de militantes do PSD nos últimos dias. Estas irregularidades foram comunicadas pelo secretário-geral do partido, Miguel Macedo, ao Conselho de Jurisdição (CJ), que hoje reúne para analisar o problema. A reunião começou na sexta-feira mas foi inconclusiva: só esta tarde deverá haver uma deliberação. Mas a principal questão é a dos Açores, onde apenas 36 dos 8218 militantes têm as quotas em dia. Apesar disso, o PSD-Açores reclama direito generalizado de voto para a escolha directa do presidente nacional do partido, que decorre na próxima sexta-feira. Os dois candidatos são o actual líder, Marques Mendes, e Luís Filipe Menezes.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Este PSD começa a lembrar a ANP.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Mendes e a Menezes quantos votos já compraram.»

LOUÇÃ DISPARA AO LADO

«O ambiente está definitivamente toldado entre a maioria PS e o Bloco de Esquerda. Em três dias seguidos, três acusações de Francisco Louçã mereceram de resposta três desmentidos governamentais. Primeiro, foi o Ministério da Saúde (sexta-feira); depois a Educação (sábado) e ontem o Ambiente. A conflitualidade acentuou-se logo a seguir à assinatura entre o BE e o PS de um acordo para a governação da Câmara Municipal de Lisboa, vivamente contestado no interior do Bloco de Esquerda.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Parece que depois de não ter resistido à tentação do poder Francisco Louçã arma-se em agressivo para disparar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Louçã porque aceitou um acordo com o PS em Lisboa.»

POSIÇÃO ANEDÓTICA

«O PCP considera que o novo Código de Processo Penal é uma prova de como o Governo pretende limitar a Justiça. "O pacto PS/PSD serve objectivos e estratégias que visam limitar o poder judicial face ao económico e político e enfraquecer o combate à grande criminalidade económica e à corrupção", afirmou, ontem, no intervalo da reunião do Comité Central, Jerónimo de Sousa.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

Que o PCP desistiu dos operários para controlar as polícias há muito que se percebeu, que venha com um comunicado onde esquece os direitos de cidadania em favor dos poderes policiais é quase uma anedota.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa se tomou a mesma posição quando as novas regras foram aprovadas, ou se está a toma uma posição meramente oportunista o que significa que passou a imitar o Francisco Louçã.»

POSIÇÃO HIPÓCRITA

«As linhas mestras da distribuição e utilização de seringas nas cadeias serão hoje discutidas entre os responsáveis dos ministérios da Justiça e da Saúde, mas a polémica sobre a decisão já está instalada, com o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) a indagar como é que o Governo, alegadamente para minorar os problemas de saúde nos presídios, admite a prática de outro crime, neste caso a utilização de drogas.» [Público assinantes]

Parecer:

Os guardas prisionais sabem bem quem consome droga nas prisões e como entra a droga e as seringas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ignore-se.»

DEZ SEMANAS DE CADEIA E TRÊS ANOS SEM CONDUZIR POR CONDUZIR A 275 KM/H

«O britânico Timothy Brady, considerado o motorista que até hoje mais desrespeitou os limites de velocidade do país, foi condenado nesta segunda-feira a dez semanas de prisão.

Brady, de 33 anos, foi flagrado por uma câmera da polícia em janeiro deste ano quando dirigia um Porsche Turbo 911 a 275 km/h.» [BBC Brasil]

ITÁLIA: CAMPANHA POLÉMICA CONTRA A ANOREXIA

«El drama de la anorexia ha llegado con toda su crudeza a las vallas publicitarias de las calles italianas y desde allí a la opinión pública a través de la foto de una joven desnuda y de una delgadez extrema, elegida como "modelo" para la campaña de una marca de moda, que ha querido así sensibilizar sobre este problema.

La idea ha sido del fotógrafo Oliviero Toscani, conocido por sus polémicas campañas con la marca Benetton, y ya ha conmocionado a la opinión pública italiana por su crudeza, como ha suscitado las críticas por parte de algunas asociaciones.» [20 Minutos]

ESPANHA: ESTÁ NA MODA AS EQUIPAS FEMININAS DESPIREM-SE

«Está empezando a convertirse en una moda que deportistas de varias disciplinas se desnuden para encontrar patrocinadores. El último caso lo encontramos en la revista Inteviú de esta semana: las jugadoras del A.D Torrejón (Madrid), equipo de la Superliga femenina de fútbol.

No son profesionales del balón, sino que se dedican a oficios tan variados como el de camarera, recepcionista, maestras o ingenieras, pero los 70.000 euros de presupuesto que tiene el club es muy ajustado. » [20 Minutos]

OS LISBOETAS VÃO PAGAR MAIS IMPOSTOS?

«O plano de saneamento da Câmara Municipal de Lisboa, apresentado hoje por António Costa, tem como objectivo a resolução de 637 milhões de euros de dívidas a curto-prazo, num passivo global de 1,5 mil milhões de euros. O presidente da câmara anunciou a duplicação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que é o aumento máximo previsto por lei.» [Público]

Parecer

Pelo que percebi pela televisão o aumento é só para os prédios devolutos há pelo menos um ano.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a António Costa qual o tempo médio que a CML demora para aprovar uma obra.»

O SEF QUER CONTROLAR ÁREAS PORTUÁRIAS

«Os inspectores do SEF entendem que esta lacuna constitui uma séria ameaça à segurança e, através da sua direcção, terão já feito sentir junto do Ministério da Administração Interna a necessidade de se criar nova legislação. Um dos novos procedimentos sugeridos é o de atribuir exclusivamente ao SEF a emissão dos documentos que dão acesso às zonas internacionais.» [Público assinantes]

Parecer:

O SEF esquece que há outras instituições com poderes que nessas áreas que em circunstância alguma poderão ser controladas por este organismo. Ao que prece o que o SEF quer é obter receitas, cobrando a taxa de 1 euro a quem circula nas zonas portuárias.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao SEF que seja mais comedido na sua ambição.»

O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES

  1. O "Wehavekaosinthegarden" cita o post dedicado aos equívocos de Marques Mendes.
  2. O "Inspector X" cita o post dedicado a Mourinho.
  3. O "Macroscópio" também se lembra dos telemóveis oferecidos à custa de um programa comunitários do tempo de Cavaco Silva.

FOTOGRAFANDO NUVENS [Link]

JAN PILLER

YURI ALEXANDROV

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ODISSEY

CHIRAC KARAPETYAN-MILSHTEYN

PRODUZ O TEU VINHO ATRAVÉS DA INTERNET

«Para convertirse en viticultor ya no hace falta invertir grandes sumas de dinero ni pasar largas horas al sol entre viñedos. Crushpad, una joven empresa californiana, permite a cualquiera hacer su propio vino y observar todo el proceso a través de Internet con sólo un par de clics.

La compañía, con sede en San Francisco, elabora vinos a medida para sus clientes, que pueden elegir desde la variedad de la uva hasta el diseño de la etiqueta, pasando por el tiempo de envejecimiento o el tipo de barrica. Si el cliente lo desea, puede desplazarse hasta San Francisco y participar en el proceso. Si no, puede observar cómo fermenta su crianza tranquilamente desde casa a través de una cámara web. » [20 Minutos]

CANECA

PERGUNTA DE CÓDIGO DA ESTRADA

UMA AMERICANA QUE CONSEGUE LOCALIZAR PORTUGAL NUM MAPA!

SUÉCIA: APRESENTADORA DE TV INDISPOSTA

UM PROBLEMA COM OS SAPATOS

A ISTO CHAMA-SE IR DE SKATE

ALBERTA GOVERNMENT

[2]

Advertising Agency: MacLaren McCann Calgary, Canada
Creative Director: Mike Meadus
Art Directors: Kelsey Horne & Brad Connell
Copywriters: Nicolle Pittman & Mike Meadus
Photographer: Jason Stang

HARVEY NICHOLS

Advertising Agency: DDB London, UK
Art Director: Victor Monclus
Copywriter: Will Lowe
Photographer: Sue Parkhill
Creative Director: Jeremy Craigen
Head of Art: Grant Parker
Account handlers: Philip Heimann, Ildut Loarer
Project Manager: Caroline Tripp
Art buying: Daniel Moorey

AMNISTIA INTERNACIONAL

[2][3][4]

Advertising Agency: MUW Saatchi & Saatchi, Slovakia
Creative Director: Rasto Michalik
Art Director: Radim Blaho
Copywriters/Idea: Peter Izo, Matus Svirloch
Photographer: Miso Bak
Production Company: Hitchhiker