domingo, outubro 28, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Picaroto com a Ilha do Faial ao fundo
(imagem enviada por um amigo de Bruxelas)

IMAGEM DO DIA

[Peter Macdiarmid]

«LONDON - A horse raises its head as The Household Cavalry Mounted Regiment prepares to rehearse for a state visit at Hyde Park Barracks on October 26, 2007 in London. The Household Cavalry Mounted Regiment will take part in the State Visit to Britain of King Abdullah bin Abdul Aziz Al Saud on October 30, 2007.» [Tiscali]

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JUMENTO DO DIA

O elogio do lider

No encerramento das Novas Fronteiras António Vitorino cometeu o erro de dedicar a sua intervenção do encerramento ao elogio do líder, isto é, ao culto da personalidade. Ao fim de dois anos de governo não faz sentido andar a elogiar as capacidades de Sócrates, justificando o projecto político não pelas suas virtudes mas sim pela indispensabilidade das capacidades de Sócrates.

António Vitorino esquece que os cemitérios estão cheios de insubstituíveis e por esse mundo fora não faltam túmulos de grandes líderes que nunca o foram ou tentaram convencerem-nos que haviam de ser, para não falar dos que nunca fizeram falta.

Depois queixem-se de aparecerem pitbulls como a conhecida girl nortista.

ÂNGELO CORREIA NÃO LÊ BLOGUES

Ângelo Correia, o Tiranossaurus Rex que Luís Filipe Menezes foi buscar ao museu de história natural do PSD, diz que não lê blogues. Nõ acredito, deve ter lido pelo menos o blogue de Luís Filipe Menezes o que, muito provavelmente explica a sua má opinião acerca dos blogues, o blogue de Menezes é um mau exemplo, do plágio à má qualidade, concentra o que de pior há nos blogues.

Bem, se não leu o blogue de Menezes já não vai ter oportunidade de o ler, o líder do PSD eliminou-o, talvez não lhe conviesse manter no ar os posts que plagiou. Agora Menezes apenas mantém uma página pessoal.

O SILÊNCIO DOS JORNALISTAS

Ao afirmar claramente que por detrás de algumas notícias dos nossos jornalistas estão interesses comerciais o ministro da Saúde ofendeu gravemente a classe jornalística, mas, ao contrário do que seria de esperar, ninguém reagiu à declaração. Terão medo que o ministro dê exemplos?

SAUDADES DE ÁLVARO CUNHAL

Comparado com o PCP dos tempos de Álvaro Cunhal o actual PC é um partido rasca, lê os velhos livros do leninismo com a mesma capacidade de interpretação dos alunos de um madrassa e recorre a métodos de luta que mais têm que ver com o golpe baixo do que com qualquer princípio marxista ou leninista.

UMA CERTA UTOPIA DE ESCOLA PÚBLICA

«Estes resultados demonstram o fracasso de uma certa utopia de escola pública. Aquela utopia que nos diz que a escola pública acabará com as diferenças sociais e produzirá igualdade de resultados entre pessoas de meios sociais diferentes. São os próprios defensores dessa utopia que, perante os rankings, o reconhecem. Como os rankings mostram que as escolas mais bem classificadas são escolas privadas, os defensores da utopia da escola pública são forçados a alegar que os resultados das escolas privadas se devem à origem socioenonómica dos seus alunos. Dizem que o meio socioeconómico influencia mais os resultados que a qualidade da escola. Reconhecem, em última análise, que, ao contrário do que diz a utopia, a escola pública está muito longe de anular os efeitos do meio socioeconómico.» [Diário de Notícias]

Parecer:

De João Miranda.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O MISTÉRIO DO OLHAR

«Essa estranheza assalta-nos até no olhar de um animal: um cão velho e abandonado que nos olha não nos deixa indiferentes. Mas é sobretudo o olhar de alguém que é perturbador. Ele há o olhar triste. O olhar meigo. O olhar arrogante. O olhar do terror. O olhar da súplica. O olhar de gozo. O olhar que baila num sorriso. O olhar concentrado. O olhar disperso. O olhar da aceitação. O olhar do desprezo. O olhar compassivo. O olhar do desespero. O olhar sedutor. O olhar envergonhado. Ah!, o olhar da despedida final para sempre! O olhar morto, que já não é olhar!» [Diário de Notícias]

Parecer:

De Anselmo Borges.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A FICÇÃO DO ENSINO

«No exame do 9.º ano de 2006-2007 houve 72,8 por cento de negativas na disciplina de Matemática (37 por cento no ano passado) e 13,6 por cento de notas negativas na disciplina de Português (45,5 por cento no ano passado). Não é preciso ser bruxo para perceber que o maravilhoso progresso na proficiência em Português se deve a uma mudança dos critérios de classificação, que a Matemática, como é óbvio, não permite. Isto basta para provar que o ministério pensa principalmente na sua imagem estatística. Desde que os números pareçam "bons" ou, pelo menos, não assustem ninguém, o ministério está feliz. Mesmo quando das 20 escolas com melhores resultados só uma é pública e o fracasso do ensino do Estado se tornou mais do que evidente.

O "Estatuto do Aluno", aprovado anteontem, simboliza esta política de fraude e artifício. Em si próprio o "estatuto" não traz nada de novo. Na essência, volta à filosofia de Marçal Grilo (do governo Guterres), segundo a qual nenhum aluno, fizesse o que fizesse, devia sair ou ser forçado a sair de um "sistema" que, em princípio, era um substituto da família. Seguindo esta ideia insigne, o "estatuto" vem agora abolir o limite de faltas com ou sem justificação. Uma criança do básico ou do secundário pode, portanto, ignorar a escola sem qualquer espécie de consequências. Nem sequer perde o ano, porque o Estado substituiu todo o curso da aprendizagem "normal por "provas de recuperação", que pelo nome já indicam a sua natureza e o seu fim. E, se as "provas de recuperação" falharem, o Estado inventará com certeza outras para "recuperar" o irrecuperável.

O "estatuto" anula a autoridade e a responsabilidade da família e promove a indisciplina e a violência na escola. Pior ainda, proclama oficialmente que o ensino é inútil. De facto, se até o Parlamento protege quem falta, nada justifica perder tempo com aulas. Foi a isto que levou o "exemplo da Finlândia" e os computadores de Sócrates. Mas, como os números não descrevem a realidade, as taxas de insucesso e de abandono irão descer e a imagem estatística de Portugal irá melhorar. Maria de Lurdes Rodrigues criou uma fama de bom senso e coragem. Nunca acreditei muito nessa propaganda. Suspeitei sempre que ela não seria capaz de resistir à influência corruptora do ministério. Não resistiu.» [Público assinantes]

Parecer:

De Vasco Pulido Valente

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

PEDRO NAMORA (OU O PCP?) VOLTA AO ATAQUE

«“As pessoas da Casa Pia têm medo, mas quase todos os dias me contactam para dizer que pessoas importantes deste País continuam a ir buscar crianças para jantar”, garante ao CM o advogado, manifestando-se convicto e preocupado com a continuação de pedófilos na instituição e com o silêncio da presidente Joaquina Madeira, que ontem foi recebida pelo procurador-geral da República, mas recusou divulgar o que esteve em discussão. » [Correio da Manhã]

Parecer:

Parece que Pedro Namora deixou de confiar na justiça e no procurador João Guerra, a quem cabe investigar as novas denúncias. Estaremos perante um novo caso Casa Pia ou o PCP optou pelo golpe baixo e abriu uma nova frente de batalha.

Pedro Namora usa os supostos abusos mais para atacar o PS do que combater a pedofiia, isto é, estamos perante uma posição política. Sendo Namora um militante ortodoxo é pouco provável que estas posições políticas não mereçam a confiança e apoio do PCP, caso contrário este partido viria a público.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo de Sousa se para além de ditador o PCP está interessado em chamar mais alguma coisa a Sócrates.»

PSD: O "GANG DO MULTIBANCO" VOLTA À COMPRA DE VOTOS

«"Olhando para os indícios, pode estar aqui o gang do multibanco”. Vasco Cunha, deputado e recandidato a líder do PSD-Santarém nas eleições antecipadas marcadas para 9 de Novembro, está indignado com o facto de estar a circular na internet uma listagem de nomes e números de militantes de Vila Nova da Barquinha e respectivos códigos para pagamento de quotas por multibanco.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Parece que o PSD está em saldo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes por quanto vende a liderança do PSD.»

BCP MAIS UMA VEZ DIVIDO

«Os accionistas do Banco Comercial Português (BCP) estão de novo divididos. A proposta de fusão avançada pelo Banco BPI, com vista à criação de uma instituição única, corre sérios riscos de ser rejeitada, face às indicações que começam a ser dadas por parte de alguns accionistas. A constituição de uma minoria de bloqueio, na eventual assembleia geral que decidiria a fusão, é um cenário muito provável. Basta 22% a 24% do capital presente, para a fusão ser chumbada.» [Diário de Notícias]

Parecer:

De divisão em divisão vai desaparecer.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Procure-se quem oferece mais.»

ÂNGELO CORREIA TAMBÉM NÃO LÊ BLOGUES

«José Pacheco Pereira não irá estar cara a cara com Luís Filipe Menezes a debater a necessidade de haver um referendo ao Tratado de Lisboa. Ao DN, Ângelo Correia, presidente da mesa do congresso do PSD, afirma que não recebeu nenhum pedido por parte do ex-eurodeputado para estar presente no Conselho Nacional: "A mim não me chegou nada e eu não me correspondo via blogues, aliás nem os leio. Se quisesse vir, tinha de mandar uma carta." » [Diário de Notícias]

Parecer:

Parece que é fino não ler blogues. Mas no caso de Ângelo Correia temos que reconhecer que ele não aprenderia nada a ler blogues nem os blogguers aprenderiam o que quer que fosse a ouvir ou ler as suas opiniões. De resto não se perde nada, não é por causa de um analfabeto que morre a blogosfera.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao dinossauro Ângelo Correia se nunca leu o blogue de Luís Filipe Menezes.»

O ESPECTÁCULO VAI CONTINUAR

«Dramaticamente inquinada pela forma como decorreu a campanha que ambos protagonizaram para as legislativas de 2005, a relação entre José Sócrates e Pedro Santana Lopes prepara-se para viver uma difícil prova de fogo. Sócrates nunca perdoou a Santana os boatos que na altura acusou o líder do PSD de lançar contra ele, e o que o primeiro-ministro menos esperaria era voltar aos frente-a-frentes (quinzenais a partir de Janeiro, pelo novo Regimento do Parlamento) com o homem com quem se incompatibilizou.» [Expresso assinantes]

Parecer:

A grande dúvida sobre o próximo debate parlamentar é saber se Santana vai chamar maricas a Sócrates ou vai descobrir que o Orçamento tem um benefício fiscal para homossexuais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Santana qual o golpe baixo com que vai tentar ganhar o debate.»

QUEM FOI RESPONSÁVEL PELOS SANEAMENTOS NO PSD

«Sabe-se que quando Santana Lopes levou o assunto à Comissão Política do partido, no sábado, estava assente que José Luís Arnaut e José Correia seriam substituídos nas presidências das Comissões Parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Ética, mas Miguel Relvas ficaria na de Poder Local. Foi, por isso, com surpresa que Relvas ouviu Santana dizer-lhe, domingo, às onze e meia da noite, que, afinal, também ele caía. Santana diz que foi determinante a posição da maioria dos membros da Comissão Política (entre eles, Ribau Esteves, Duarte Lima e Fernando Seara), mas entre estes poucos assumem ter influenciado Santana, que responsabilizam pela decisão. Ribau e Lima desmentem ter tomado posição.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Parece que no PSD a coragem não abunda.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a Menezes que quem cala consente.»

MINISTRO DA SAÚDE DIZ-SE VÍTIMA DE ASSÉDIO COMERCIAL

«O ministro da Saúde queixou-se ontem da "pressão" com que se confronta "todos os dias", sendo esta "com muito mais vil e mesquinho interesse, que é o daqueles que querem vender alguma coisa. E há muita gente que quer vender coisas ao Ministério". "A saúde é um mercado enorme, que gasta dez biliões de euros, por isso tenho todos os dias muita gente a bater-me à porta, que quer vender um aparelho, um produto ou uma ideia. E a melhor forma de vender uma ideia ao ministro é dizer que determinada área está a correr muito mal para, de seguida, apresentar uma solução, um milagre", disse Correia de Campos, falando em Viana do Castelo, no 2.º Forum das Cidades Saudáveis, acusando a comunicação social de "deturpar" o relatório do Tribunal de Contas relativo às listas de espera. » [Jornal de Notícias]

Parecer:

Que os nossos amigos jornalistas andam muito atarefados a tratar da sua vida tudo sabemos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao ministro que denuncie situações concretas.»

O JUMENTO NO TECHNORATI

  1. O Macroscópio gostou de ver Jerónimo de Sousa na publicidade.
  2. O PS Lumiar deu destaque ao post onde se questionou o insucesso do ensino público no combate às desigualdades sociais, um post que o Aliás questionou e o Vida das Coisas achou pertinente.
  3. Vou oferecer um pacote de lenços ao Notícias d'Aldeia.
  4. O Cópiaperfeita e o Logos "R" Us gostou de rever os logos e músicas do Windows.
  5. Entre referendos e tratados O Bitoque prefere beijar macacos.
  6. O Alcáçovas gostou da campanha italiana onde se defende a igualdade para os gays.
  7. O Macroscópio também questionou se o BCP é um banco ou um gang financeiro.
  8. Agradecimentos ao Porque Posso por ter nomeado O Jumento para "Blog 5 estrelas".
  9. O PontoporPonto concordou com um comentário d'O Jumento a propósito das notícias sobre as decisões de juntas médicas.
  10. O Rascunhos de Vítor Soares comentou a generosidade do papá Jardim.
  11. O Contra Capa gostou de ver Santana na publicidade d'O Jumento.

CHRISTINE N

ALEXEY ALOISOV

DAVID SAMSON

MICHEL RAJKOVIC

DUREX

[2][3]

Advertising Agency: DDB Auckland, New Zealand
Photographer: Matt Baker
Executive Creative Director: Toby Talbot
Art Directors: James Tucker, Emmanual Bougneres
Copywriters: Simon Vicars, Mike Felix
Assistant Producer: Nick Conetta

EXXON MOBIL SUPER HP

[2]

Advertising Agency: McCann Erickson, Bogotá, Col
ombiaCreative VP: Samuel Estrada
Creative Directors: Germán Zúñiga, Reini Farias
Art Directors: Oscar Muñoz, Reini Farias
Copywriters: Jaime Rubio, Germán Zúñiga

LEVI'S

[2]

Advertising Agency: JWT, Bangalore, India
Creative Directors: Prahlad Nanjappa, Padmaja Chandrashekar
Art Directors: Jayanarayanan, Padmaja Chandrashekar
Copywriter: Tina Sachdev
Photographer: Steve Koh / Studio Rom, Malaysia