domingo, setembro 09, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Festa do Avante (2005)

IMAGEM DO DIA

[San Diego Zoo - AP]

«San Diego Zoo senior veterinarian Geoff Pye examines a 26-day-old giant panda cub. Pye said the cub is a healthy 36 ounces, but it is not yet developed enough to determine its gender.» [Washington Post]

JUMENTO DO DIA

Marques Mendes diz que com ele acabam os deputados fantasmas

Então porque não acabam já? Se isso apenas depende da vontade do presidente do PSD então porque é que Marques Mendes nunca o propôs, e só agora usa esse argumento para atacar o seu adversário?

EDUARDO PRADO COELHO: O ATEU E O CARDEAL

«A questão da morte começa por ser a dos outros, para depois passar a ser a da nossa própria morte", tinha dito recentemente Eduardo Prado Coelho. É isso: um belo dia, a morte chega, parte-se, e o mistério todo é que ninguém deixa endereço.» [Diário de Notícias]

Parecer:

O padre Anselmo Borges escreve sobre Eduardo Prado Coelho recordando as "cartas" trocadas entre este e o Cardeal Patriarca de Lisboa no DN.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ESCUTAS, SEGURANÇAS E FANTASMAS

«Mas convém recordar do que se trata, na prática. Eu era um miúdo, ainda na Faculdade, quando fui trabalhar para a Comissão de Extinção da PIDE, para supostamente ajudar a organizar a investigação de processos-crime contra os pides. Consultando os dossiês desse miserável mundo policial, rapidamente percebi que a PIDE guardava as escutas para muito mais do que acusar em Tribunal Plenário as suas vítimas do nefando crime de serem contra o regime. As escutas arquivadas continham também abundante matéria que apenas tinha que ver com a vida pessoal e íntima dos opositores do regime, e cujo conhecimento seria mais tarde utilizado para telefonemas anónimos a denunciar infidelidades conjugais e coisas do género. Criei logo aí uma definitiva repulsa por essa actividade nojenta que consiste em escutar conversas alheias. Claro que, infelizmente, tenho de aceitar que, num tempo de terrorismo e crime altamente organizado e sofisticado, as escutas policiais se tornaram um mal necessário para evitar males bem maiores. Mas não sejamos hipócritas: continua a tratar-se de um trabalho sujo.

O mal está, assim, em quando essa actividade deixa de ser excepcional e dirigida à investigação de crimes excepcionais, quando deixa de ter como finalidade primeira a recolha de indícios e a confirmação de suspeitas, que depois terão de ser mais bem investigadas e completadas por outras provas, e se transforma numa actividade rotineira e, em muitos casos, no único e confortável meio de prova. E, pior ainda, quando, como vem sendo habitual, havendo sérias dúvidas de que essa única prova recolhida possa assegurar vencimento em tribunal, se fomenta a ‘fuga’ do conteúdo das escutas para os jornais, a fim de conseguir uma condenação popular, em lugar de uma condenação judicial. Quase todos os chamados ‘casos mediáticos’ vividos entre nós recentemente são exemplos flagrantes desta prática perversa e que já entrou, sem escrutínio deontológico, nos hábitos policiais e nos hábitos jornalísticos. Há dias, a propósito do ‘caso McCann’, um jornal inglês concluía, espantado e cheio de razão, que, em Portugal, a polícia continuava, como há cem anos, a procurar e valorizar, acima de tudo, a auto-incriminação do suspeito: ou por confissão (espontânea ou ‘forçada’), ou por escuta telefónica. Uma vez isso conseguido, dispensa-se de investigar mais o que quer que seja. Quando se descobriu que, por engano ou por excesso de zelo, até o Presidente da República foi escutado no ‘caso Casa Pia’, o anterior procurador veio afirmar candidamente que “não haveria mais” do que sete ou oito mil escutados habitualmente - como se fosse pouco! Para mais, lavra a suspeita consistente de que, ao contrário do que reza a lei, as escutas nunca são levadas ao juiz de instrução num prazo razoável, que estes não têm tempo para perder horas e horas a ouvir gravações e que aquilo que não interessa para a instrução não é imediatamente destruído. Vivemos, como todos sabem, sob a lei do faz-de-conta. São escutados inocentes e culpados - talvez cinco inocentes por cada culpado; são enviadas para os jornais todas as escutas que interessa divulgar; e são mantidas ou divulgadas partes de escutas sobre assuntos que nada têm que ver com o que se investiga. Defender que isto continue assim é preconizar a continuação de dois males: a devassa da vida íntima de cada um como prática aceitável e habitual; e a incompetência investigatória como fatalidade a estimular. Muito gostaria de saber o que pensariam os defensores desta “liberdade de informação” no dia em que acordassem e lessem a transcrição de uma sua conversa nos jornais, sem que fossem suspeitos de crime algum: apenas o ‘crime’ de serem suspeitos pelo facto de terem sido escutados. » [Expresso assinantes]

Parecer:

Miguel Sousa Tavares opõe-se à publicação de escutas telefónicas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O SONHO DE SÓCRATES QUE SE TORNOU REALIDADE

«Em Novembro de 2001, o então ministro do Ambiente, José Sócrates, sonhou com uma lei inexistente. E ao chegar ao seu gabinete escreveu uma carta a um jornalista do PÚBLICO. Queria avisá-lo de que a "invocação pública" de uma escuta telefónica feita pela Judiciária a uma conversa em que ele intervinha "constitui a prática de um crime". A advertência, feita com o intuito de travar a publicação de uma notícia referente a essa escuta, não tinha qualquer fundamento legal. Na semana passada, porém, o sonho de José Sócrates tornou-se realidade.

Revelar o teor de uma escuta telefónica constante de um processo judicial que não se encontrava em segredo de justiça não era crime em 2001. Nem ninguém sonhava que o viesse a ser, a não ser Sócrates e, eventualmente, alguns dos que o acompanham na presente cruzada contra a liberdade de informação. Mas a declaração de guerra do actual primeiro-ministro àquilo que os seus acólitos denominam de "jornalismo de sarjeta" já tinha sido feita nas páginas do PÚBLICO.

Numa carta publicada neste jornal em 1 de Março de 2001, Sócrates perorava sobre ética e deontologia dos jornalistas e anunciava o que aí vinha: "Parece que é tempo de começar a combater as éticas de plástico que outros agora sustentam [referindo-se a alguns jornalistas], por mais politicamente incorrecto que isso possa ser."

Meses depois, quando o PÚBLICO o confrontou com a escuta telefónica em que dava instrucções a um empresário seu amigo sobre o que devia fazer para interferir no resultado de um concurso público, Sócrates desejou tanto que os seus sonhos fossem realidade que não se coibiu de qualificar como crime aquilo que nunca o fora. A conversa tinha sido gravada anos antes, quando ele era deputado, e resumia-se a uma recomendação para que o empresário contactasse, e posteriormente recompensasse, um seu colaborador do aparelho socialista da Covilhã. A este, que era assessor do presidente da câmara local e a quem Sócrates telefonaria entretanto, caberia fazer o possível para resolver o problema do concurso. A imagem que sobressaía dessa conversa, gravada porque o empresário em causa estava a ser alvo de uma investigação judicial, era a de um deputado que se prestava a usar a sua influência para favorecer um amigo (por acaso financiador do PS) no quadro de um concurso público. E esta era, independentemente do seu interesse público e da legalidade indiscutível da divulgação da conversa, a última coisa que José Sócrates quereria que dele dissessem.

Naturalmente que o PÚBLICO não se deixou intimidar com a invocação de uma falsa proibição legal. Nem tão-pouco com a solene comunicação com que o ministro do Ambiente terminava a sua carta: "Informo-o que recorrerei a todos os meios judiciais ao meu alcance para defesa da minha honorabilidade e da reserva da minha vida privada."

Publicada a notícia em Janeiro de 2002, Sócrates escreveu ao director do PÚBLICO afirmando que o texto não passava de "especulações delirantes e insinuações falsas e injuriosas". E acabava declarando: "Porque o Sr. Cerejo [o jornalista] muito bem sabe que cometeu vários crimes com a publicação destes textos, prestará contas em tribunal."

Na verdade, os anos passaram-se e as ameaças, antes e depois da revelação da conversa, não deram origem a nenhum processo judicial da iniciativa de José Sócrates. O agora primeiro-ministro bem sabia que a história do "crime" era ainda, e tão-só, um sonho seu.

Quem se queixou em tribunal foi Carlos Martins, o assessor que ele recomendou ao empresário e que era então (e ainda o é) presidente de uma junta de freguesia da Covilhã. Alegou que o seu nome tinha sido manchado pelo jornal, mas, meses depois, desistiu do processo. Presentemente está colocado no gabinete do primeiro-ministro e é um dos seus três adjuntos para os assuntos regionais.

A partir da semana passada, José Sócrates já não precisa de ameaçar jornais e jornalistas com tribunais e com leis que não existem. Veio tarde, para o caso da Covilhã, mas veio a tempo para muitos outros casos e para muita gente que pretende esconder, com o seu direito individual à privacidade, o direito de todos portugueses à verdade sobre quem os governa.

José Sócrates está a ganhar a sua guerra contra as liberdades. As sucessivas leis que tem vindo a fazer publicar em matéria de comunicação social estão a transformar-se numa mordaça. A criminalização da divulgação de escutas telefónicas que não estão em segredo de justiça, aprovada com os votos favoráveis do PSD, é apenas mais um passo na concretização do sonho do primeiro-ministro.» [Público assinantes]

Parecer:

O jornalista José António Cerejo acha que a condenação da publicação das escutas é um velho desejo de Sócrates, que não gostou de ver as suas diatribes publicadas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A ZEZINHA VAI TER O QUE SEMPRE DESEJOU

«A ex-vereadora do CDS/PP na Câmara Municipal de Lisboa falou há perto de uma semana com António Costa, numa conversa aprazada há algum tempo, e nela ficou assente que Nogueira Pinto voltará a estar à frente do Plano da Baixa-Chiado "quando o processo político estiver concluído", ou seja, quando o documento elaborado pelo comissariado for devolvido à câmara pela Assembleia Municipal (onde se encontrava a aguardar pareceres de várias comissões); quando nele forem introduzidas alterações de conteúdo resultantes de sugestões e críticas produzidas durante a campanha eleitoral e depois de estas terem sido sujeitas a apreciação e deliberação do executivo camarário.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Consegue com o António Costa o que nunca imaginou quando manteve uma aliança com o PSD.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a António Costa se não estará a ser ingénuo.»

O VATICANO ELIMINOU OS REGISTOS RELATIVOS A MADDIE DO SEU SITE

«Apesar das desconfianças sobre os pais serem cada vez mais fortes, Kate e Gerry McCann deverão continuar com a estratégia “meio louca” de fuga para a frente. “O casal não hesitará em desviar as responsabilidades para cima dos investigadores portugueses”, teoriza. Para Carlos Fonseca, a ser verdade que os pais de Maddie sejam culpados, este deve ser um «case study» para servir de exemplo para futuras investigações. Uma fonte da Polícia Judiciária contactada pelo Expresso compara mesmo este caso com o de Vale e Azevedo. “Depois de uma primeira mentira, é fácil partir para outra. E assim sucessivamente”. Porventura, nem o próprio casal esperava ser um dia recebido pelo Papa Bento XVI.

Em todo o caso, quando o estado de graça dos McCann se esfumou de vez, na sexta-feira passada, até o Vaticano retirou do «site» oficial todos os registos sobre o desaparecimento de Maddie.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Note-se que o Papa teve o cuidado de não receber pessoalmente o pais quando estes se deslocaram a Roma com grande pompa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo evoluir das investigações.»

A ZEZINHA VAI ACABAR COM AS LOJAS CHINESAS NA BAIXA

«Maria José Nogueira Pinto quer acabar com as lojas chinesas na Baixa de Lisboa. A ex-vereadora do CDS vai continuar ligada ao projecto de reabilitação da Baixa-Chiado, cuja elaboração coordenou. Segundo explicou ao Expresso, deverá liderar, durante dois anos, uma unidade de missão que será “uma placa giratória para a ligação com os parceiros: comerciantes, bancos, restauração, hotelaria, comissões de moradores e juntas de freguesia, rede cultural”.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Ainda não tomou posse e já anda a dizer asneiras, deveria explicar porque só acaba com as lojas chinesas, porque não todas as que têm menos qualidade do que as chinesas. Ou estou muito enganado ou a incompetência da Zezinha nos vai arranjar um problema com a China.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se opinião do embaixador da R.P. da China.»

LADRÃO TENTOU ROUBAR ESCOLA DE KARATÉ

«Un ladrón colombiano recibió la paliza de su vida cuando intentó robar a mano armada una academia de karate mientras que los estudiantes estaban en plena práctica, dijo la policía el viernes.» [Yahoo]

OS SALÁRIOS NA ALEMANHA

VLAD ZADIRAKA

SOPPOTEA

KEZZIN

QUERTYCRIMEA

ANNA POLZUNOVA

DISQUE DENÚNCIA

[2][3]

Advertising Agency: Giovanni+Draftfcb, Rio de Janeiro, Brazil
Creative Directors: Adilson Xavier, Cristina Amorim, Fernando Barcellos
Art Director: Cidney Neto
Copywriter: Thiago Fernandes
Photographer: Ricardo Cunha
Account Director: Gustavo Oliveira

PURE SUTHEE YOGA

[2][3]

Advertising Agency: McCann Erickson, Thailand
Executive Creative Director: Philip Rowell
Creative Directors: Surachet Srikokcharoen, Suvit Jaturiyasajagul, Thidarat Nitikijphaiboon, Wichit Jiamsirikarn
Art Directors: Surachet Srikokcharoen, Suvit Jaturiyasajagul
Copywriters: Thidarat Nitikijphaiboon, Wichit Jiamsirikarn
Photography: Chub Nokkaew, Chub Nokkaew

LEGO

[2]

Advertising Agency: E=Y&R, Chile
Creative Director: Carlos Trujillo
Art Director: JP Faúndez
Copywriter: Carlos Trujillo
Illustrator: Dennis "The Menace" Molina
Other additional credits: Keke Reyes