A confirmarem-se os acontecimentos da Covilhã tal como os sindicatos têm contado são muito graves, tratar-se-á de um grave atentado aos mais elementares valores da democracia. Só que pelo que li na comunicação social há coisas que não batem certo, por isso, ao contrário do que sucedeu na DREN, tenho evitado tomar posição, como se diz na gíria não gosto nada de “ser comido por parvo”. Anda por aí quem nos queira convencer que Salazar ressuscitou em São Bento e este incidente veio em tão boa altura que se pode dizer que “quando a esmola é grande até o pobre desconfia”.
Pelas notícias parece que houve um assalto policial a um sindicato, que um batalhão policial tomou de assalto ao edifício do sindicato, encostou a sindicalista à parede e com recurso à ameaça das armas a forçou a entregar os segredos do sindicato. Mas parece que não foi assim que sucedeu, os polícias entraram sem oposição, os papeis que receberam não são propriamente os arquivos secretos do sindicato e a sindicalista deu-os sem ter sofrido um arranhão.
Não acredito que um governante deste país tivesse a iniciativa de mandar polícias a um sindicato e mesmo que tal sucedesse estou convencido de que a maioria dos polícias se recusariam a fazer o frete, pois conhecem muito bem as regras que se aplicam. Qualquer polícia sabe em que condições se pode invadir um domicílio ou proceder a uma busca domiciliária e tanto quanto sei os agentes da PSP não recebem formação para polícia política.
Com base nos elementos disponíveis estou mais virado para a hipótese de uma cilada oportunista, os polícias ficaram a saber que no relacionamento com os sindicatos ou quaisquer outras organizações as coisas devem processar-se em termos formais, sem ingenuidades nem voluntarismos.
Se houve mesmo abuso policial o governo deve assumir as consequências e proceder à demissão de todos os responsáveis envolvidos. Mas se estivermos perante um gesto oportunista também espero que os que se apressaram a fazer o aproveitamento político assumam as responsabilidades. A democracia demasiado valiosa para não ser respeitada por quem governa ou para ser gozada por quem sonha com ditaduras maravilhosas.
Pelas notícias parece que houve um assalto policial a um sindicato, que um batalhão policial tomou de assalto ao edifício do sindicato, encostou a sindicalista à parede e com recurso à ameaça das armas a forçou a entregar os segredos do sindicato. Mas parece que não foi assim que sucedeu, os polícias entraram sem oposição, os papeis que receberam não são propriamente os arquivos secretos do sindicato e a sindicalista deu-os sem ter sofrido um arranhão.
Não acredito que um governante deste país tivesse a iniciativa de mandar polícias a um sindicato e mesmo que tal sucedesse estou convencido de que a maioria dos polícias se recusariam a fazer o frete, pois conhecem muito bem as regras que se aplicam. Qualquer polícia sabe em que condições se pode invadir um domicílio ou proceder a uma busca domiciliária e tanto quanto sei os agentes da PSP não recebem formação para polícia política.
Com base nos elementos disponíveis estou mais virado para a hipótese de uma cilada oportunista, os polícias ficaram a saber que no relacionamento com os sindicatos ou quaisquer outras organizações as coisas devem processar-se em termos formais, sem ingenuidades nem voluntarismos.
Se houve mesmo abuso policial o governo deve assumir as consequências e proceder à demissão de todos os responsáveis envolvidos. Mas se estivermos perante um gesto oportunista também espero que os que se apressaram a fazer o aproveitamento político assumam as responsabilidades. A democracia demasiado valiosa para não ser respeitada por quem governa ou para ser gozada por quem sonha com ditaduras maravilhosas.